quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Acordo com Irã começa a Vazar Muita Água


Wall Street Journal diz hoje que o Irá não permite que inspetores da ONU entrevistem cientistas e militares mais próximos do programa nuclear iraniano.

E  a CNN relata que o Irã tem feito uma limpeza em um local suspeito de produzir bomba nuclear movendo vários equipamentos do local.

O próprio Obama admite que o dinheiro que o Irã vai receber pode ajudar a financiar o terrorismo mundial.

O mundo, incluindo o Vaticano, celeboru o acordo com Irã, que não tem nem um mês de existência. E muitos, incluindo Obama, fizeram chacota de Benjamin Netanyahu, que disse que o acordo foi um desastre.

Importante lembrar disso no dia 6 de agosto, dia dos ataques nucleares a Hiroshima, há 70 anos. Ontem, eu debati este assunto no site The American Catholic.

Enquanto isso, o Japão pede o banimento das armas nucleares:

JAPÃO PEDE MUNDO SEM ARMAS NUCLEARES NO 70º ANIVERSÁRIO DA BOMBA DE HIROSHIMA
Hiroshima, 06/08/2015 - O Japão marcou o 70º aniversário da explosão da bomba atômica em Hiroshima com o prefeito da cidade, Kazumi Matsui, pedindo que os líderes mundiais aumentem os esforços para tornar o mundo livre de armas nucleares. Milhares de pessoas fizeram um minuto de silêncio às 8h15 (local) em uma cerimônia no Parque da Paz de Hiroshima, perto do ponto em que a bomba explodiu em 1945. Dezenas de pombas foram soltas como símbolo de paz.

A bomba lançada pelos EUA, chamada de "Little Boy", a primeira arma nuclear usada em uma guerra, matou 140 mil pessoas. Uma segunda bomba, a "Fat Man", foi lançada em Nagasaki três dias depois, matando mais 70 mil pessoas e levando o Japão a se render na Segunda Guerra Mundial.

Matsui classificou armas nucleares como "o mal absoluto e a inumanidade máxima" e disse que elas precisam ser abolidas. O prefeito de Hiroshima também criticou as potências nucleares por manter as armas como uma ameaça usada em defesa de seus interesses. Segundo ele, o mundo ainda está ameaçado por mais de 15 mil armas nucleares.

Matsui renovou o convite para os líderes mundiais visitarem Hiroshima e Nagasaki durante a cúpula do G-7 que será realizada no Japão no próximo ano. "Presidente [Barack] Obama e outros políticos, por favor venham para as cidades das bombas, ouçam os sobreviventes com seus próprios ouvidos e encontrem a realidade das bombas atômicas", disse. "Com certeza, vocês serão impelidos a começar a discutir uma estrutura legal, incluindo uma convenção sobre armas nucleares", acrescentou.

Os 70 anos da bomba de Hiroshima são completados enquanto o Japão está dividido com relação ao movimento impopular do primeiro-ministro do país, Shinzo Abe, para aprovar uma legislação destinada a expandir o papel do exército japonês internacionalmente. Há um ano o governo de Abe flexibilizou a Constituição de renúncia à guerra ao adotar uma nova interpretação dela.

"Nós precisamos estabelecer uma estrutura de segurança nacional ampla que não dependa do uso da força, mas seja baseada na confiança", disse Matsui. O prefeito pediu que o governo do Japão mantenha "o pacifismo da Constituição japonesa" para liderar o esforço global de não proliferação de armas nucleares.

Abe, que também participou da cerimônia, afirmou que, como o único país que enfrentou um ataque nuclear, o Japão tem o dever de pressionar pela eliminação dessas armas. O premiê prometeu promover a causa em conferências internacionais que serão realizadas em Hiroshima no fim deste mês.

Como a idade média dos sobreviventes do ataque excedeu 80 anos pela primeira vez neste ano, transmitir as histórias deles para as novas gerações é considerado uma tarefa urgente. Durante o último ano, 5.359 sobreviventes morreram. A embaixadora dos EUA no Japão, Caroline Kennedy, e representantes de mais de 100 países, incluindo Reino Unido, França e Rússia, participaram da cerimônia. Fonte: Associated Press.


(Agradeço as informações aos sites Zero Hedge e Weasel Zippers)

4 comentários:

Estanislau Tallon Bozi disse...

*******OFF TOPIC*******

Veja esta notícia, meu Amigo: http://www.angelusnews.com/news/local/bishop-elect-barron-brings-commitment-to-new-evangelization-8484/

Acho que você já citou algumas vezes o então Padre Robert Barron aqui.

Abração,

Stan

Pedro Erik Carneiro disse...

É verdade, caríssimo Stan.

Cheguei a recomendar a excelente série dele chamada Catolicismo.Ele é sensacional, apesar de que em termos teológicos ele por vezes vacila, por exemplo quando trata de soteriologia (salvação humana) e fiquei triste vendo ele apoiar um cardeal fraco para papa (Cardeal Dolan). Mas em geral ele é bem conservador e é sensacional na guerra cultural em defesa dos cristãos.

Abraço,
Pedro Erik

Adilson disse...

Boa noite, caro Pedro.

É incrível como essa podridão obâmica (ops! criei uma palavra) continua crescendo. De qualquer forma fico feliz por você está sempre nos informando.
Algumas perguntas: 1) A CNN não é um tablóide de esquerda e que teve até âncoras pego em mentiras? 2) Vc tem o link ou a página que noticia o acordo entre o Vaticano e o Irã? (acho que eu estava desligado.
A proposito vi e li alguns de seu comentários: gostei muito, pois percebi que recorre à teologia. Já ouvi de muitos intelectuais de que a bomba lançada em Hiroshima evitou que mais pessoas fossem mortas. Tem algum posicionamento sobre isso?
Por fim tenho mais uma última dúvida: particularmente creio que o Japão não deveria se livrar de seus programas nucleares, pelo simples fato de que a ideologia comunista impera em muitos países que odeia o Ocidente, especialmente a China que odeia o Japão. Essas posturas de retirar o armamento nuclear do Japão só pode ser coisa de esquerdistas: sabes me dizer como é a atual situação do Japão, com relação a Direita e a Esquerda?
Abraços!

Pedro Erik Carneiro disse...

Caro Adilson,

Eu quis dizer que o Vaticano comemorou o acordo. Disse que era bem-vindo.

Sim, a própria filósofa G.E.M Anscombe, que condenou fortemente os ataques nucleares, admitiu a hipótese que os ataques nucleares podem ter salvo muita gente. Mas isto é especulativo, na hipótese dos EUA invadir muitas cidades no Japão e matar muita gente, ao invés de jogar a bomba sobre inocentes, como fez.

Sobre o Japão, o mesmo Japão que diz no texto que quer o banimento de armas nucleares anunciou este mês que vai aumentar a liberdade de ação do seu exército e se arma cada vez mais contra possível ataque chinês.

Abraço,
Pedro Erik