A Associated Press destacou essa vitória e disse que os leitores saíram de casa para votar enfrentando frio intenso e deram vitória recorde para Trump:
"os participantes enfrentaram condições de condução perigosas e frias com risco de vida para se reunirem em centenas de escolas, igrejas e centros comunitários em todo o estado. Mas aqueles que se aventuraram entregaram uma vitória de cerca de 30 pontos para Trump, que quebrou o recorde de uma contestada convenção republicana de Iowa, com uma margem de vitória superior à vitória de quase 13 pontos percentuais de Bob Dole em 1988."
O site "We are Breibart" destacou um aspecto importante na vitória de Trump. Ele teve mais votos entre as mulheres do que entre os homens.
Por que este aspecto é importante?
Depois da vitória de Biden contra Trump nas eleições de 2020 (vitória que é ainda contestada pelos republicanos, vejam abaixo que quase 70% dos eleitores de Iowa dizem que Biden não ganhou de Trump de forma legítima, mas não vou discutir isso aqui), ocorreu eleições parlamentares.
Todos os analistas de eleições previam uma vitória esmagadora dos republicanos (partido de Trump), mas a vitória dos republicanos sobre os democratas foi pífia. A esperada onda republicana virou uma marolinha
O que houve? Eu falei da marolinha aqui no blog.
Resposta: voto das mulheres dominantes contra os candidatos de Trump. Por que as mulheres votaram nos deputados e senadores de Biden na sua maioria?
Por causa da questão do aborto. As pesquisas dos votos mostraram que mulheres solteiras e mulheres jovens votaram firmemente contra os candidatos de Trump, enquanto as mulheres casadas os apoiaram. A explicação dos analistas é que muitos candidatos republicanos defenderam a luta contra o aborto em qualquer hipótese, a defesa pela vida de forma completa. E isso assustou as mulheres jovens e solteiras e mesmo os homens jovens (que também votaram contra os candidatos de Trump).
Trump é considerado o maior presidente pró-vida das história dos Estados Unidos. É o único presidente a discursar na March for Life que os defensores da vida fazem todo ano, ele colocou sempre ministros da Suprema Corte que eram firmemente pró-vida. Os ministros da Suprema Corte de Trump foram os responsáveis por derrubar a maior lei pró-aborto dos Estados Unidos (Roe vs Wade). Uma enorme vitória para o movimento da vida, que Trump sempre se vangloria de ter sido o responsável.
Mas agora Trump começa a reduzir suas políticas pró-vida. Seguramente, já está pensando em conquistar os votos das mulheres nas eleições de 2024.
Na última entrevista que Trump deu sobre o assunto, ele começa a dizer que defende situações que a mulher possa abortar e também se mostra contra o teste de ultrassom que a partir dele proibiria o aborto.
A questão do aborto é o maior divisor de águas entre a direita (republicanos) e a esquerda (democratas) nos Estados Unidos. Você não pode ser candidato republicano se apoia e você não pode ser candidato democrata e é contra.
É uma enorme questão ética. Para os cristãos, o aborto é o assassinato daquele que é mais indefeso: a criança no ventre materno. Mas envolve muitas questões sociais, familiares e materiais que impactam as pessoas.
Como um cristão deve votar se Trump já reduz seu apoio à vida em nome das eleições?
A vitória de Trump em Iowa vai garantir na cabeça dele que relativizar a questão do aborto pode lhe garantir a vitória.
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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).