No meu livro, eu relato por que o século 13 é considerado o ano de ouro da cristandade e por que o século 14, logo em seguida, é um dos piores, se não o pior século da Cristandade.
O site EWTN traz a história de um papa do século 14, o Papa João XXII (foto acima), que ficou dos anos 1316 a 1334, no cargo.
João XXII insistiu em uma heresia até ser corrigido por teólogos e até líderes políticos.
A heresia do Papa João XXII na frente do que pode ser a heresia moral do Papa Francisco parece brincadeira ou coisa acadêmica. Apesar de que em se tratando de Cristo tudo é importante.
O Papa João XXII quis impor na Igreja a ideia de que quando a pessoa morre, a alma dela não era julgada imediatamente, esperaria até o juizo final para ser admimitida ou não no Paraíso e ter acesso à visão beatífica. Ele dizia que a heresia dele tinha apoio da Bíblia e dos Patriarcas e escreveu três homilias em apoio a ela.
O Papa João XXII insistiu em uma sua heresia, arregimentou padres e cardeais e favoreceu aqueles que o apoiavam, mas ele encontrou resistência na escola de teologia dominicana de Paris e no próprio rei francês Filipe VI.
A Doutrina da Igreja atesta desde o início que o julgamento da alma é imediato após a morte. A alma vai para o paraíso, purgatório ou inferno e fica lá eternamente.
No dia 19 de dezembro de 1333, uma comissão de 23 teólogos. sob a presidência do patriarca dominicano de Jerusalém, Peter de la Palud, na presença de reis, muitos bispos e padres, unanimamente declararou que o Papa João XXII estava errado.
Eles escreveram ao Papa declarando a posição deles e disseram que o Papa deveria dizer que o que ele defendia era apenas uma opinião e não uma decisão como Líder da Igreja.
Sob pressão, o Papa João XXII aceitou a decisão.
Espero que, caso ocorra tal pressão sob o Papa Francisco, ele tenha a mesma humildade do Papa João XXII.
A heresia moral que está aberta no documento Amoris Laetitita parece-me muito mais destrutiva do que a heresia de João XXII.
Vejam o relato da EWTN sobre o Papa João XXII, clicando aqui.
Um comentário:
O papa João XXII estaria insistindo contra o texto, por ex.: "E como é um fato que os homens devem morrer uma só vez, depois do que vem o julgamento. Hb 9,27.
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
E no inferno, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. Lc 16 22,23.
Não creio que o papa Francisco retrocederia: já deu indicios que ninguém o freará!
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