São Tomás de Aquino, o "Doutor Angélico", certa vez, diante de um crucifixo em Nápoles, ouviu estas palavras de Jesus: “Bem tem você escrito sobre Mim, Tomás, o que devo te dar em recompensa?" São Tomás respondeu: “Nada senão a Ti mesmo, meu Senhor". Em latim, São Tomás disse: Nil, Nisi Te, Domine. Em inglês: Naught save Thyself, O Lord.
segunda-feira, 30 de dezembro de 2024
Tom Holland (Historiador) - No Ocidente, Mesmo Anti Cristãos Pensam como Cristãos
sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
Índia, Sem Futuro? E o Brasil?
Certa vez, meu chefe viajou para a Índia. Quando voltou quis contar a experiência dele. Ele voltou assustado com a sujeira e o comportamento das pessoas da Índia. E me pergntou o que eu achava? Daí, eu respondi: A culpa é dos ingleses. Ninguém entendeu nada. E eu completei: Os ingleses dominaram, exploraram a Índia, mas não levaram o cristianismo. Todos riram, mas não quiseram debater o assunto. No Brasil, as pessoas, mesmo as que estudam, não conhecem a história do Brasil, não têm ideia geralmene da história dos outros países.
Mas a Índia foi assunto da semana, nas minhas leituras.
Primeiro eu li um artigo de um indiano cujo título é: "A Ìndia é Pior do Que Você Pensa". Eu nunca vi alguém detonar o próprio país tão secamente.
O autor detona completamente a cultura do país. Basicamente, a Índia é extremamente corrupta com um povo cuja ética é péssima. Não se tem noção de misericórdia, a ética é mostrar poder destruindo os outros, o sadismo impera. Quem mostra misericórdia pelo semelhante é considerado fraco.
O autor diz:
"A justiça, equidade, confiança, empatia e imparcialidade são estranhas para muitos indianos. Eles têm dificuldade em dizer a diferença entre o certo e o errado. Eles são indiferentes mesmo quando nenhum custo está associado a ser justo. Além disso, se pudessem fazer o bem sem nenhum custo pessoal, ainda prefeririam não fazê-lo, porque isso pode ser visto como um sinal de fraqueza.
Você é superior ou inferior — portanto, você é abusador ou abusado. Igualdade é impossível. Um visitante aprende muito rapidamente que dizer "por favor" e "obrigado" é visto como um sinal de fraqueza e é reservado para aqueles que desejam se rebaixar.
Os indianos não podem manter as instituições estabelecidas pelos britânicos. Essas instituições foram esvaziadas e corrompidas, tornando-se predatórias. A constituição e as leis têm pouco valor. As únicas forças que impulsionam essas instituições são subornos e conexões. Quer você aborde os mais altos líderes políticos ou os burocratas mais mesquinhos, eles exigem subornos aberta e descaradamente.
Indianos de casta superior abusam daqueles em castas inferiores, enquanto pessoas de casta inferior lutam com outras pessoas de casta inferior para determinar quem é superior. É um ciclo perpétuo de desconfiança e arbitrariedade.
As pessoas no Ocidente falam sobre um sistema de quatro ou cinco castas que foi formalizado pelos britânicos. Isso confunde a questão, pois dá uma sensação exagerada de estrutura. Na realidade, há 1,4 bilhão de castas na Índia. Todas as interações são sobre avaliar você. Você acaba oprimindo os outros ou sendo oprimido. As chamadas pessoas de casta inferior são mais conscientes de casta do que as pessoas de casta superior.
Entre os indianos comuns, as conversas giram em torno de calúnias, fofocas sobre amigos, discussões sobre celebridades, troca de superstições e animosidade em relação a outros grupos. Os hindus odeiam os muçulmanos, os muçulmanos odeiam os hindus e os sikhs odeiam os hindus. Esses grupos lutam entre si, deixando todos atomizados, mas seu ódio por outros grupos os une superficialmente.
O princípio fundamental para entender a Índia é que ela é uma sociedade amoral e irracional, desprovida de valores. Quaisquer valores que você tente incutir vão escorregar, como água nas costas de um pato.
Tenho visto uma piora contínua da sociedade indiana. Qualquer graça e civilidade que os missionários cristãos e os colonizadores europeus incutiram nos indianos tem sido lentamente corroída.
Sem missionários ocidentais no comando, o cristianismo foi "nutrido" por superstições indianas e pensamento mágico e se tornou vodu. A gramática caiu no esquecimento, e o inglês muitas vezes se tornou pidgin.
Em economia, existe um conceito de “armadilha da renda média”. Prefiro chamar a situação da Índia de “armadilha da renda baixa”. Ao contrário das crenças dos economistas profissionais, essas armadilhas têm fundamentos culturais; é virtualmente impossível escapar.
A prosperidade não levou à paz social nem ao crescimento intelectual e espiritual. Os indianos não entendem o conceito de conforto. A maioria dos indianos ricos constrói casas extravagantes não para conforto, mas para exibir riqueza e controlar os mais fracos do que eles. Pior, a prosperidade fácil das últimas décadas, que é essencialmente um resultado dos avanços tecnológicos ocidentais, descarrilou a busca pela racionalidade e moralidade. As mídias sociais são uma plataforma para troca de mitos, superstições e pornografia. A revolução da TI não traz esclarecimento às partes mais pobres do mundo!
Hoje, a Índia está mais arraigada no pensamento mágico e na superstição do que no passado. O hedonismo é desenfreado e as famílias estão se desintegrando.
A maioria dos indianos não consegue pensar além de dinheiro, sexo e sobrevivência — exatamente o que você esperaria de uma sociedade com um QI médio de 77. Todo valor ocidental dado a eles foi caricaturado e corrompido para esses fins. Os indianos não têm Dez Mandamentos. Eles são tão inconscientes desses valores que permanecem alheios mesmo que sejam apresentados a eles à força. Não há nada que você possa fazer sobre isso, exceto tentar entender o que a imigração da Índia e do resto do Terceiro Mundo fará ao Ocidente.
Por outro lado, se você acompanhou o que disse Elon Musk e Trump na semana, viu que muito se falou sobre a necessidade de engenheiros nos Estados Unidos, e sobre como os indianos estão se formando em engenharia nos Estados Unidos, ganhando dinheiro por lá. E até fazendo parte do governo de Trump.
Segundo um gráfico que vi, os indianos são o grupo social mais rico dos Estados Unidos, muito acima dos judeus, por exemplo. Os israelenses devem estar em nono ou oitavo lugar. Filipinos, por exemplo, estão na frente dos judeus. Mas não sei o gráfico é confiável. Desconfio que não.
Mas vemos que a riqueza dos indianos nos Estados Unidos não ajuda a Índia, em nada eticamente para que o país tenha futuro.
