Padre Z fez uma excelente análise da pesquisa Gallup sobre religião nos Estados Unidos, que mostrou que a queda no número de católicos é o dobro da queda dos protestantes.
Eu só tenho duas coisas a acrescentar.
Primeiro, com a saída daquele que era considerado ortodoxo fanático, Bento XVI, e a chegada do liberal Francisco, a mídia dizia que haveria um "efeito Francisco" e o número de católicos iria aumentar.
Segundo, Chesterton dizia que não se precisa de uma Igreja para que ela diga que você certo, deve-se ter uma Igreja para ela dizer quando a gente está errado. Francisco é a igreja de que todo mundo se salva, basta seguir a consciência. Essa igreja não atrai ninguém, porque não se precisa dela.
Como Padre Z finaliza seu artigo, o que está crescendo entre os católicos são adeptos da missa tradicionalista. Católicos que buscam a Verdade, e não confirmação da "verdade interior".
Leiam o texto do padre Z.
11 comentários:
Quem necessita de uma igreja desse baipe?
A igreja católica II sem magistério definido, em que os membros laxos, tépidos e/ou apostasiados, mesmo doutras religiões continuam no status quo, sentem-se à vontade, como nas seitas heréticas protestantes, nas quais cada um é seu pastor e auto diretor espiritual - tudo a critério pessoal!
"ore" na própria residência: não é bem mais prático e confortável?
Fico pensando: quem pagará por toda essa destruição? Quem pagará pelas almas que foram iludidas crendo que estavam fazendo o certo, pois obedeciam as reformas que o Clero do CV II impuseram de forma obstinada?
Olá, Pedro!
Concordo com Chesterton. Mas esse raciocínio não poderia ser aplicado também na tua relação com o Papa Francisco? Isto é, um católico mais tradicionalista não precisa talvez de um Papa que lhe diga que está errado também? Ou só será um bom Papa aquele que concordar com tuas premissas e a de teus formadores?
Eu vejo que aplicas a frase de Chesterton a quem se opõe a ti. Mas acredito que ela seja melhor interpretada quando se dirige tanto aos outros quanto a nós mesmos.
Grande abraço,
Jonas
Caro Jonas,
A frase de Chesterton é ótima, meu amigo, mas obviamente não é completa em si. Pois falta a definição do que é certo e errado, falta a definição da Verdade. Quando Chesterton, em outra frase, respondeu à pergunta: "o que está errado no mundo?", respondeu: "Eu". Ele sabia que que não era perfeito.
Uma pessoa pode seguir a Verdade (Cristo) mais de perto do que outras, ou que a maioria, mas nunca seguirá perfeitamente a Verdade, por isso sempre precisa da Igreja.
Um padre, um papa, pode estar muito longe da Verdade e por isso não deve ser seguido.
E sim, a frase se dirige a todos, todos mesmo. Nenhum ser humano é perfeito, mas alguns estão mais perto da Verdade (santos) e outros estão mais longe (heréticos)
Grande abraço,
Pedro Erik
Bom dia, Pedro!
Concordo. Mas todo herético julga possuir a verdade e a defende como verdade. Para o herético, a sua doutrina é a correta e heréticos são os outros.
O ponto é exatamente este: quem dirá com quem está a Verdade em meio a controvérsias? Não seria mais prudente dar mais razão ao que, guiado pelo Espírito Santo, assumiu a Cátedra de Pedro?
"Roma locutas, causa finita est".
Afinal, se Pedro não serve para guiar nas controvérsias, para que serve? Se o Papa serve apenas para afirmar a "Verdade" que acreditamos - e se não a afirma não é verdadeiro Pastor -, não estaríamos reivindicando as chaves para nós mesmos?
Grande abraço,
Jonas
Não é difícil saber a Verdade. Temos a Bíblia e os santos. Infelizmente, Francisco já cometeu heresias com relação a vários dogmas, de forma muito evidente, descrevo-as no meu livro.
Muitas vezes na história o papa do momento não serviu de guia. Por exemplo, quem lutou contra o arianismo mais fortemente não foi um papa mas Atanásio e Ambrósio. Dificilmente na história você vai ver um papa na frente de batalha contra heresias. Agostinho e Aquino nunca foram papas.
E tivemos já papas heréticos.
Abraço
Olá, Pedro!
1- Lutero também tinha a Bíblia e exemplo de homens santos. Inclusive baseia muitos de seus pontos em leituras próprias de Santo Agostinho.
