quinta-feira, 15 de maio de 2025

Leão XIV Corrigirá Erros de Francisco?


Logo no primeiro discurso como papa, Leão XIV agradeceu Francisco. Pode ser simplesmente pelo fato de que foi Francisco quem o elevou a cardeal e assim permitiu que ele se tornasse papa. Eu mesmo, na minha vida profissional, posso dizer que alguns chefes que estavam longe de comungar das minhas crenças ou da minha ética, me colocaram em ótimas posições, enquanto outros, que eram bem mais próximos do que eu penso, foram péssimos chefes comigo. Então eu entenderia neste sentido o agradecimento. Mas, obviamente não foi isso, o agradecimento é muito mais significativo.


Na opinião do autor do artigo, Gaetano Masciullo, Leão XIV começará fazendo um "resignifcaçao" dos termos de Francisco. Sinolidade, por exemplo, será considerada a tradicional ajuda dos bispos no trabalho do papa. Missão significará novamente levar Cristo a todos, e por aí vai.

Hummm...rezemos que ele faça isso.

Mas eu acho que deixará muita sujeira debaixo do tapete. Minha sugestão inicial seria reconhecer todos aqueles, cardeais, arcebispos, bispos, e padres que lutaram contra os erros de Francisco por 12 anos, coisa que Prevost não fez. Seria um ótimo sinal inicial e mesmo uma maneira de pedir perdão pelo prório silêncio.

Depois deve claramente reconhecer os erros de Francisco, para que a sujeita saia.

O autor diz que seria ingênuo achar que Leão XIV  irá contra o Magistério de Bergoglio, pois "a Igreja sempre foi governada segundo um critério de prudência e com uma visão de longo prazo".

Bom, os erros foram muito grosseiros e atacaram diversos dogmas, precisam ser remediados imediatamente.

O arcbispo Schneider parece concordar comigo, com estratégia um pouco diversa.


Schneider destacou questões doutrinárias e litúrgicas, além de nomeações de pessoal.

Ele disse que primeiro teria que começar primeiro com a reafirmação da primazia de Cristo. Confirmar, fortalecer todos os fiéis na fé, como Jesus a deu a Pedro e a ele [Leão]. Também neste caso, em vista da evidente confusão em que a Igreja se afundou em termos doutrinários e morais, é realmente urgente fortalecer e confirmar na fé.

Schneider falou de três pontos adicionais que, segundo ele, precisavam ser abordados:

  1. A verdade sobre a singularidade de Jesus Cristo como o único caminho para a salvação e que outras religiões não são meios de graça ou caminhos de salvação. Deve ser declarada com uma afirmação cristalina.
  2. A ordem divina da sexualidade humana deve ser abordada de forma extremamente clara. Os principais tópicos que envolvem este tema, que em nossos dias evidentemente causam tanta confusão na Igreja, dizem respeito à imoralidade e à maldade intrínsecas dos atos e estilos de vida homossexuais e, em seguida, ao divórcio. Isso deve ser enfatizado. E à indissolubilidade do matrimônio.
  3. Fazer um esclarecimento solene ou definitivo sobre o sacramento da ordenação, estabelecendo que o sacramento da ordem – por ser um único sacramento nos três graus de episcopado, preletrado e diaconato – é, por direito divino, reservado aos fiéis do sexo masculino.
Em relação ao culto, Schneider disse que o papa deve revogar completamente a Traditionis Custodes. Pois é realmente uma humilhação, uma perseguição a uma parte dos fiéis e também uma rejeição de toda a tradição da liturgia da Igreja. Portanto, isso deve ser sanado. Ele deve restaurar a completa liberdade de uso da liturgia de todas as épocas.

Schneider acrescentou que a seleção episcopal é fundamental. Ele deve nomear bispos com muito cuidado, porque os bispos devem ser realmente homens de Deus, de fé católica. A isso ele deve prestar muita atenção.

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Isso mesmo, são questões urgentes!


Um comentário:

Adilson disse...

Olá, de. Pedro.
Boa postagem.

Sobre esse fragmento: "O autor diz que seria ingênuo achar que Leão XIV irá contra o Magistério de Bergoglio, pois "a Igreja sempre foi governada segundo um critério de prudência e com uma visão de longo prazo".

Acho que essa posição do autor tá muito determinista e mais para uma visão política e desprezando os fundamentos morais da Doutrina Católica.
O arcebispo Schneider fala melhor.