Eu gosto de distopias, de algumas, pelo menos. Quando vi a imagem acima, que agrega várias distopias (ps: Brazil é o nome de um filme distópico) eu guardei a imagem e pensei: não vai demorar muito e vou usar no blog.
Eu cheguei a publicar um artigo no Reino Unido sobre distopias, chamado God and the Dystopias.
Recentemente, eu vi uma entrevista de um cardeal recém nomeado, mas muito conhecido, pois lidera a perseguição que Francisco faz contra a liturgia tradicional da Igreja. O nome dele é Cardeal Roche.
Na entrevista, foi perguntado basicamente por que Francisco e seu pontificado está perseguindo os católicos que querem ter a liturgia tradicional.
Lembro que a liturgia tradicional nunca foi condenada pelo Vaticano II e foi estimulada por dois papas após o Concílio: João Paulo II e Bento XVI.
A resposta de Roche revelou o pensamento dele de perseguidor no qual a vítima é sempre culpada e também o apego irracional que ele tem ao Vaticano II e ao Papa Francisco. Apesar da completa falta de lógica e de apoio histórico ao que ele disse, eu acredito firmemente que reflete fielmente o pensamento de Francisco.
Vou traduzir aqui a pergunta e a resposta dele colocadas no site Southern Orders. A pergunta foi feita pela jornalista Miss Alen:
Aqui vão. Comento logo em seguida
Eu tenho uma pergunta que pode ser um pouco desconfortável, mas deve ser feita. Você mencionou unidade e construção de pontes. Como essa construção de pontes se aplica àqueles que talvez sejam feridos pelas restrições da Missa Tradicional em Latim?
Bem, não há muita restrição. A Missa Tridentina Latina, ou a Missa do missal de 1962, ainda está disponível. Mas você sabe, você toca nesta área, e todos começam a gritar. Isso deve nos dizer algo imediatamente. O que é isso, que está quase ficando histérico? Porque a Igreja decretou em seu mais alto nível de legislação, que é um concílio, um concílio ecumênico, decretou que a liturgia deve ser reformada, reformada para os dias atuais para que ela realmente fale como veículo de evangelização, bem como sendo, sobretudo, o centro do nosso culto a Deus, como comunidade, na caridade.
É importante acertar primeiro as coisas fundamentais, antes de politizá-las, e acho que há muita politização dessa questão, que é indigna mesmo.
É possível construir pontes com esse elemento de politização em jogo, ou é muito difícil, na sua opinião?
Tudo o que posso dizer é que meu dicastério está muito aberto a conversar com as pessoas, e que durante o ano passado, desde a publicação de Traditionis Custodis, recebi os chamados grupos 'tradicionalistas', mas temos que muito cuidado, porque a Igreja transmite a tradição, e é a Igreja que faz a tradição, não são as pessoas nos lobbies que criam a tradição, mas é a Igreja na fidelidade a isso.
Sempre penso que, para mim como homem inglês, um grande exemplo para mim é nossa história, nossa história da Reforma, onde nossos jovens padres foram torturados e executados com muita crueldade por duas coisas: pela missa e em fidelidade à Sé de Pedro, em fidelidade ao papa. Sempre que celebramos a Missa, sempre mencionamos como ponto de unidade, primeiro que estamos em união com o papa, e segundo que estamos em união com o bispo, que está em união com o papa.
Se você leva isso a sério, então levanta para todos nós um exame de consciência em relação a como vemos isso: isso é realmente algo que vemos a sério, ou estamos tentando criar outra Igreja? Estamos tentando ser protestantes em vez de católicos?
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Percebam que ele só a politização do outro lado, do lado dos críticos.
Percebam como ele iguala tradicionalistas a lobistas (um pensamento realmente terrível e com viés materialista)
Percebam o apego esquizofrênico ao Concílio Vaticano II
Percebam o apego esquizofrênico também ao Papa Francisco
e finalmente, percebam como ele iguala os tradicionalistas a protestantes. Justamente os tradicionalistas que querem proteger a liturgia católica dos protestantismos.
É um negócio distópico o controle do termos, para a mente de Roche protestantes são aquele que não se apegam cegamente ao papa. A Igreja pode ter uma liturgia idêntica aprotestante, abandonando inclusive a Eucaristia e tendo padres mulheres e gays, tudo é possível se o papa disser sim.
O teólogo Peter Kwasniewski explicou o quanto Roche se equivoca, mostrando que os protestantes começaram a tentar destruir o catolicismo modificando justamente a liturgia da missa. É no abandono da liturgia da missa que se conseguiu que o povo esquecesse o que significa ser católico. Quem vocês acham que ensina mais o catolicismo a liturgia tradicional ou a liturgia moderna com danças e mickeys?
Mas pessoas como Cardeal Roche não querem saber o que diz a teologia, história, tradição ou a Bíblia, temos que seguir cegamente Francisco.
Prezado Pedro,
ResponderExcluirInfelizmente, querem protestantizar de vez a Igreja Católica. Cada dia que passa, as autoridades da Igreja cavam mais e mais, ora com ecumenismo, ora com caminho sinodal e tutti quanti. Enquanto isso, estamos perdendo as tradições católicas.
Sempre me lembro da frase de Gustavo Corção; "cheguei atrasado em tudo", mas guardemos a fé, e como diz São Paulo "Permanecei, pois, constantes, irmãos, e conservai as tradições, que aprendestes, ou por nossas palavras ou por nossa carta."
Viva Cristo Rei!
Emanoel