sábado, 23 de abril de 2022

Apelo aos Cardeais: Sigam um Jesuíta para Depor um Papa "Jesuíta".


Há tempos, dentro da Igreja, ser da congregação jesuíta tem sido sinônimo de ser um clérigo que despreza os ensinamentos bíblicos,  despreza o magistério da Igreja, despreza a liturgia, despreza o celibato e despreza o comportamento casto cristão. É um clérigo que nem se veste nem se comporta como clérigo, pelo contrário, ele costuma se fantasiar de mundo. Outra característica comum entre os jesuítas é ser muito politizado, ficar do lado das ideologias humanas,  e quando começa a elogiar religiões, são religiões não-cristãs, como budismo, umbanda, paganismo ou  ateísmo.

Temos agora um papa jesuíta que tem muito dessas características típicas dos jesuítas. Aqueles que o elegeram sabiam muito bem o que estavam fazendo.

No vídeo acima, o teólogo Taylor Marshall explica o que o jesuíta de outros tempos, um exímio defensor da Igreja e de suas doutrinas, São Roberto Belarmino, disse sobre como se pode depor um papa herético ou tirano. São Roberto Belarmino é a principal autoridade dentro da Igreja sobre a doutrina do papado.

Marshall começa descrevendo algumas heresias propagadas pelo Papa Francisco. Eu escrevi sobre essas heresias que ele fala e sobre muitas outras no meu e-book

Recentemente, eu vi um vídeo no youtube, do programa Pint with Aquinas, no qual o teólogo Ralph Martin é perguntado se Francisco é herético, e o entrevistador cita a opinião de Marshall. A resposta do Dr Ralph Martin é frágil. Ele diz que Francisco não é herético porque o papa não insiste nas suas heresias. Francisco tem falado muitas heresias, mas como ele não insiste formalmente em nenhuma, ele não seria herético. Essa opinião é muito fraca e esquece do modelo peronista de Francisco, cuja principal característica é a confusão. Não acho também que a definição de herético na Igreja é centrada na ideia de insistência. Pelo menos, no entanto, Martin reconhece que muitas heresias são propagadas.

Voltando ao vídeo acima, no vídeo, Marshall faz um Apelo Filial ao Cardeal Burke, a Bento XVI  e outros cardeais para que iniciem um processo de investigação das heresias de Francisco.

Marshall explica que ninguém pode julgar o papa, exceto na situação em que ele se desvia da fé.

São Roberto Belarmino defendeu que um concílio geral deve ser estabelecido quando há suspeita de heresia por parte do papa. Qualquer um pode ver, mesmo os defensores de Francisco, que os atos e as palavras de Francisco lançam inúmeras suspeitas de heresias. Segundo Belarmino, se o concílio considerar que o papa é herético, ele deve ser deposto.

Outra situação de um concílio para julgar o papa é quando o papa é suspeito de agir como tirano ou um imoral. Neste caso, o concílio deve advertir o papa, mesmo que não o deponha, no intuito de que ele se corrija moralmente. Há um livro chamado The Dictator Pope que defende justamente que Francisco age como tirano, e muitos cardeais podem defender esse ponto pois Francisco os perseguiu. Sem falar na tirania de tentar eliminar a liturgia tradicional da Igreja.

Esse tipo de concílio para julgar as ações de papas já ocorreram na história da Igreja.

E como diz Marshall: silenciar frente às heresias de Francisco é ser cúmplice e apoiar tais heresias.

Rezemos. Ajam Cardeais!


Um comentário:

Adilson disse...

Olá, dr. Pedro.

Postagens como essa soa aquela velha expressão: lá vamos nós novamente.

Antecipo meu comentário afirmando a partir do mundo real: estamos vivendo sob império da confusão, enquanto espírito maligno. Logo, uma mentalidade. Me parece, à primeira vista, que por todos os lados há sinai de sua contaminação. Entre liberais e conservadores; entre adotantes do Novus Ordus e dos chamados tradicionalistas. Entre especialistas e católicos simples.

Vejamos esse fragmento da postagem:

"Dr Ralph Martin é frágil. Ele diz que Francisco não é herético porque o papa não insiste nas suas heresias."

Não tenho o menor preparo intelectual para discutir as ideias de Ralph Martin, mas eu sei que dois mais dois são quatro.

Vejamos: o referido teólogo é confrontado com uma grande autoridade da igreja (são Roberto Berlamino), cujos ensinos e documentos honraram e defenderam a própria Igreja, e a Igreja o confirmou. E o que ele faz? Dá uma resposta claramente contraditória. Como pode alguém praticar heresia, mas não ser considerado herege pelo fato de não insistir em suas heresias?

De qualquer forma é compreensível tanto a resposta do teólogo em questão, quanto as confusões do atual papado e o ambiente de tolerância para com ele. Como afirmei no início do meu comentário, há uma mentalidade reinante de tolerância.

Gosto de raciocinar assim:

Mentalidades são lençóis comportamentais "deitados" sobre as sociedades. E quanto mais esticado for esse lençol, maior será a área de cobertura. Evidentemente, tal lençol é melhor deitados pela formação das personalidades, lenta e continuamente. trabalho de formiguinhas, como fizeram os sábios "sobreviventes" pós século V junto com o avanço do Cristianismo.

A mentalidade liberal nutrida pelos anseios da classe burguesa também foi esse lençol. Todavia, como nunca foi uma mentalidade para ser, mas para "libertar" em pró das ideias de certos indivíduos e grupos, só conseguiu se espalhar usando de marretadas contra a lógica das coisas e do apelo à violência (das massas e grupos) como força auxiliar. Com o passar dos séculos essa mentalidade também produziu seus sábios, cujas ideia compradas e vendidas pela política e por criadores de novos mercados, forçaram ainda mais o esticar do lençol liberal e hoje, ele aí está: um grande lençol cheio de retalhados separados pela confusão, mais unidos pelos resultados: kantismo, fenomenologias, marxismo, populismo, psicanálise, feminismo, nazismo, social-democracia, etc.

A parte triste e terrível dessa mentalidade que hoje impera sobre a sociedade é o fato dela está presente em tudo o que é comunidade da nossa civilização, inclusive, claro, na Igreja. Não somente atravessou os muros do Vaticano, como também já compõe até mesmo a própria guarda de defesa. Conclusão: o atual papado é a prova real e indubitável de que a mentalidade progressista mundana e anti-católica já parte integrante da Igreja, mas na pessoa do papa. O jeito como fala e age não deixa dúvida. Pior. Como eu disse, esse papado não sobreviveria se a mesma mentalidade que habita nele não estivesse também no ambiente onde ele reside: seja nas incontáveis dioceses e arquidioceses, seja entre religiosos e leigos, simples ou especialistas, como o Dr Ralph Martin, ainda que em fragmentos.

A coisa é poderosa. E só os céus para nos ajudar.