Os indianos devem ultrapassar a China em tamanho da população indiana. Está em torno de 1,4 bilhão de pessoas. Tem sete vezes mais que a população do Brasil.
O tamanho enorme da população, o fato de falarem inglês, de terem sido colônia do Reino Unido e assim terem participado de guerras do lado dos britânicos, de gostarem mais de matemática, e de terem uma posição política internacional cínica, procurando estar em todos os lados, ajudam economicamente os indianos. Eles fazem parte dos BRICS e se abraçam com Trump ou Biden ou Putin.
O Brasil tem população bem menor e não fala inglês. A política internacional é cínica também, mas é bem mais burra comercialmente.
Assim como o Brasil, a Índia se mostra uma decadência moral extraordinária.
O Brasil nasceu com o cristianismo para apoiá-lo. Mas, para mim, a lembrar a parábola da semente de Mateus 13, no Brasil, ou a semente do cristianismo caiu "a beira do caminho" ou "em solo rochoso". Seguramente não tem raízes e na pior das hipóteses, nem chegou a brotar.
O povo brasileiro tem muito mais noção da ideia de misericórdia e valoriza isso. Devemos muito aos portugueses. Mas o cristianismo não tem raízes profundas, é misturado com outras religiões ou crenças supersticiosas, como ocorre na Índia.
Nenhum livro me impresisonu mais para explicar o povo brasileiro do que a Carta de Caminha. Como diz Cristo: "quem tem ouvidos, ouça".
De Novo A Falsa Doutrina do Inferno Vazio Propagada pelo Vaticano de Francisco
Vou traduzir o que diz o texto de Martin abaixo, é sobre que disse Francisco em janeiro de 2024. Na realiade, Martin fala coisa bem básicas sobre a fé católica. A Bíblia e o Catecismo servem para condenar Francisco de forma bem rápida.
Qual é a ocupação do inferno?
COMENTÁRIO: Os comentários improvisados recentes do Papa forneceram um momento de ensino sobre universalismo e realidade.
por Ralph Martin.
O Papa Francisco provocou polêmica com uma observação informal sobre o inferno que ele fez em 14 de janeiro em uma entrevista ao vivo de uma hora com um popular programa de televisão italiano.
Embora reconhecendo que esta é apenas sua visão pessoal, não "um dogma de fé", o Santo Padre especulou que o inferno pode ser vazio e expressou a esperança de que seja o caso: "O que vou dizer não é um dogma de fé, mas minha visão pessoal: gosto de pensar no inferno como vazio; espero que seja."
Primeiro de tudo, o que é "dogma"?
Em resumo, um dogma é uma declaração da Igreja sobre uma verdade revelada por Deus que é necessária para nossa salvação. E embora o Papa esteja apenas oferecendo sua especulação pessoal sobre a possibilidade do inferno ser vazio, o que ele espera que seja, e ele deixa claro que este não é um ensinamento oficial da Igreja, ainda assim é extremamente prejudicial.
Ele joga com uma simpatia generalizada em relação a uma heresia chamada "universalismo", que ensina que talvez — ou certamente — todos acabarão no céu. Em algumas variações, até mesmo o diabo e os demônios serão salvos. Mas falaremos mais sobre isso depois.
Neste ambiente, então, é extremamente importante que saibamos o que Deus nos revelou sobre a realidade do inferno e quão possível é acabar lá. Infelizmente, essas verdades muito importantes raramente são pregadas ou ensinadas. Mas a boa notícia é que as observações do Papa permitem um momento de ensino, onde a atenção a essas verdades pode ser dada.
Felizmente, temos hoje o Catecismo da Igreja Católica, que transmite de forma confiável o ensino constante da Igreja sobre as Quatro Últimas Coisas (morte, julgamento, céu e inferno). Precisamos saber o que a Igreja ensina sobre o inferno se quisermos manter nossa cabeça limpa e nossos pés no caminho certo neste clima de confusão, pensamento positivo e negação.
O que o Catecismo ensina?
Baseando-se na Sagrada Escritura e na Sagrada Tradição, o Catecismo ensina claramente que qualquer um que morra impenitente em pecado mortal irá diretamente para o inferno:
“[O inferno é o] estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e os bem-aventurados, reservado para aqueles que se recusam por sua própria livre escolha a crer e se converter do pecado, até o fim de suas vidas” (1033).
“O ensinamento da Igreja afirma a existência do inferno e sua eternidade. Imediatamente após a morte, as almas daqueles que morrem em estado de pecado mortal descem ao inferno, onde sofrem as punições do inferno, ‘fogo eterno’. A principal punição do inferno é a separação eterna de Deus, em quem somente o homem pode possuir a vida e a felicidade para as quais foi criado e pelas quais anseia” (1035; veja também 393).
Este ensinamento, baseado nas Escrituras, é que, uma vez que somos criaturas corpóreas, nossos corpos ressuscitados participarão das alegrias eternas ou horrores eternos de nossos destinos finais. O duplo sofrimento do inferno é tradicionalmente descrito como a dor da perda e a dor do sentido.
Em 1979, sob o Papa João Paulo II, a Congregação para a Doutrina da Fé respondeu a algumas perguntas sobre escatologia (doutrina referente às coisas últimas ou finais) e reafirmou o ensinamento tradicional:
“Em fidelidade ao Novo Testamento e à tradição, a Igreja acredita na felicidade dos justos que um dia estarão com Cristo. Ela acredita que haverá punição eterna (poena aeterna) para o pecador que será privado da visão de Deus, e que essa punição terá uma repercussão em todo o ser do pecador” (7).
O Catecismo convoca cada católico a viver sua vida à luz da eternidade, com a cosmovisão bíblica controlando sua compreensão e decisões. Esta não é uma teologia de torre de marfim ou verdades abstratas e rígidas. São palavras de advertência e palavras de vida, com nossa felicidade em vista.
Uma maneira muito comum de fugir da clareza desse ensinamento é questionar se é realmente possível cometer um pecado mortal ou, para aqueles que aparentemente vivem em estado de pecado mortal, se eles são realmente culpados ou não.
Catecismo aborda claramente essas objeções. Primeiro, ele afirma que ninguém deve ser considerado ignorante da lei natural, isto é, a percepção humana comum de que matar, roubar, mentir, trapacear e cometer adultério injustamente é errado. O Catecismo ensina ainda que todos os seres humanos têm a obrigação de buscar a verdade sobre Deus e não podem descansar confortavelmente em sua suposta ignorância (1791). Ele até reconhece, como o profeta Jeremias, que o coração humano é frequentemente desesperadamente corrupto — e que fingir ignorância do grave erro que estamos cometendo é especialmente culpável (1857-1861).
