Vocês sabem que a história do povo judeu, descrita pela Bíblia, pode ser comprovada em alguns museus do mundo, em especial no British Museum (Museu Britânico). Eu estou em Londres, resolvi comprar um livro no Museu que faz com que se siga os principais artefatos que comprovam o que a Bíblia diz.
Vou mostrar aqui fotos que tirei de alguns dos mais importantes artefatos, para vocês terem uma ideia do que eu falo.
A história de Israel após o êxodo do Egito (por volta de 1440 a.C) é cheia de guerras e conflitos com líderes estrangeiros (até hoje é assim, infelizmente). No Museu, há importantes artefatos dos conflitos de Israel com os reis assírios (de mais ou menos 900 a.C até 627 a.C), com os reis babilônicos (de 627 a.C até 539 a.C) e com os reis Persas (de 700 a.C até 330 a.C).
Muitos dos reis e dos conflitos antigos mostrados pelos artefatos são citados na Bíblia, eles servem para comprovar os fatos descritos no Antigo Testamento.
Os mais importantes artefatos são:
1) O Obelisco Negro de Salmaneser III, que contém o rei de Judá Jeú se ajoelhando frente ao rei assírio Salmaneser. É a segunda parte do Obelisco de cima para baixo, como descrito na foto abaixo. O Obelisco é até hoje a única imagem de um rei de Israel. Jeú foi rei de Israel de 841 a 814 a.C. A foto que ilustra este post é do Rei Jeú desse Obelisco.
2) O Cerco de Laquish (A Bíblia comenta este cerco em 2 Reis 18:13) que descreve a destruição da cidade de Laquish pelo rei assírio Sennakerib. Há fortes cenas de violência no mural que conta a história deste cerco, como o empalamento dos judeus (um tipo antigo de crucificação no qual se atravessa uma madeira pelo corpo, foto abaixo). Interessante é os arqueólogos encontraram até as bolas de pedra usadas para atacar os judeus (do mesmo tipo que Davi atacou Golias, foto abaixo).
3) O Cilindro de Ciro, o Grande, que libera os judeus exilados da Babilônia para voltar para Judeia e reconstruir seu templo. É considerado a Primeira Carta de Direitos Humanos. O Cilindro é do século sexto antes de Cristo.
4) Cilindro de Nabonido (rei da Babilônia) que cita seu filho Baltazar. Antes que este Cilindro fosse encontrado, acreditava-se que Daniel (profeta bíblico do Livro de Daniel da Bíblia) havia imaginado um rei Baltasar da Babilônia. O surgimento do Cilindro comprovou a descrição de Daniel. Baltasar costumava profanar os artefatos judeus e foi advertido por Deus. Durante uma festa de Baltasar, Deus escreveu na parede dizendo que a dinastia babilônica iria acabar. Baltasar foi morto logo depois. A passagem é citada por Daniel e foi motivo de um famoso quadro de Rembrandt (imagem do quadro abaixo).
Recentemente, eu li um artigo da escritora Bat Ye'or (e falei aqui no blog). Ela visitou o Museu Britânico e viu que muitos dos monumentos fantásticos de mil anos antes de Cristo que contam a história bíblica de Israel são nomeados como contando uma "história da Palestina", mesmo sabendo que o que chamamos de Palestina foi nomeado apenas no ano 135 depois de Cristo. Além disso, ela conta que muitos historiadores não têm seus textos publicados hoje em dia simplesmente por respeitar a história bíblica, comprovada por monumentos, e chamar de Israel (ou Judeia) aquela terra do Oriente Médio ao discutir história. Se não chamar de Palestina, não publica hoje em dia. O mundo acadêmico se dobrou para a Palestina.
Bom, tudo isto que vi é de graça no Museu Britânico e tem muito mais, como a parte egípcia e o Épico de Gilgamesh, que não tem relação com a Bíblia, mas é fantástico como uma descrição de dilúvio.
Espero que tenham gostado.
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