domingo, 5 de julho de 2020

China Silencia a ONU e o Papa


53 países do Conselho dos "Direitos Humanos" da ONU votaram em apoio a China em sua tentativa de silenciar os ativistas pela democracia em Hong Kong (muitos já foram presos pela China). Esses países venceram democraticamente 26 países. Sim, é a democracia na ONU. Muito especial no Conselho de Direitos Humanos, a democracia na ONU já aprovou muita coisa contra os direitos humanos (estou usando a definição estúpida de democracia que se costuma dá por aí, resumida em poder votar).

Vejam a lista dos 53 países que apoiaram a moção em favor da China, moção que foi lançada por ninguém menos que Cuba (isto é, muito provavelmente foi escrita pela China e lida por Cuba):

Apoio: China, Antígua e Barbuda, Barein, Bielorrússia, Burundi, Camboja, Camarões, República Centro-Africana, Comores, Congo-Brazzaville, Cuba, Djibuti, Dominica, Egito, Guiné Equatorial, Eritreia, Gabão, Gâmbia, Guiné, Guiné-Bissau , Irã, Iraque, Kuwait, Laos, Líbano, Lesoto, Mauritânia, Marrocos, Moçambique, Myanmar, Nepal, Nicarágua, Níger, Coréia do Norte, Omã, Paquistão, Palestina, Papua Nova Guiné, Arábia Saudita, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul , Sri Lanka, Sudão, Suriname, Síria, Tajiquistão, Togo, Emirados Árabes Unidos, Venezuela, Iêmen, Zâmbia e Zimbábue.

Oposição: Austrália, Áustria, Bélgica, Belize, Canadá, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Islândia, Irlanda, Alemanha, Japão, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Ilhas Marshall, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Palau, Eslováquia, Eslovênia, Suécia, Suíça e Reino Unido

Os EUA saíram do Conselho de Direitos Humanos em 2018.

Claro que muitos países da lista dos 53 foram pagos para apoiar a China. Outros são ditadores que se preocupam que se metam em suas barbáries.

Além de silenciar a ONU, usando a democracia, a China silenciou hoje o Papa Francisco.

Esperava-se que hoje Francisco lesse um uma reflexão sobre a situação de Hong Kong.

Ele iria ler o documento da janela do Vaticano na Praça São Pedro.

Ele fez isso? 

Não, o Papa não fez nada.

O Vaticano apresentou um documento insosso e disse aos jornalistas que o documento não ia ser lido.

Mas não respondeu por que o documento não ia ser lido pelo Papa.

Como o documento fica sob embargo até o momento em que o Papa o ler, na prática é como o documento não existisse.


Será que o acordo secreto entre Vaticano e China proíbe o Papa comentar sobre a política chinesa? Muito provavelmente. A China sempre tratou a Igreja como país intruso.

Seguramente, isso é uma catástrofe, uma desgraça para o mundo e em especial para os católicos chineses que vinham aumentando muito em número antes de Francisco.

Ao que parece a China amordaçou o Papa, enquanto ele é todo sorrisos, abraços e carinho com a China, e xinga Trump.

Vejam abaixo a tradução para o português do documento do Papa que ia ser lido, mas que continua sob embargo, e em suma não existe.

"Recentemente, acompanhei com atenção especial e não sem preocupação o desenvolvimento da complexa situação em Hong Kong, e desejo mostrar acima de tudo minha sincera proximidade com todos os habitantes daquele território. No contexto atual, as questões abordadas são indubitavelmente delicadas e afetam a vida de todos; portanto, é compreensível que exista uma sensibilidade acentuada a esse respeito.Eu espero, portanto, que todas as pessoas envolvidas saibam como enfrentar os vários problemas com um espírito de sabedoria perspicaz e diálogo autêntico. Isso requer coragem, humildade, não violência e respeito pela dignidade e pelos direitos de todos.Expresso, assim, o desejo de que a liberdade social e, especialmente, a liberdade religiosa, sejam expressas em plena e verdadeira liberdade, como de fato vários documentos internacionais o proporcionam. Acompanho com minha oração constante toda a comunidade católica e todas as pessoas de boa vontade em Hong Kong. ”

Mesmo que ele lesse o documento, ele se apoia em "documentos internacionais" para a defesa da liberdade religiosa e não cita o governo chinês nenhuma vez.  

Nem isso Francisco teve coragem de fazer, ou não pode fazer talvez por conta do acordo secreto.

Como sempre digo, só em ser secreto o documento é uma afronta a todos os católicos do mundo.




4 comentários:

Isac disse...