2- Também, muitas vezes na história, quem acusava o Papa de erro era quem estava em erro; e muitas vezes quem acusava o Papa de herege era quem estava em heresia.
3- Se é tão fácil descobrir a Verdade, concordas comigo. O Papado, se assim o é, é desnecessário: os fiéis podem descobrir a Verdade por si mesmos, por livre escrutínio e sem recorrer à autoridade papal.
Grande abraço,
Jonas
Cada vez você muda de assunto, Jonas, hehehe.
Bom, como Chesterton disse: Cristo não escolheu para papa nem o intelectual, Paulo, nem o mistico, João, mas um crápula, um simples torto homem.
Mas se Ele escolheu certamente é fundamental, seja pela hierarquia, pela ordem ou para ensinar humildade aos santos.
E tivemos papas santos também.
Para saber a Verdade e comparar com Francisco, há um método prático: pesquise quais são os dogmas da Igreja e acompanhe diariamente o que ele diz.
Outro método prático e barato é: compre meu livro, hehehe.
Abraço
Olá, Pedro!
Em que ponto mudei de assunto? hahaha Responder as tuas objeções não é mudar de assunto, é examinar com seriedade e honestidade o que outra pessoa inteligente opõe ao meu argumento. Dizer que mudo de assunto parece ter como intenção deslocar nossa conversa da lógica para a retórica.
O Papa Francisco não contraria Dogmas, acompanho diariamente o que ele diz. O que muita gente faz é distorcer o que ele fala e atacar a distorção, o que conhecemos popularmente como "falácia do espantalho".
Voltando ao início, o que proponho é que usas um duplo viés: quando o Papa confirma o que tu acreditas ser a "Verdade", ele é correto e deve ser seguido. Quando o Papa contraria o que tu acreditas ser a "Verdade", ele está errado e é herege. Portanto, o critério da "Verdade" és tu mesmo ou os formadores de opinião que formam a "Verdade" em ti. Se o critério da "Verdade" és tu, ou não precisamos de Papa (porque todos são "Papas"), ou tu és o nosso "Papa" no sentido material.
Apesar de exigires que católicos de outras correntes abandonem suas crenças ou opiniões quando a Igreja as contrariar, tu és incapaz de abandonar as tuas se a Igreja o exigir. A culpa pelo teu erro será sempre do Papa que é herege ou da Igreja que está corrompida: o erro nunca estará em ti, porque não o admitirás.
Grande abraço,
Jonas
Você me fez acusações pessoais, a partir daí não há como prosseguir o debate. A falácia ad hominem elimina qualquer possibilidade de debate sadio ou que se permita chegar a verdade.
Não adianta eu lhe dizer mais nada.
Abraço
Olá, Pedro!
Concordo, eu não deveria ter usado a segunda pessoa do singular. A intenção era demonstrar a contradição no modo de pensar que utilizas e que é comum a outros; um raciocínio que usas, mas não é especificamente teu. Eu poderia ter usado a terceira pessoa. No entanto, não houve falácia; houve falta de cortesia de minha parte e nisso me desculpo. Dizer que defendes tal ideia não é "ad hominem": se assim considerarmos, praticas "ad hominem" em todo post sobre o Papa Francisco.
Veja:
"Eu costumo achar que Pedro Erik tem uma característica que tinha Obama, a característica de alguém que detesta aquilo que lidera, como um pai que detesta sua própria família. "
O trecho citado é "ad hominem"? Troque Pedro Erik por Francisco e teremos um trecho de um dos teus últimos posts. Admitindo que seja, todos os teus posts sobre o Papa estão repletos de falácias.
Faz-se necessário lembrar que acusar de falácia é a maior das falácias dos debates atuais. É a forma com que se pode sair "justificado" de uma conversa sem enfrentar os problemas propostos pelo outro, algo como "larguei e a culpa é dele". E, muitas vezes, quem acusa de falácia comete a mesma falácia acusada.
No final dizes "não adianta lhe dizer mais nada". Isto é, a finalidade da conversa é mudar minha forma de pensar, mas nunca a tua, porque já estás "certo de que estás certo". Eu leio teu blog e tuas respostas porque colocam pontos sobre os quais devo pensar, seja para mudar, seja para melhorar meu pensamento. No entanto, as minhas objeções e os problemas que levantam parecem ser obstáculos a uma verdade já preconcebida e por isso não devem ser enfrentados. Se é preconcebido, não há necessidade de dialética; de outro modo: se não consigo reafirmar o preconcebido, "não adianta lhe dizer mais nada".
Grande abraço,
Jonas
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