Ações objetivamente erradas ainda são erradas
E a verdade crítica permanece: não importa o quanto a culpabilidade possa ser reduzida, ações objetivamente erradas ainda são erradas e são intrinsecamente más, prejudicando as pessoas que se envolvem nelas, sejam elas culpadas ou não.
Eu trato dessas questões em detalhes no Capítulo 6 — “Alguém é responsável?” — no meu livro A Church in Crisis: Pathways Forward (Emmaus Road, 2021). Não devemos focar em quão culpados nós ou outros somos, mas sim em quão gravemente errado é o que estamos fazendo, e fazer todo esforço para nos libertar, com a graça de Deus, de tais ações objetivamente erradas que nos prejudicam e aos outros, qualquer que seja nosso grau de culpabilidade. Acho que isso reflete melhor o conselho de Jesus sobre a questão do pecado grave:
“Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com intenção impura, já adulterou com ela em seu coração. Se o teu olho direito te faz pecar, arranca-o e lança-o fora; é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno. E se a tua mão direita te faz pecar, corta-a e lança-a fora; é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo vá para o inferno” (Mateus 5:27-30).
Hipérbole judaica? Sim. Não arranque seu olho ou corte sua mão se eles forem instrumentos de pecado. Mas faça tudo o que puder para se livrar do pecado sério, pois ele o enviará para o inferno se você não o fizer. Esta é uma mensagem que precisa ser ouvida com muito mais frequência hoje e com grande urgência e autoridade, a urgência e autoridade de Jesus.
O Catecismo afirma: “As afirmações da Sagrada Escritura e os ensinamentos da Igreja sobre o assunto do inferno são um chamado à responsabilidade que incumbe ao homem de fazer uso de sua liberdade em vista de seu destino eterno. Eles são ao mesmo tempo um chamado urgente à conversão: Entrai pela porta estreita; porque a porta é larga e o caminho é fácil, que leva à destruição, e aqueles que entram por ela são muitos. Porque a porta é estreita e o caminho é difícil, que leva à vida, e aqueles que a encontram são poucos” (1036; veja também 1734, 1428).
Como não sabemos nem o dia nem a hora, devemos seguir o conselho de Nosso Senhor e vigiar constantemente para que, quando o curso único de nossa vida terrena for concluído, possamos merecer entrar com ele na festa de casamento e ser contados entre os bem-aventurados, e não, como os servos maus e preguiçosos, sermos ordenados a partir para o fogo eterno, para as trevas exteriores, onde “os homens chorarão e rangerão os dentes” (Lucas 13:28).
Às vezes, as pessoas dizem que não devemos assustar as pessoas para a conversão. No entanto, o medo do inferno e as consequências do pecado são um excelente começo para a jornada espiritual. Santa Teresa de Ávila, Francisco de Sales e Inácio de Loyola atestam o papel valioso que o medo do inferno desempenha na motivação da jornada espiritual. Como sabemos, a jornada espiritual não termina aí. Ela leva ao “amor perfeito lançando fora o medo” (1 João 4:18) da punição, mas essa é a jornada de uma vida inteira. A realidade é que o inferno existe, e o impulso inconfundível das Escrituras e a interpretação tradicional de tais Escrituras pelos maiores teólogos da Igreja é que é muito provável que muitas pessoas vão para lá.
Há inúmeras tentativas de explicar o significado claro das Escrituras e sua interpretação constante pela Igreja: às vezes por especulação teológica sofisticada, às vezes por pensamento positivo e presunção tola, o resultado de mentes obscurecidas; às vezes simplesmente ignorando-o na esperança de que ele recue para o fundo e desapareça, sem ter que negá-lo; às vezes apenas acompanhando a cultura popular que não leva mais essas verdades a sério.
Essa mentalidade, combinada com a declaração do Papa Francisco em 14 de janeiro, reenergizou o pensamento e o sentimento universalista que está afetando muitos católicos. Teólogos respeitados como Karl Rahner e Hans Urs von Balthasar especularam sobre a possibilidade de haver um inferno vazio e deixaram claramente suas simpatias serem conhecidas, como ressalto em meu livro Will Many Be Saved? What Vatican II Actually Teaches and Its Implications for the New Evangelization (Eerdmans, 2013). Essas teorias se infiltraram no pensamento de muitos educadores religiosos e clérigos e também atingiram o católico comum.
O fato de que, após o Vaticano II, a Igreja não enfatizou a tradição dogmática clara e certa sobre as Quatro Últimas Coisas levou muitos católicos a esquecer essas verdades ou a se perguntar se ainda acreditamos nelas.
Se mantivermos a crença de que o inferno é vazio, provavelmente vazio ou escassamente povoado, há uma tendência natural para a humanidade prestar mais atenção em "melhorar o mundo" e simpatizar com as causas do mundo do que se concentrar na proclamação ousada de que o nome de Jesus é o único nome que pode salvar alguém (Atos 4:12). Ou que as pessoas precisam "salvar-se desta geração perversa" (Atos 2:40), por meio do arrependimento, da fé e do batismo. Ou que, para escapar da ira que está por vir (1 Tessalonicenses 1:10), elas precisam se unir a Jesus e à Igreja e obedecer aos seus mandamentos.
Se o inferno está vazio — ou muito possivelmente poderia estar — precisamos realmente insistir mais que o que Jesus e os apóstolos ensinam sobre o propósito da sexualidade humana e do casamento deve ser obedecido para sermos salvos? Ou poderíamos falsificar um pouco para nos darmos melhor com o "homem moderno"?
Esta não é apenas uma discussão esotérica sobre "dogma". As verdades sobre os destinos finais dos seres humanos são as verdades mais importantes para as pessoas saberem; e, infelizmente, raramente são faladas mais. Mais frequentemente, são publicamente questionadas, inspiradas mais recentemente pela esperança pessoal do Papa Francisco, ou simplesmente ignoradas, o que depois de um período de tempo lança dúvidas sobre sua importância ou veracidade.
Ralph Martin é o presidente do Renewal Ministries e o diretor de programas de teologia de pós-graduação na Nova Evangelização no Sacred Heart Major Seminary na Arquidiocese de Detroit.
domingo, 22 de dezembro de 2024
Pesquisa: Censura, Autocensura e Perseguição a Conservadores nas Universidades
Pesquisa do instituto FIRE (Foundation for Individual Rights and Expression) mostrou o efeito da perseguição esquerdista nas universidades. A pesquisa comparou com a época conhecida como "macarthismo", em alusão, a censura e autocensura que havia nos anos 50 do século passado nas universidades americanas por influência do senador Joseph McCarthy, que procurava a presença de comunistas influentes nos Estados Unidos.
A época atual é muito pior que a do macartismo, quatro vezes pior.
