segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Meu Candidato a Presidente nos Estados Unidos

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Quando eu digo que torço para o Manchester United com o mesmo fervor que torço para o Flamengo, as pessoas costumam dizer: "mas você não é inglês, você é brasileiro, não deve torcer para time estrangeiro".

Mas por que a minha torcida deve se limitar ao meu país de origem? Por que eu não posso torcer ou admirar um time de futebol ou país mais do que eu admiro o meu próprio país ou o time de futebol da minha terra? Por que meus gostos tem de ser limitados ao local em que eu nasci. Caso fosse isso, por que deveríamos crer em Jesus Cristo que não nasceu no Brasil? Será que eu não deveria torcer contra o Hitler nas eleições de 1933, se eu estivesse vivo na época, porque era um assunto alemão? Não deveria torcer por Nelson Mandela, nem por Gandhi? Se sou do Ceará ou do Rio de Janeiro não posso torcer contra o Sarney no Maranhão? Não posso ser contra Fidel Castro, Ahmadinejad do Irã, Kim Jong-il da Coréia do Norte, nem Robert Mugabe do Zimbábue?



Dito isso, eu que não sou eleitor nos Estados Unidos, estou acompanhando os debates e as notícias sobre as eleições presidenciais que vão ocorrer no próximo ano neste país. Obama vai disputar com um candidato do Partido Republicano. Atualmente há oito na disputa para saber quem enfrentará Obama dentro do partido. Dentre eles, seu eu fosse eleitor por lá, já tinha decidio por um candidato, ele se chama Rick Santorum (foto acima)

Ele tem ido muito bem nos debates, com reconhecimento dos próprios adversários e dos jornalistas, como já mostrei aqui no blog (aqui e aqui), é um candidato conservador nas suas idéias, como deve ser um membro do Partido Republicano (é contra o aborto, o casamento gay, e valoriza a liberdade na economia), e tem boas idéias para a crise financeira.

Mas ele não está bem nas pesquisa. Quais são os problemas que ele enfrenta? Bom, primeiro, ele estava fora da política, é um ex-senador, depois é Católico (os americanos só elegeram em um Católico na história, John Kennedy), e mais importante, não ele não tem dinheiro para a campanha mais cara do mundo.

Eu já mostrei um vídeo dele, que mostra como ele está se virando para apresentar suas propostas (cliquem aqui).

Abaixo, vai o último vídeo da campanha dele. Neste vídeo, que é emocionante, Santorum fala de sua filha, que nasceu com uma síndrome semelhante a de Down, e os médicos disseram que ela iria morrer em poucos dias. Santorum e sua esposa levaram sua filha para casa, para "morrer em casa", mas ela sobreviveu. Ele não reconhece que a sua filha seja "inválida" (disabled), como as pessoas dizem.



Os Católicos que detestam Obama estão vacilando em escolher Santorum, porque pensam que ele não irá resolver o principal problema: derrotar Obama. Eles pensam que os eleitores independentes não votariam em um Católico e sem muita experiência.  Há outro Católico concorrendo que tem muito mais experiência: Newt Gingrich, ex-presidente do Congresso no governo Clinton.

Mas pelo o que eu vi nos debates, nas entrevistas e nos vídeos de campanha entre os candidatos republicanos, meu voto seria de Santorum. Se eu fosse eleitor, faria campanha para ele. Não voto olhando pesquisas. No Brasil, em 1989, as pesquisas apontavam Collor e Lula na frente, todos diziam que dever-se-ia escolher um para evitar o outro, meu voto foi para Covas, nenhum dos dois que estavam à frente das pesquisas me convencia, e acabaram mostrando, quando assumiram a presidência, que eu tinha razão.


(Agradeço o vídeo de campanha de Santorum ao blog Creative Minority Report).

2 comentários:

  1. Empatamos. O meu voto também foi do Covas e não me arrependo até hoje, e olhe que ele era canhoto, hehehehe.
    Bom voto!
    Lá eu não tenho candidato, mas se você votou no Covas, passo a ver o Santorum com outros olhos.
    Abs

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  2. Grande maisvalia,

    Será bom ver seus comentários sobre as eleições americanas.

    Abraço,
    Pedro Erik

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Certa vez, li uma frase em inglês muito boa para ser colocada quando se abre para comentários. A frase diz: "Say What You Mean, Mean What Say, But Don’t Say it Mean." (Diga o que você realmente quer dizer, com sinceridade, mas não com maldade).