Estou na Hungria para apresentar um artigo, antes de viajar, costumo preparar uma lista de locais que desejaria ver. Mas essa viagem foi uma surpresa, pois o local mais impressionante que visitei não estava em nenhuma lista de guia de viagens.
Foi a "Casa do Terror" (Terror Háza em Húngaro). A Casa do Terror deve ser única no mundo, pois trata-se de um museu dedicado a mostrar objetos relacionados tanto ao período nazista como ao período comunista da Hungria. E é surpreendente pois os oficiais do nazismo e os oficiais do comunismo usaram a mesma casa para torturar, interrogar e mesmo matar os dissidentes. A Casa fica no endereço Andrássy 60, em Budapeste. Essa rua é também a mais chique da cidade e leva para a praça dos heróis da Hungria. Incrível ter o mesmo prédio usado para os mesmos métodos por duas ideologias totalitárias em um mesmo país em diferentes momentos. Pobre povo húngaro.
A Hungria apoiou os nazistas na Segunda Guerra Mundial por meio do Partido da Cruz Flechada, representado por uma cruz com setas verde. O Museu traz o uniformes do partido. O Partido era liderado por Ferenc Szálasi e matou milhares de judeus da Hungria. Ferenc Szálasi foi enforcado com o fim da guerra.
Depois da Segunda Guerra, a Hungria foi dominada pelo partido comunista liderado por Peter Gábor, que era alfaiate judeu, que matou e perseguiu milhares de húngaros usando a polícia secreta do partido AVH.
A Casa do Terror também mostra a libertação do comunismo feito pela Hungria, começando pela impressionante revolta contra o comunismo de 1956 e a partir de junho de 1989, quando o jovem Viktor Orbán (atual primeiro ministro do país), quando era estudante, fez um discurso pedindo o fim do comunismo e da presença militar dos soviéticos na Hungria.
O muro de Berlim começou a cair a partir da Hungria quando o país permitiu que cidadãos da Alemanha Oriental atravessasse a Hungria para a Áustria se libertando do poder comunista alemão.
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).