Ao receber a crítica de que se comportou de forma problemática no Iraque, sem usar máscaras e atraindo uma multidão sem máscaras, Francisco respondeu:
"Como disse recentemente, as viagens são cozinhadas ao longo do tempo na minha consciência. E este é um dos [pensamentos] que mais me ocorreram, “talvez, talvez”. Eu pensei muito, orei muito sobre isso. E no final eu tomei a decisão livremente. Mas isso veio de dentro. Eu disse: “Quem me permitir decidir assim vai cuidar das pessoas”. E então tomei a decisão assim, mas depois de orar e depois de ter consciência dos riscos, afinal."
Em suma, ele disse: eu queria ir, decidi por mim mesmo que iria, rezei e Deus que proteja as pessoas no Iraque.
Francisco se comportou assim no Iraque e jogou a defesa contra Covid para Deus, mesmo sendo uma das pessoas que prega as medidas mais restritivas contra Covid no mundo.
A Associated Press criticou a resposta de Francisco dizendo:
"Francisco, a delegação do Vaticano e a mídia itinerante foram vacinados contra COVID-19, enquanto a maioria dos iraquianos não. Especialistas em doenças infecciosas questionaram a sabedoria de tal viagem, visto que os casos mais recentes do Iraque estão sendo estimulados pela cepa mais infecciosa que apareceu pela primeira vez no Reino Unido.
O Iraque registrou 4.068 infecções no sábado, um aumento significativo das taxas de infecção no início do ano. No total. 13.500 pessoas morreram entre um total de 720.000 infecções confirmadas.
Embora Francisco tenha dito que orou sobre a decisão, estava claro que o papa que viaja pelo mundo nas periferias também estava ficando impaciente por estar confinado no Vaticano por mais de um ano. Ele disse que espera poder retomar as audiências públicas no Vaticano, que estão suspensas há meses, e sugeriu uma possível viagem ao Líbano."
Engraçado que ele diz que o que faz "tem riscos". Em suma, ele sabe que pode ser um idiota e herético.
Eu costumo dizer que dificilmente alguém peca inocentemente. A pessoa sabe o que faz.
Além disso, ele baseou sua resposta para dizer que não é idiota no Concílio Vaticano II, o que mais né? É o chamado "espírito do Concílio".
Vejamos. O repórter perguntou:
Santidade, há dois anos em Abu Dhabi houve o encontro com o Imam al-Tayyeb de al-Azhar e a assinatura do documento sobre a fraternidade humana. Há três dias você se encontrou com al-Sistani. Você está pensando em algo semelhante com o lado xiita do Islã? E depois uma segunda coisa sobre o Líbano, que São João Paulo II disse ser mais do que um país, é uma mensagem. Esta mensagem, infelizmente, como libanês, digo-lhe que esta mensagem agora está desaparecendo. Podemos pensar que uma futura visita sua ao Líbano é iminente?
Ele respondeu:
O documento de Abu Dhabi de 4 de fevereiro foi preparado com o grande imã em segredo durante seis meses, orando, refletindo, corrigindo o texto. Foi, direi, um pouco presumido, mas tome-o como uma presunção, um primeiro passo do que você me pergunta.
Digamos que este [Ed. o encontro com al-Sistani] seria o segundo [passo] e haverá outros. É importante, o caminho da fraternidade. Depois, os dois documentos. O de Abu Dhabi criou em mim uma preocupação com a fraternidade, saiu o Fratelli tutti, que tem dado muito. Devemos ... ambos os documentos devem ser estudados porque vão na mesma direção, procuram a fraternidade.
O aiatolá al-Sistani tem uma frase que espero lembrar bem. Todo homem ... os homens são irmãos para a religião ou iguais para a criação. E a fraternidade é igualdade, mas abaixo da igualdade não podemos ir. Acredito que seja também um caminho cultural.
Nós, cristãos, pensamos na Guerra dos Trinta Anos. A noite de São Bartolomeu [Ed. Massacre do Dia de São Bartolomeu], para dar um exemplo. Pense sobre isso. Como mudou a mentalidade entre nós, porque a nossa fé nos faz descobrir que é isso: a revelação de Jesus é amor, é caridade e nos leva a isso. Mas quantos séculos [serão necessários] para implementá-lo? Isso é uma coisa importante, a fraternidade humana. Que, como homens, somos todos irmãos e devemos seguir em frente com outras religiões.
O Concílio Vaticano [II] deu um grande passo em [diálogo inter-religioso], também a posterior constituição, o conselho para a unidade dos cristãos e o conselho para o diálogo religioso - o Cardeal Ayuso nos acompanha hoje - e você é humano, você é uma criança de Deus e você é meu irmão, ponto final. Este seria o maior indício. E muitas vezes você tem que correr riscos para dar esse passo. Você sabe que existem alguns críticos que [dizem] “o papa não é corajoso, ele é um idiota que está tomando medidas contra a doutrina católica, o que é um passo herético”. Existem riscos. Mas essas decisões são sempre feitas na oração, no diálogo, no pedido de conselhos, na reflexão. Não são um capricho e são também a linha que o Concílio [Vaticano II] nos ensinou.
5 comentários:
Olá amigo!
Ao ler a declaração do Papa, lembrei-me da passagem do Evangelho:
E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te de aqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, E tomar-te-ão nas mãos, Para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra.
Disse-lhe Jesus: Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus.
Mateus 4:6,7
Permaneçamos unidos em oração.
Abraço,
Gustavo.
Pareceria que D Viganò, pelo que li dele até hoje não é pouco, é quem entenderia profundamente do papa Francisco!
Hoje, conversando com um padre mais de meia idade a respeito das págs 180-181 da A laetitia, disse-me que devem ser lidas como uma (i)greja que avança, não estática, antiquada, sobretudo misericordiosa... Sobre a justiça - nem mencionou!
Seria ele como Pe Favo de Mel pró "evolução" do dogma? Levaria jeito!...
Bem lembrado, Gustavo.
Abraço
Sim, Isac, esse tem jeito.
Abraço
Diante de tantas atitudes do Papa Francisco, comento dizendo: "Rezemos silenciosamente e dolorosamente pela Cátedra de Pedro".
Rezar e Amar a Igreja! Rezar pelo Papa! Lembro do que de um artigo do saudoso Cardeal Dom Eugenio de Araújo Salles: "Se Deus permitiu que na História da Igreja tivéssemos um Papa Bórgia, que não tinha vida exemplar moral, dele utilizou-se o Senhor, para que a Igreja, naquele período da história, não perdesse as posses em terras e continuasse, a Igreja sua missão"!
Não isento as atitudes dúbias do Santo Padre atual, mas repito: rezemos silenciosamente e dolorosamente unindo-nos a Paixão de Cristo!
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