Esta é a maior pesquisa sobre liberdade acadêmica e liberdade de expressão nas faculdades e universidades dos Estados Unidos. O relatório representa uma pesquisa nacional com 6.269 professores titulares, em 55 faculdades e universidades dos Estados Unidos.
Quem mais sofre com censura, autocensura e perseguição são os conservadores e os moderados. A perseguição já começa na contratação. Os professores são céticos de que conservadores seriam bem-vindos em seus departamentos. Especificamente, enquanto quase três quartos dos professores disseram que um indivíduo liberal seria um ajuste positivo em seu departamento, apenas um em cada cinco disse o mesmo sobre um indivíduo conservador. Embora haja diferenças prováveis entre disciplinas acadêmicas, no geral a maioria dos professores indica que conservadores estariam fora de lugar em seus departamentos. E no ensino superior, “ajuste ruim” geralmente pode ser traduzido como “não admitido”, “não contratado” ou “não promovido”.
A pesquisa mostrou que mesmo em conversas informais fora da universidades, os professores, especialmente conservadores, podem sofrer censura.
Entre os temas que apresentam maior risco de sofrer censura estão:
- Conflitos que envolvem Israel;
- Racismo;
- Questões de gênero (gayzismo, trans, LGBT);
- Aborto;
- Religião;
- Eleições.
A pesquisa mostrou que:
- 35% dos professores dizem que recentemente amenizaram sua escrita por medo de controvérsia, em comparação com 9% dos professores que disseram o mesmo durante a era McCarthy;
- 14% dos professores sofreram disciplina ou ameaças de disciplina por seus ensinamentos, pesquisas, palestras acadêmicas ou outros discursos fora do campus;
- 27% dos professores se sentem incapazes de falar livremente por medo de como os alunos, administradores ou outros professores responderiam;
- 40% dos professores se preocupam em prejudicar suas reputações porque alguém entendeu mal algo que eles disseram ou fizeram;
- 23% dos professores se preocupam em perder seus empregos porque alguém entendeu mal algo que eles disseram ou fizeram;
- 50% dos professores dizem que raramente ou nunca é justificado exigir que os candidatos a cargos docentes enviem declarações prometendo comprometimento com diversidade, equidade e inclusão;
- 66% dos professores dizem que faculdades e universidades não devem tomar posições sobre questões políticas e sociais.
Abaixo, mostro mais alguns gráficos da pesquisa, além do que vai acima. E um amigo me enviou um resumo da pesquisa feita por Inteligência Artificial. Vai em seguida.
Resumo feito por IA:
1. Clima de Autocensura e Temor
O relatório evidencia um ambiente acadêmico onde muitos professores, especialmente aqueles com visões políticas ou ideológicas minoritárias, sentem-se compelidos a censurar suas opiniões. Esse fenômeno não se limita a preservar a etiqueta profissional, mas reflete um medo real de represálias, como perda de emprego ou reputação. Tal cenário sugere um afastamento dos ideais de liberdade intelectual e debate aberto, essenciais para o desenvolvimento humano e para a busca da verdade. A autocensura, mesmo que silenciosa, enfraquece o papel da academia como espaço para a investigação sincera e o progresso.
2. Preocupações com Doutrinas Ideológicas
As iniciativas relacionadas a diversidade, equidade e inclusão (DEI) são apontadas como fontes de controvérsia e divisões. Embora tenham objetivos nobres, essas políticas frequentemente assumem a forma de "testes ideológicos", exigindo adesão a valores que não são universalmente aceitos. Este ambiente compromete a liberdade de consciência e a pluralidade de ideias. Ao invés de promover uma verdadeira inclusão, muitas vezes acabam excluindo aqueles que têm visões divergentes, o que enfraquece o diálogo necessário para a construção de uma sociedade justa e equilibrada.
3. Falta de Neutralidade Institucional
A pesquisa demonstra que uma maioria significativa de professores apoia a neutralidade institucional em questões políticas e sociais. Essa posição reflete o desejo de preservar o espaço acadêmico como um local de investigação descomprometido com ideologias específicas. Quando universidades se posicionam oficialmente em debates políticos ou sociais, correm o risco de criar ortodoxias que restringem o pensamento crítico e o debate. Um compromisso com a neutralidade permitiria que o ambiente universitário se tornasse verdadeiramente um espaço de aprendizado e formação para todos, sem favorecer uma visão em detrimento de outra.
4. Impacto Moral e Ético
O crescimento de políticas que desencorajam debates abertos, promovem liturgias ideológicas e sancionam divergências vai além das questões acadêmicas. Ele ameaça a integridade moral do ambiente educacional, transformando a busca pela verdade em um exercício de conformidade. Este tipo de abordagem relativista pode levar ao enfraquecimento dos pilares éticos que sustentam a sociedade. Um ambiente acadêmico saudável precisa cultivar a liberdade de expressão com responsabilidade, promovendo o respeito mútuo e a formação ética.
5. Chamado à Renovação Ética
O contexto descrito no relatório aponta para a necessidade de um esforço conjunto para restaurar os princípios fundamentais que regem as instituições acadêmicas. Um ambiente educacional verdadeiramente inclusivo e produtivo deve ser construído sobre os valores de respeito mútuo, liberdade intelectual e honestidade. Professores e líderes universitários devem agir com coragem para defender a pluralidade e a integridade intelectual, mesmo diante de pressões externas. Apenas assim será possível preservar a função primordial da academia: formar cidadãos críticos e conscientes, comprometidos com o bem comum e a verdade.
sexta-feira, 20 de dezembro de 2024
Música Natal de 2024 - Para Quem Anda Sem Esperança.
I heard the bells on Christmas dayTheir old familiar carols playAnd mild and sweet their songs repeatOf peace on earth good will to menAnd the bells are ringingLike a choir they're singingIn my heart I hear themPeace on earth, good will to menAnd in despair I bowed my headThere is no peace on earth, I saidFor hate is strong and mocks the songOf peace on earth, good will to menBut the bells are ringingLike a choir singingDoes anybody hear them?Peace on earth, good will to menThen rang the bells more loud and deepGod is not dead, nor doth He sleepThe wrong shall fail, the right prevailWith peace on earth, good will to menThen ringing singing on its wayThe world revolved from night to dayA voice, a chime, a chant sublimeOf peace on earth, good will to menAnd the bells they're ringingLike a choir they're singingAnd with our hearts we'll hear themPeace on earth, good will to menDo you hear the bells they're ringing?The life the angels singingOpen up your heart and hear themPeace on earth, good will to menPeace on earth, Peace on earthPeace on earth, Good will to men.
sexta-feira, 13 de dezembro de 2024
Site para Cardeais Conhecerem Cardeais.
