Deixando de lado as análises de quem obviamente não sabe quem é Trump, vamos considerar uma perspectiva dada pelo historiador militar Victor Davis Hanson, que sabe quem é Trump, e escreveu um livro sobre ele, livro que é best seller e se chama The Case for Trump.
Recentemente, Hanson escreveu um artigo explicando que tipo de herói é Trump. O nome do artigo em português seria algo como "Trump Cavalgará em Direção ao Por do Sol". Ele o compara aqueles heróis descritos desde a literatura até o cinema. O título do artigo faz nos lembrar aqueles finais de filme em que o herói cavalga sozinho em direção ao sol.
Trump teve mais de 73 milhões de votos, a maior votação na história para um presidente nos Estados Unidos. Ele ganhou na Câmara (nenhum deputado republicano que buscava releição perdeu. E o Partido Republicano ganhou mais 12 cadeiras). Ganhou no Senado (se confirmar a vitória na Geórgia, que tem votação em janeiro, Trump terá maioria).
Com todas essas vitórias, é difícil ver Trump como um herói trágico ou perdedor.
Por outro lado, é possível sim, Trump luta contra muitos poderes e inimigos O poder financeiro está com Biden. O poder das empresas tecnologias está com Biden e persegue Trump como cachorro sardento. Trump é traído por inúmeros membros do partido dele, seja governadores, senadores ou deputados. Trump é perseguido no sistema legal do país, por inúmeros juízes e cortes.
Trump perdeu por fraude as eleições, mesmo se abstendo das questões legais, por força do dinheiro de Biden e da Covid.
Mas Hanson compara Trump com:
1) Os trágicos heróis Ajax e Antígona de Sofócles;
2) Os personagens centrais dos filmes de Hollywood "Matar ou Morrer" (High Noon) e "Rastros de Ódio" (The Searchers);
3) Com os generais americanos que salvaram tantas vidas, mas que foram perseguidos terrivelmente pela mídia e descritos como violentos, arrogantes e estúpidos: William Sherman, George Patton e Curtis LeMay.
Em suma, a descrição de Hanson nos fala de alguém que vem atender um chamado de todos para resolver alguma questão que atormenta a todos. O herói diz: "Ok, vou resolver". Mas é uma questão extremamente difícil que exige tempo e teimosia para que seja resolvida. Passando algum tempo, a comunidade passa a achar a tarefa muito difícil, passa a condenar a teimosia do herói, passa a falar que os métodos dele e o jeito que fala é muito agressivo, começa a dizer que precisa de alguém mais moderado, menos radical.
E o herói começa a sofrer muitas traições, até de aliados bem próximos, e essas traições recebem apoio da comunidade.
Daí, o herói tem duas saídas. Ou insiste em tentar convencer a comunidade descrente, ou abandona por falta de apoio popular e sai em cavalgando em direção ao sol.
Nos filmes em que o herói vai embora, foi ele quem venceu, mesmo abandonando a luta, a comunidade se apegou aos erros e vai sofrer por isso.
Em Hollywood, as pessoas imploram por uma sequência do filme, em que o herói volta, porque o problema se alastrou completamente. Ele volta, resolve e é aclamado no final.
Hanson se pergunta se Trump terá uma sequência. Já se fala de Trump em 2024. O que é em si uma crueldade, pois Trump ainda não desistiu e seria fazer o jogo dos inimigos.
O texto de Hanson nos vale mais do que uma reflexão sobre Trump.
Será mesmo que queremos resolver nossos problemas pessoais ou políticos? A gente quando se confessa ou reclama dos políticos estamos realmente dispostos a mudar?
Isso vai exigir muito suor e tempo. E teimosia (apego aos princípios).
A imensa maioria das pessoas não deseja mesmo resolver seus problemas.
Quando Biden supostamente virou os votos para ele, na madrugada do dia 4 de novembro, apareceu um artigo de uma pessoa que não lembro o nome agora, no qual ela dizia que defendeu muito Trump, que está cansada, prefere que volte a política "boring" (chata e sem soluçao) do passado.
Ela exibiu exatamente o que se observa na prática.
3 comentários:
Ainda aguardo que a constância que lhe é propria, Trump consiga se sobrepor às trevas maçônicas!
Eventual vitória do apóstata ex católico, a desgraça abortista e pró homossexualista, além de transgenerista e adepto de um subregime genocida comunomaçônico, o Biden, arauto e impulsionador da vinda do anticristo!
Ele lhe estenderá o tapete para sua cegada e incensação!
Dr PEdro, o senhor é demais! Gosto de suas abordagens isoladas dos vários "analistas" espalhados pelo youtube, twitter, facebook, etc. E não me refiro apenas aos esquerdistas (estes já estão mortos e não merecem nossa atenção).
Inclusive, gosto muito quando o senhor deixa bem claro que Trump está muito muito aquém do nosso presidente (uma figura minúscula e mero burocrata), que NUNCA soube e não sabe o que é a vida livre, a grandeza por si nem a boa formação. Aliás, não quis porque NUNCA realmente desejou, pois teve e tem condições pra isso: dinheiro não é problema pra ele, pois sempre teve bastante.
Vi esse artigo ontem, mas na página do National Review (https://www.nationalreview.com/2020/11/will-trump-ride-off-into-the-sunset/)
Aliás, esse site faz parte do meu catálogo de ótimas páginas que graças ao Thyself pude saber da existência.
Gostei do trecho "Com todas essas vitórias, é difícil ver Trump como um herói trágico ou perdedor."
De fato: mesmo sem a Presidência, Trump já era Trump e será Trump. Claro, Trump Presidente é ainda mais significativo para sua biografia (e que biografia).
Cabe, pois, a diferença: para a política dos EUA o Presidente Trump sempre terá grande significância, mas Trump teve e terá sua grande significância para a sociedade norte-americana, independentemente da Presidência dos EUA.
Muito obrigado, caríssimo Adilson.
É uma honra tê-lo como leitor do meu blog, meu amigo.
Abraço,
Pedro Erik
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