quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Eleições Igreja vs Anti-Igreja. Nos EUA e no Brasil.



Temos na foto acima duas freiras participando de campanhas politicas.  A de cima se veste com seu hábito, segura o Rosário e fala em favor da vida. A de baixo usa roupas de leigos  (americanos chamam a roupa de pantsuit), disse que nao tem opinião sobre o aborto e, como falou o site do Lepanto Institute, defende a ideia maçonica de que a ordem sai do caos.

A primeira defende Trump, a segunda defende Biden.  É  a Igreja contra a Anti-Igreja.

Eu não estou exagerando, nem sendo original. Muitos, inclusive filósofos que desprezam a Igreja, veem o mundo dividido assim. A guerra pela Igreja é  a "ultimate fight".

Mas não é sempre que esta luta ocorre. No caso brasileiro, por exemplo, a coisa fica muito nebulosa e esta luta basicamente não ocorre. Primeiro porque a imensa parte da população brasileira não sabe o que significa ser católico, não sabe quais são os dogmas da Igreja, nem sabe identificar heréticos.  Prolifera no país um catolicismo frouxo, morno, misturado com espiritismo, positivismo  e ateismo politicamente correto. Isso influencia também a formação dos padres.

Todos os partidos políticos e 99,9% dos políticos são filhos dessa frouxidão da fé. 90% não devem saber rezar o Rosário. Mal conseguem fazer o sinal da cruz. 

Assim as disputas políticas se restringem a brigas pelo poder, na qual, no fim, os mesmos políticos estao no poder. A dita "renovação " na politica brasileira é feita por gente que é politico há décadas.

Qualquer mudança para melhor no país só ocorrerá com uma melhora na formação religiosa da população. 

Por isso mesmo que a minha desilusão com o Papa Francisco ocorreu tão cedo. 

A primeira entrevista que ele deu quando virou Papa foi para o Fantástico, no Brasil. Ao ser perguntado sobre educação e religião, ele respondeu que a "religião não importava e sim que as crianças fossem educadas". Uma resposta bem tola de quem não entende de educação, nem de religião e ainda despreza as inumeras escolas católicas. 


4 comentários:

Rafael Pauli disse...

Olá Caríssimo Pedro,

Como diz o clichê: Uma imagem diz mais do que mil palavras.

O mundo tal como ele é com suas atrocidades existe desde a existência do pecado original, porém durante séculos a Igreja foi literalmente a Pedra Angular que sustentou os arcos divinos do bom e moral.

Em sintonia ao post anterior, o modernismo trazendo uma visão totalmente antropocentrista remove a pedra angular. Infelizmente seguir aquilo que é bom muitas vezes é dolorido, exige renúncia, exige sacrifício, consequentemente: Dor.

Falo por experiência própria. Ser Católico consequentemente trouxe vários sofrimentos para mim que durante anos "vivi o mundo".

Quantas e quantas vezes me apoiei na passagem que diz que o Reino dos Céus é dos violentos, porque se afastar do mundo para quem viveu tanto ele, somente através da violência, do sacrifício.

A filosofia "moderna" querendo eliminar a dor e colocando a felicidade do homem como nova pedra angular tinha um grande obstáculo: a Igreja.

De um lado temos a Igreja exigindo o sacrifício.
Do outro lado temos Nietzsche.

De um lado temos a Igreja exigindo a castidade.
Do outro lado temos Freud/ Reich Wilhelm / Foucault e a Revolução Sexual.

(cito alguns de cabeça, a lista seria gigantesca)

Essa tentativa de "matar a Deus" embora não tenha sido 100% eficaz trouxe algumas feridas, muitos se contaminaram com essas idéias. E junta-se a isso ao movimento protestante de eliminar dogmas e aliviar na definição de pecado.

Somente após isso conseguiram o movimento tão bem sucedido como a auto-demolição através do modernismo.

Contaminaram nossos seminários, e um clero contaminado contaminou o povo que buscava na Igreja justamente um abrigo contra o mundo.

E se você luta contra isso você é fundamentalista, fanático, "ultra-conservador", proselitista entre outras coisas. O próprio Papa ataca aqueles que querem buscar a tradição, diz que "há algo de errado neles".

Como você mesmo disse e achei oportuno:

"Basicamente não devemos esperar vitória neste mundo."

Vejo como uma corrida para buscar a Santidade e converter o máximo de pessoas possíveis. Vai chegar o dia que a Virgem Santíssima esmagará a cabeça da serpente.

Rezemos para que a Virgem Puríssima nos ajude a nos mantermos fiéis, e assim sejamos dignos das promessas de Cristo.

Pedro Erik Carneiro disse...

Belíssimo comentário, muito obrigado, meu amigo.

Abraço,
Pedro Erik

Rafael Pauli disse...

Um último adendo, sobre o Papa Francisco desprezar as escolas católicas.

Onde realmente existe uma Escola Católica? Existem ainda?

Aqui na minha região posso enumerar algumas que num passado foram católicas. Hoje em dia não mais embora ainda possuem no nome, mas acredito que deve ser por conta de uma burocracia para alterar a razão social do CNPJ (ironia).

Um exemplo recente de uma realidade comum em escolas "católicas" do mundo inteiro:

https://www.lifesitenews.com/news/australian-diocese-to-teach-kids-lgbt-studies-gender-fluidity-atheism-in-new-religion-class

Várias crianças no futuro serão jovens/adultos que dirão:

- Sim, sou católico. Estudei inclusive na Escola Católica X, inclusive foi lá que aprendi que a diversidade de religiões é agradável à Deus, que cada um deve ser aquilo que lhe faz mais feliz, discriminar isso não é ser católico. Deus é amor, acima de tudo.

Existe uma maneira muito mais fácil de lutar contra Deus do que querer "matá-Lo":

Basta ensinar sobre um deus que não existe.

Pedro Erik Carneiro disse...

Sum, meu amigo, eu estudei em escolas católicas, meus filhos estudam em escolas católicas. Havia muitos professores marxistas quando estudei e hoje já enfrentei várias vezes o diretor da escola dos meus filhos por conta de livros perturbados e para defender o "dia dos pais".

Verdade. Mas o pensamento de Francisco sobre escolas continua sendo uma estupidez sob diversos ângulos. Não só do ângulo católico.

Abraço,
Pedro Erik