Foi criado um site dedicado exclusivamente para explicar quem são os cardeais. São tantos e tantos, a Igreja extrapolou na mania de dar cargos. Lembro do paradoxo que identicaram no Reino Unido, quanto mais a Inglaterra perdia colônias mais o setor relacionado a cuidar das colônias contratava gente. Também lembro de outro paradoxo moderno, quanto mais avançada é a medicina mais a cultrua da morte avança. Em tempos em que muitos do clero se afastam da propagação do cristianismo pelo mundo existem cada vez mais cardeais.
Bom, mas divaguei. Vamos para o caso do site dos cardeais. Foi criado o site "The College of Cardinals Report" que traz a biografia de cada cardeal e os analisa. É dito que a criação do site foi feita a pedido dos próprios cardeiais que desejavam conhecer os "colegas".
O site nos apresenta de cara aqueles cardeiais que considera possíveis próximos papas , "papabili".
quinta-feira, 12 de dezembro de 2024
Dia dela - Nossa Senhora de Guadalupe
terça-feira, 10 de dezembro de 2024
Padre Wander de Jesus: O Caso João Paulo I, a Maçonaria e a Revolução em Francisco
segunda-feira, 9 de dezembro de 2024
Golpes Contra a Direita na Europa
Este é um assunto que deveria estar com destaque em todos os jornais do mundo e sofrer escrutínio acadêmico universal.
Uma direita minimamente conservadora e não formada por esquerdistas disfarçados (tipo PSDB no Brasil) surgiu na Europa. E a esquerda está desesperada, pois esta Direita tem muio voto.
Com isso a Direita na Europa, partidos que desejam salvar a cultura cristã, está sofrendo golpes políticos em diversos países europeus. Ganha muito do voto popular mas não recebe o poder que deveria receber. Sem falar no uso de força policial para calar os conservadores nas mídias sociais.
Destaca-se o que ocorre nos países mais ricos da Europa: Alemanha, França e Reino Unido, além do extremo absurdo que ocorre na Romênia.
Um assunto dessa magnitude recebe pouquíssima atenção. Mas hoje vi um texto no Zero Hedge. Traduzo abaixo:
A democracia está morta: um golpe contra os movimentos de direita está em andamento na Europa
por Tyler Durden.
No passado, as elites progressistas geralmente não eram ameaçadas pelas campanhas dos antigos partidos de centro e centro-direita porque esses grupos há muito são administrados por falsos conservadores sem intenção de perturbar o desvio da Janela de Overton para a esquerda radical. Mas é claro que os tempos mudaram. A oposição legítima à extrema esquerda está aumentando na forma de partidos políticos lutando por fronteiras seguras e iniciativas anti-wokeness, e os progressistas estão furiosos.
Eles experimentaram o poder quase total e, embora afirmem ser os santos padroeiros da democracia, estão adotando abertamente ideais autoritários para manter esse poder.
Nos EUA, a extrema esquerda vem travando uma guerra de propaganda total e abusa do sistema legal há anos como um meio de impedir que os conservadores retornem ao governo. As táticas de lawfare utilizadas contra Donald Trump foram sem precedentes, mas acabaram falhando. Na Europa, porém, os esquerdistas estão obtendo mais sucesso.
Na Alemanha, o establishment está tentando banir o cada vez mais bem-sucedido Partido AfD, alegando que eles representam um "retorno ao fascismo". Mais de 100 legisladores apoiaram a resolução, embora não esteja claro se uma votação será realizada. O AfD é o segundo partido mais popular na Alemanha e recentemente apresentou um candidato para chanceler nas próximas eleições de fevereiro.
Todos os outros partidos políticos na Alemanha são variações do espectro progressista. Os esquerdistas dizem que se o AfD ganhar qualquer poder governamental significativo, eles se recusarão a trabalhar com eles, preferindo deixar o governo alemão em um estado de limbo em vez de aceitar a vontade dos eleitores. Deve-se notar que o governo de coalizão da Alemanha já está entrando em colapso e o país está em crise.
Na França, o crescente sucesso de Marine Le Pen e seu Partido Rally Nacional foi recebido com extremo escárnio pelas elites progressistas. O establishment sob Emmanuel Macron se envolveu em trapaças políticas depois que o Rally Nacional venceu o primeiro turno das eleições francesas. Os centristas estabeleceram uma coalizão com os esquerdistas radicais como uma forma de impedir que a direita tomasse o poder. A medida foi tecnicamente legal, mas considerada por muitos como um esforço imoral para negar aos eleitores franceses conservadores uma voz.
As elites também estão tentando usar a guerra jurídica contra Le Pen, conjurando acusações de uso indevido de fundos da UE com a intenção de garantir que ela possa concorrer nas eleições de 2026. Como na Alemanha, deve-se notar que a própria coalizão que foi colocada em prática para manter a direita fora do governo agora entrou em colapso sob um voto de desconfiança do primeiro-ministro Barnier e a França está atualmente em crise.
Na Grã-Bretanha, não há um partido de direita para representar os interesses públicos. O atual regime progressista/globalista violou o espírito do voto Brexit e abriu as fronteiras do país para a imigração do terceiro mundo. Os resultados foram desastrosos. O governo e a mídia britânica agora passam a maior parte do tempo tentando esconder o aumento de crimes violentos cometidos por migrantes na Europa e no Reino Unido. Sem representação, o público britânico foi às ruas para protestar.
Em resposta, os esquerdistas reprimiram a liberdade de expressão, prendendo pessoas que criticam a imigração aberta online. A democracia está completamente morta na Grã-Bretanha.
Na Romênia, o Tribunal Constitucional cancelou pela primeira vez os resultados de uma eleição presidencial porque um candidato de "direita" venceu inesperadamente o primeiro turno. O governo alega que Calin Georgescu recebeu um impulso online em sua conta de campanha no TikTok de fontes russas e isso representou uma "distorção do voto". O tribunal não produziu nenhuma evidência concreta para apoiar essa alegação, nem explicou como o tráfego russo artificial na conta TikTok de Georgescu se traduz em votos romenos.
Os tribunais estão agora determinando se apresentarão acusações criminais contra Georgescu. Afinal, eles não podem realizar outra eleição apenas para o candidato vencer novamente e provar que as acusações russas são uma farsa. Os promotores estão invadindo seus aparentes financiadores de campanha em busca de provas de interferência eleitoral. Georgescu diz que nunca teve qualquer vínculo com a Rússia ou qualquer outra entidade estrangeira; ele chamou o Tribunal Constitucional da Romênia de "tribunal da máfia" participando de um golpe contra o povo romeno.
Mais uma vez, esta é a morte completa da Democracia como a esquerda política a promove.