ALGO SECRETO ENTRE GOVERNANTES É PREJUDICIAL AO POVO E BENÉFICO AOS SUBMISSIONÁRIOS, SERIA O CASO PAPA FRANCISCO-CHINA E RECORDA CULTOS MAÇONISTAS À PENUMBRA, PREPARANDO NOVOS GOLPES, AINDA MAIS OUSADOS, POIS AQUELES ESTÃO OBSOLETOS!...
Com a diabólica China & Cia de seus capachos, suas marionetes, assim funciona com todos os demônios comunonazifascistas assim agem nesses casos: damos-lhe tanto para se abster ou decuplicamos ou mais ainda para nos apoiar e, nessa hora decisoria, deu$ dinheiro Mamon, latindo mais alto, impõe-se, vergando-os, e eles ane$te$iado$, cedem às pre$$õe$!

Isac disse...

Trump está caladinho quanto à sua reeleição, nem toca nisso e, esperto como é, passará a perna no "DEMOCRÁTICO"-COMUNISTA Joe Biden - membro do PT americano!
Se esse traste Joe o vencesse, que milagre faria para conter o estranho e político COVID 19, pois assaz pernicioso o é!
Sim, piorará em muito mais o que já está ruim, convertendo-o para péssimo e daí, é mais um dos idiotizados e globalistóides pró submissão à ditatorial e despótica China - escravizando o povo dos EUA!
As pestes malígnas tipo Antifas e coadjuvantes são frutos putrefatos do máxi cristianófobo marxiislamita Obamaescorpiônico!

Adilson disse...

Dr. Pedro, certa vez o senhor nos trouxe que o papa Francisco é a consequência máxima do Concílio Vaticano II. Gostei. Isso faz tempo. Isso nunca me saiu da cabeça, e esses dias lembrei de suas palavras. Mas leia o restante de meu comentário:

Um dos padres que tenho acompanhado no youtube é o padre Neves, que parece ter sido ordenado por Dom Castro Mayer. É um padre tradicionalista cujas missas e breves conferências são postadas no youtube. Ele não é daquele que senta pra fazer vídeos; talvez seja algum fiel ou auxiliar dele que faz esse bom serviço. Enfim: gosto muito dele por causa da sua simplicidade, um tradicionalismo sem arrogância, boa didática em trazer o ensino, zelo e cuidado com a doutrina da Igreja. Entretanto, gosto muito do senso de humor e boas metáforas em seus ensinos e homilias.


Pois bem. Em uma de suas conferências sobre 'discernimento dos espíritos', ele ilustrou o Concilio Vaticano dizendo algo mais ou menos assim:

Em épocas de desolações da alma (lutando contra toda sorte de espíritos), o católico NÃO deve abandonar as piedades corriqueiras e as práticas com as quais está vivendo a fé. Ora, durante um terremoto ninguém deve ser tolo a ponto de querer reformar ou construir uma casa. Ou: os navegantes de um barco que está em meio a um mar turbulento NUNCA devem fazer um buraco no casco da embarcação supondo que ao fazer isso reduzirá o tamanho das ondas. Ensino simples que as pessoas mais humildes compreendem e podem praticar, não é?

Todavia, foi exatamente essa estupidez que o Concílio Vaticano II fez: a Igreja estava sob fogo pesado de toda sorte de espíritos, numa verdadeira luta com inimigos dentro e fora. Mas o que as lideranças "expertas" fizeram? Fizeram exatamente o que o padre Neves bem ilustrou: abandonando as lições simples, porém sábias, doutores resolveram reformar a casa bem debaixo de um terremoto. Fixando os olhos em soluções complexas, eles abandonaram as lições mais simples que a Igreja sempre ensinou, julgando que os fenômenos espirituais que acontecem à alma de um indivíduo são diferentes do que acontece ao grande corpo, isto é, à Igreja. Então, abandonaram as práticas piedosas milenares e ensinos sobre os exercícios espirituais, muito dos quais recebidos diretamente dos céus e testados e ensinados por santos e antigos doutores da Igreja. Eis a nossa volta os resultados! Ilustrando a situação: os caras fizeram um BURACO no barco acreditando que se entrasse um pouco de água, as ondas de fora diminuiriam de tamanho. Estupidez das grandes!

Bom, eu gostei desse ensino do padre Neves, que aliás considero de maior profundidade que os longos embates de padres que ficam com aquela de justificar o tal "espírito" do Concilio Vaticano II, sem querer reconhecer que esse espírito foi justamente o causador de tudo isso que estamos vendo, especialmente do atual pontífice.

Pedro Erik Carneiro disse...

Ótimo, muito boa comparação. Realmente o VII quis se aproximar do pecado do mundo (abrir um buraco) na tradição cristã.

Não pode dar em boa coisa.

Ótimo comentário. Obrigado. Vou procurar padre Neves.

Abraço