quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Exorcista: Inferno como Misericórdia Divina

Monsenhor Stephen Rossetti é o exorcista chefe da Arquidiocese de Washington e professor da Universidade Católica da América. Ele é um psicólogo licenciado e passou 30 anos trabalhando em tratamento psicológico e renovação espiritual de sacerdotes e religiosos. Ele auxilia no treinamento de exorcistas e membros leigos da equipe. Monsenhor Rossetti liderou centenas de sessões de exorcismo.

Ele tem um blog, no qual ele faz algumas considerações sobre exorcismo. Hoje, eu li uma pequena análise dele em que ele concluiu dizendo que o Inferno também pode ser visto como misericórdia divina.

Isso é bem profundo e difícil, mas colabora com um dos preceitos da pena de morte, que também foi vista por séculos e séculos, como apoio na salvação da alma do próprio condenado. 

A importância da alma das pessoas é desprezada totalmente hoje em dia, mundo foi dominado pelo materialismo (seja marxista ou liberal-econômico) e a teologia reinante no Vaticano hoje é materialista. Cristo está sendo posto como especialmente preocupado com a miséria material das pessoas e com uma tal de "casa comum". E olha que no Novo Testamento Cristo nega isso várias vezes e no próprio julgamento Dele isso foi negado.

As palavras do monsenhor, ao mesmo tempo que nos alerta para sempre buscarmos a pureza, também nos fortalece, pois mostra o imenso poder de Cristo.

Vou traduzir o que diz o exorcista monsenhor Rossetti sobre o Inferno:

Diário do exorcista nº 96: O inferno como a misericórdia de Deus?

Mons. Stephen Rossetti

Sempre me impressiona o quanto os demônios sofrem durante um exorcismo. Depois de cerca de 15-20 minutos, até o mais robusto dos demônios começa a gritar. Borrife um pouco de água benta sobre eles, segure um crucifixo e / ou diga o Rito do Exorcismo e eles gritam. A dor é tão intensa que, se fossem mortais, os mataria na hora.

Alguns exorcistas disseram que a dor de um exorcismo é, para os demônios, maior do que a dor do inferno. Eles podem sofrer por um curto período de tempo, mas, eventualmente, não conseguem suportar e vão embora. Muitas vezes me pergunto: "Se os demônios não suportam ver uma cruz de madeira ou um pouco de água benta, como seria para eles uma visão direta de Deus?" Seria um sofrimento cruel além da imaginação.

O Papa São Leão Magno disse algo semelhante sobre as almas condenadas: "Pois os olhos impuros não seriam capazes de ver o brilho da verdadeira luz, e o que seria felicidade para as mentes claras seria um tormento para os que estão contaminados (Sermão 95, 8-9; PL 54, 465-466) Para as almas caídas, como para os demônios, ver Deus no céu e experimentar coisas sagradas seria um tormento insuportável.

O inferno é uma realidade terrível, terrível. Pessoalmente, acredito nas horríveis visões do inferno de místicos como Santa Catarina de Siena, os filhos de Fátima e Santa Faustina. E ainda, se os anjos caídos e as almas condenadas fossem colocados na presença direta da santidade infinita de Deus no céu, é provável que sua dor fosse insuportável.

Isso ressalta a terrível destruição da alma causada pelo pecado. A santidade se torna um tormento. Talvez até a existência do inferno seja mais uma misericórdia do Todo-Poderoso.

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Acessem o site Catholic Exorcism, há muitas informações importantes e muito apoio para padres e leigos.



2 comentários:

Adilson disse...

Primeiro comentário:

Dr. Pedro, que maravilha de postagem! Desconhecia esse monsenhor! Pra se vê o quanto sou tão pobre em fontes de enriquecimento católico. Vou acompanhar essa página citada diariamente, pois considero uma fonte riquíssima de informação, já que nem padres diocesanos e nem mesmo de sociedades (como IBP e FSSPX), como o IBP, conseguem nos dá catecismo nessa área (eles são muito ocupados).
Creio que os católicos lucrariam muito de tivesse alguém perto para auxiliá-los nesse tema, pois assim os ganhos seriam duplo: 1) aprenderia sobre o discernimento de espíritos, tornando-se mais sábios na compreensão das influências demoníacas que muito variadas, especialmente nos fenômenos de opressão e vexação; e 2) se evitaria muitas banalidades e superstições tolas, o que acaba por fortalecer os demônios.

Isac disse...

Tem lógica; seria numa leve comparação: adentrar erroneamente ao local de um festejo e, num salão, desconhecendo a todos os presentes!
Imagine o fiasco do incauto e a imediata meia-volta por constranger-se e não entrar onde deveria!
"Além de tudo, há entre nós e vós um grande abismo, de maneira que os que querem passar daqui para vós não o podem, nem os de lá passar para cá." Lc 16,26.