A explosão do entusiasmo público por movimentos de direita na Europa com políticas legitimamente conservadoras (entre os mais jovens em particular) provou que a guinada para a esquerda não é o que a população quer; nunca foi. No entanto, o establishment progressista considerou esta mudança no sentimento público inaceitável. Eles decidiram fazer tudo e qualquer coisa para manter o poder, mesmo que isso signifique abandonar os processos democráticos que eles afirmam defender.
sábado, 7 de dezembro de 2024
Francisco Aprova Peregrinação Gay para Jubileu 2025
Diz o texto do jornal:
"O Jubileu de 2025 abrirá as portas para a primeira peregrinação expressamente dedicada aos gays e a todas as pessoas LGBTQIA+. ...
Uma novidade absoluta, escreve o jornal na Via del Tritone, especialmente se considerarmos que em 2000, ano do último Jubileu ordinário, o Vaticano se opôs firmemente à Parada Mundial do Orgulho Gay, que naquele ano se realizou em Roma, capital do cristianismo. No final, o desfile aconteceu, mas não sem inúmeras polêmicas.
No calendário oficial do Ano Santo de 2025, revela ainda o jornal romano, "um momento de espiritualidade especial foi incluído no dia 6 de setembro, e a histórica Igreja barroca de Gesù atuou como promotora para acolher os peregrinos LGBT+, seus pais, os operadores e todos aqueles que gravitam em torno destas associações arco-íris, lideradas na Itália pela Tenda de Gionata". O evento recebeu o título de “Igreja, casa de todos, cristãos LGBT+ e outras fronteiras existenciais” e foi incluído no calendário de eventos previstos.
O Papa aceitou a ideia do Padre Pino Piva, um jesuíta de Bolonha que sempre se dedicou ao mundo arco-íris" lemos novamente no Messaggero. Depois, tendo ouvido também o parecer positivo do Cardeal Matteo Maria Zuppi e os acordos feitos com o Arcebispo Rino Fisichella, organizador do Ano Santo, foi possível traçar um programa definitivo e definir os dias em que este Jubileu será celebrado."
O que dizer?
O Lepanto Institute disse que papa atrai a ira de Deus ao Vaticano e à Igreja Católica.
Claro que sim.
Que terrível pontificado fruto da renúncia de Bento XVI!!!!
terça-feira, 3 de dezembro de 2024
Pesquisa Educação no Mundo: Piorando e Tecnologia Ajuda a Piorar
sábado, 30 de novembro de 2024
"Morte Assistida" no Reino Unido. Como Justifcaram o Não
Acima, tem a posição do historiador Tom Holland. Eu me interessei pela posição dele porque estou exatamente no momento lendo o excelente livo dele "Dominion: How the Christian Rvolution Remade the World".
Tom Holland no livro mostra como um homem que morreu pela pior das mortes, a morte dada aos priores criminosos e escravos, moldou e venceu eticamente o mundo.
Mas vejam como ele justificou apoiar o não, na imagem acima. Com ironia, dizendo que o estado inglês não consegue fornecer saúde nem justiça adequada para ser capaz de manter a eutanásia sob controle.
E como justificou Nigel Farage, o líder supostamente conservador do Reino Unido?
Vejam abaixo:
Ele disse algo como: "ei, eu sou caridoso também com as pessoas que querem se matar, mas acho que a lei pode se degenerar e matar pessoas".
Sim, alguns se levantaram dizendo que o Reino Unido agora está do lado da cultura morte.
Mas, em suma, como eu costumo dizer, desde que morei no Reino Unido: não existem conservadores relevantes no Reino Unido, todos são de esquerda eticamente. Assim, como a Igreja Anglicana está morta, estamos vendo o cristianismo lá em "morte assistida".
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
Tolkien: Comunismo, Nazismo e Guerra Civil Espanhola
Estou ecrevendo sobre o pensamento filosófico de Elisabeth Anscombe sobre guerra, em especial sobre a Segunda Guerra Mundial. Tolkien, o autor de Senhor dos Anéis, faleceu em 1973, é um ilustríssimo autor católico inglês, assim como foi Anscombe (que não é asism tão católica em suas análises). Além disso, Tolkien foi soldado de infantaria na Batalha de Somme, a batalha mais sangrenta da história para os ingleses.
Hoje, uma lacuna nos meus conhecimentos sobre Tolkien foi preenchida. Se Tolkien morreu em 1973, além de ter participado da Primeira Guerra, ele viu a Guerra Civil Espanhola, viu a Segunda Guerra, e viu a Guerra Fria.
O que Tolkien pensava de tudo isso?
Hoje descobri as respostas no livro "The Letters of J.R.R. Tolkien", de 1981., republicado em 2023.
Em resumo, Tolkien destestava o comunismo (e Stálin), o nazismo (e Hitler) e ficou do lado de Franco na Guerra Civil Espanhola. Sensacional.
Há diversos sites na internet que mostram as opiniões de Tolkien em resumo do livro. Por exemplo, tem este aqui. E também há artigos sobre o pensamento de Tolkien sobre a Guerra Civil Espanhola, como este aqui.
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Cardeal Muller Acusa Papa de Pecar Contra Espírito Santo?
O pecado contra o Espírito Santo é o único pecado que não tem perdão, assim disse o próprio Jesus Cristo (Mateus 12:32, Marcos 3:29, Lucas 12:10). O cardeal Muller escreveu um artigo sobre os setes pecados contra o Espírito Santo, no artigo vemos que não é nada difícil cometer este pecado imperdoável, e hoje em dia esse pecado é muito corriqueiro.
O título do artigo é "The Seven Sins Against the Holy Spirit: A Synoda Tragedy" (Os Sete Pecados contra o Espírito Santo: Uma Tragédia Sinodal". Claro, pelo título que o cardeal Muller vai criiccar fortemente o Sínodo da Sinodalidade. Sim, ele fez isso. Mas parece fazer muito mais. Ele disse que é pecado contra o Espírito Santo um papa demitir um bispo sem o devido processo canônico. Pode-se dizer que Francisco fez isso no caso do bispo Joseph Strickland. Foi assim considerado pelo site Breibart, que leu o texto de Muller e publicou artigo chamado "Ex-chefe do Vaticano acusa o Papa Francisco de ‘pecados contra o Espírito Santo’".
Além da questão da sindodalidade e da demissão de bispos sem o devido processo canônico, Muller ainda critica o pensamento radical ambientalista tão presente em Francisco. As palavras de Muller atingem Francisco em pelo menos três do sete pecados contra o Espírito Santo (o terceiro, o quarto e o sétimo).
Muller chega a usar a frase de Francisco: "todas as religiões são caminhos para Deus", sem citar o autor, apenas colocando entre aspas, para criticar fortemente este pensamento.
É um artigo excelente para ficarmos atentos a este pecado que é inperdoável e costumou provocar tantas análises desde sempre.
Traduzo o artigo de Muller abaixo:
Os Sete Pecados Contra o Espírito Santo: Uma Tragédia Sinodal
por Gerhard Cardinal Müller
22. 11 . 24
Quem tiver ouvidos ouça o que o Espírito está dizendo às igrejas” (Ap 2:11). Esta passagem das Escrituras é frequentemente citada para justificar uma chamada “Igreja sinodal”, um conceito que pelo menos parcialmente, se não completamente, contradiz a compreensão católica da Igreja. Facções com segundas intenções sequestraram o princípio tradicional da sinodalidade, ou seja, a colaboração entre bispos (colegialidade) e entre todos os crentes e pastores da Igreja (com base no sacerdócio comum de todos os batizados na fé), para promover sua agenda progressiva. Ao executar uma reviravolta de 180 graus, a doutrina, a liturgia e a moralidade da Igreja Católica devem ser tornadas compatíveis com uma ideologia neognóstica woke.
Suas táticas são notavelmente semelhantes às dos antigos gnósticos, sobre os quais Irineu de Lyon, que foi elevado a Doutor da Igreja pelo Papa Francisco, escreveu: “Por meio de suas plausibilidades habilmente construídas [eles] atraem as mentes dos inexperientes e os levam cativos. . . . Esses homens falsificam os oráculos de Deus e se mostram maus intérpretes da boa palavra da revelação. Por meio de palavras especiosas e plausíveis, eles astuciosamente atraem os simplórios a indagar [em um entendimento mais contemporâneo]” até que sejam incapazes de “distinguir a falsidade da verdade” (Contra as Heresias, Livro I, Prefácio). A revelação divina direta é armada para tornar aceitável a auto-relativização da Igreja de Cristo (“todas as religiões são caminhos para Deus”). A comunicação direta entre o Espírito Santo e os participantes do Sínodo é invocada para justificar concessões doutrinárias arbitrárias (“casamento para todos”; oficiais leigos no comando do “poder” eclesiástico; a ordenação de diaconisas como um troféu na luta pelos direitos das mulheres) como resultado de uma percepção mais elevada, que pode superar quaisquer objeções da doutrina católica estabelecida.
Qualquer um que, apelando à inspiração pessoal e coletiva do Espírito Santo, busque reconciliar o ensinamento da Igreja com uma ideologia hostil à revelação e com a tirania do relativismo é culpado de várias maneiras de um “pecado contra o Espírito Santo” (Mt 12:31; Mc 3:29; Lc 12:10). Isto é, como será explicado abaixo em sete aspectos diferentes, nada mais do que uma “resistência à verdade conhecida” quando “um homem resiste à verdade que reconheceu, a fim de pecar mais livremente” (Tomás de Aquino, Summa Theologiae II-II, q. 14, a. 2).
1. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Considera Espírito Santo como uma pessoa divina
É um pecado contra o Espírito Santo se alguém não o confessa como a pessoa divina que, em unidade com o Pai e o Filho, é o único Deus, mas o confunde com a divindade numinosa anônima dos estudos religiosos comparativos, o espírito popular coletivo dos românticos, a volonté générale de Jean-Jacques Rousseau, o Weltgeist de Georg W. F. Hegel, ou a dialética histórica de Karl Marx, e finalmente com utopias políticas, do comunismo ao transumanismo ateísta.
2. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Considera Jesus Cristo como a Plenitude da verdade e da Graça
É um pecado contra o Espírito Santo se alguém reinterpreta a história do dogma cristão como uma evolução da revelação, refletida em níveis avançados de consciência na igreja coletiva, em vez de confessar a plenitude insuperável da graça e da verdade em Jesus Cristo, o Verbo de Deus feito carne (João 1:14–18).
Irineu de Lyon, o Doutor Unitatis, estabeleceu de uma vez por todas, contra os gnósticos de todos os tempos, os critérios da hermenêutica católica (isto é, epistemologia teológica): 1) Sagrada Escritura; 2) tradição apostólica; 3) a autoridade de ensino dos bispos em virtude da sucessão apostólica.
De acordo com a analogia do ser e da fé, as verdades reveladas da fé nunca podem contradizer a razão natural, mas podem (e entram) em conflito com seu uso ideológico indevido. Não há a priori nenhuma nova percepção científica (que são sempre falíveis em princípio) que possa anular as verdades da revelação sobrenatural e da lei moral natural (que são sempre infalíveis em sua natureza interna). O papa não pode, portanto, nem cumprir nem decepcionar as esperanças de mudança nas doutrinas reveladas da fé, porque “este ofício de ensino não está acima da palavra de Deus, mas a serve, ensinando apenas o que foi transmitido” (Dei Verbum, 10).
O único e eterno paradigma do nosso relacionamento com Deus sempre permanece o Verbo feito carne, cheio de graça e verdade (João 1:14–18). Em contraste com a ilusão de superioridade intelectual dos antigos e novos gnósticos com sua crença na autocriação e autorredenção do homem, a Igreja sustenta que a pessoa de Jesus Cristo é a verdade plena de Deus em uma “novidade” intransponível para todas as pessoas (Irineu de Lyon, Contra as Heresias, Livro IV, 34, 1). Porque: “Não há salvação em nenhum outro, pois também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” (Atos 4:12).
3. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Unidade da Igreja em Cristo
É um pecado contra o Espírito Santo quando a unidade da Igreja no ensino da fé é entregue à arbitrariedade e ignorância das conferências episcopais locais (que supostamente se desenvolvem doutrinariamente em ritmos diferentes) sob o pretexto da chamada descentralização. Irineu de Lyon declara contra os gnósticos: “Embora dispersa por todo o mundo, até os confins da terra... a Igreja Católica possui uma e a mesma fé em todo o mundo” (Irineu de Lyon, Contra as Heresias, Livro I, 10, 1–3).
A unidade da Igreja universal “em corpo e um Espírito” é cristológica e sacramentalmente fundamentada. Pois: “um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por todos e em todos” (Ef. 4:5–6). E é contrário à mesma “unidade do Espírito” (Ef. 4:3) enredar os portadores da missão geral da Igreja (leigos, religiosos e clérigos) em uma luta por “poder” no sentido político, em vez de compreender que o Espírito Santo efetua sua cooperação harmoniosa. Para cada um de nós, “falando a verdade em amor... deve crescer em tudo naquele que é a cabeça, em Cristo” (Ef. 4:15).
4. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita o Episcopado como Instituição de Direito Divino
É um pecado contra o Espírito Santo, que, por meio do sacramento das Ordens Sagradas, nomeou bispos e padres como pastores da Igreja de Deus (Atos 20:28), depô-los, ou mesmo secularizá-los, puramente a critério pessoal, sem um processo canônico. Critérios objetivos para medidas disciplinares contra bispos e padres são apostasia, cisma, heresia, má conduta moral, um estilo de vida grosseiramente não espiritual e incapacidade óbvia para o cargo. Isso é especialmente verdadeiro para a seleção de futuros bispos quando o candidato, nomeado sem exame cuidadoso, não “tem uma compreensão firme da palavra que é confiável de acordo com o ensino (sana doctrina)” (Tito 1:9).
5. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Lei Moral natural e Valores Não Negociáveis
É um pecado contra o Espírito Santo quando bispos e teólogos apenas oportunisticamente apoiam o papa publicamente quando ele apoia suas preferências ideológicas. Ninguém pode permanecer em silêncio ao defender o direito à vida de cada pessoa, desde a concepção até a morte natural. Pois o papa é o mais alto intérprete autêntico da lei moral natural na terra, na qual a palavra e a sabedoria de Deus brilham na existência e no ser da criação (João 1:3). Se a lei moral natural, que é evidente na consciência de todo ser humano (Rm 2:14), não constitui a fonte e o critério contra os quais julgar as leis (sempre falíveis) do estado, então o poder político desliza para o totalitarismo, que atropela aqueles direitos humanos naturais que deveriam formar a base de toda sociedade democrática e estado constitucional. Foi o que o Papa Pio XI declarou na encíclica Mit Brennender Sorge (1937) contra as Leis Raciais de Nuremberg formalmente válidas legalmente do estado alemão: “É à luz dos comandos desta lei natural que toda lei positiva, seja quem for o legislador, pode ser avaliada em seu conteúdo moral e, portanto, na autoridade que exerce sobre a consciência. As leis humanas em flagrante contradição com a lei natural são viciadas com uma mancha que nenhuma força, nenhum poder pode consertar” (Mit Brennender Sorge, 30).
6. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Igreja como Sacramento da Unidade Humana
É um pecado contra o Espírito Santo quando a divisão política e ideológica da sociedade desde o Iluminismo Europeu e a Revolução Francesa é incorporada a uma filosofia restauradora ou revolucionária da história e quando a Igreja una, santa, católica e apostólica é, portanto, paralisada ao colocar internamente facções "progressistas" contra "conservadoras".
Pois a Igreja em Cristo não é apenas o sacramento da comunhão mais íntima da humanidade com Deus, mas também um sinal e instrumento da unidade da humanidade em seu propósito natural e sobrenatural (Lumen Gentium, 1).
O discernimento dos espíritos não é realizado com vistas a objetivos políticos, mas teologicamente, a respeito da verdade da revelação, que é apresentada na doutrina infalível da fé da Igreja. Assim, o critério objetivo da fé católica é a ortodoxia em oposição à heresia (e não a vontade subjetiva de preservar ou mudar aspectos culturais contingentes).
Com o próximo aniversário de 1700 anos do Concílio de Niceia (325), podemos ter o seguinte lema em mente: É melhor ir para o exílio cinco vezes com Santo Atanásio do que fazer a menor concessão aos arianos.
7. Peca Contra o Espírito Santo Quem Não Respeita a Natureza Sobrenatural do Cristianismo, que se opõe à sua instrumentalização para propósitos mundanos.
O pecado mais atual contra o Espírito Santo é quando a origem e o caráter sobrenaturais do cristianismo são negados para subordinar a Igreja do Deus Trino aos objetivos e propósitos de um projeto de salvação mundano, seja a neutralidade climática ecossocialista ou a Agenda 2030 da "elite globalista".
Qualquer um que realmente queira ouvir o que o Espírito está dizendo à Igreja não confiará em inspirações espiritualistas e chavões ideológicos woke, mas depositará toda a sua confiança, na vida e na morte, somente em Jesus, o Filho do Pai e o Ungido do Espírito Santo. Somente ele prometeu aos seus discípulos o Espírito Santo da verdade e do amor por toda a eternidade: “Aqueles que me amam guardarão a minha palavra, e meu Pai os amará, e viremos a eles e faremos morada neles. . . . Mas o Advogado, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos disse” (João 14:23–26).
Gerhard Cardinal Müller é ex-prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
Evidências Científicas para Existência de Deus: Começo, Entropia e Ajuste Fino.
Vou traduzir o que diz o texto aqui a partir do momento que começam as explicações.
Evidências científicas para Deus (Insights e explicações)
Magis Center11 de novembro de 2024
- Evidências de que o universo teve um começo
- Evidências de que o universo é bem ajustado.
A lei "Hubble-Lemaître" descreve a velocidade na qual os objetos se movem em um universo em expansão.
- Para que a vida se desenvolva, o universo precisa começar com uma entropia muito baixa (muito equilibrio, muita ordem e altíssima energia). O físico matemático Roger Penrose calculou que as chances de nosso universo começar com uma entropia tão baixa puramente por acaso eram de 1 em 10^10^23;
- Para que a vida se desenvolva, ela precisa de planetas habitáveis. O físico Paul Davies determinou, no entanto, que se a constante gravitacional ou a constante de força fraca fossem diferentes em 1 em 10^50, o universo teria se expandido ou colapsado catastroficamente. Galáxias não teriam se formado, muito menos estrelas ou planetas habitáveis.
- Da mesma forma, pequenas diferenças na constante de força nuclear causariam nenhum hidrogênio ou apenas hidrogênio. De qualquer forma, uma vida complexa não teria sido possível de se desenvolver.
- Pequenas mudanças na constante gravitacional ou na estrutura fina teriam resultado em todas as estrelas sendo anãs vermelhas ou gigantes azuis. Esses tipos de estrela não são adequadas para a vida.
- Por definição, o multiverso e todos os outros "universos" seriam inobserváveis. Consequentemente, o multiverso não é uma ideia cientificamente testável. Nenhuma observação que você fizer provaria ou refutaria o multiverso.
- O princípio conhecido como Navalha de Ockham afirma que todas as coisas sendo iguais, explicações simples são preferíveis às complicadas. O multiverso é uma explicação muito complicada, exigindo trilhões de universos-bolha — e algum tipo de sistema para gerar mais!
- Além disso, se o multiverso existisse, ele ainda exigiria um começo. O multiverso teria que ser inflacionário, pois supostamente deveria estar ocupado produzindo mais universos. Ele também teria que ter uma velocidade máxima possível finita — caso contrário, a energia poderia ter uma velocidade infinita e estaria em todos os lugares ao mesmo tempo. Assim, o multiverso também estaria sujeito à prova de Borde-Vilenkin-Guth e ainda exigiria um começo.
- Finalmente, todas as teorias atuais do multiverso exigem condições muito específicas para funcionar. Isso as coloca, mais uma vez, dentro do reino do ajuste fino.
- Assim, além de questionáveis, as teorias do multiverso não são suficientes para explicar o começo da realidade ou o ajuste fino presente nela.