quinta-feira, 7 de março de 2024

Guerra da Ucrânia: Do Pior Para o Secundo Pior

 


Em artigo publicado hoje o historiador militar Victor Davis Hanson argumenta que a Guerra da Ucrânia já provocou milhares de mortos e fuga de milhões da Ucrânia. Ele centra suas críticas em Obama que permitiu que a Rússia anexasse a Crimeia e a região de Donbass em 2014 e não fez nada. Trump, em seguida, os países europeus, e Biden, também nada fizeram para que a Ucrânia retomasse os territórios.

Para Hanson, um acordo de paz agora iria deixar a Rússia com essas regiões tomadas em 2014, pois não se vislumbra possibilidade de retomada dessas regiões pela Ucrânia totalmente dependente do apoio militar do Ocidente, e o acordo possivelmente permitira uma militarização da Ucrânia mas não seu ingresso na OTAN.

Para Hanson, no entanto, isso parece o melhor que se pode conseguir com essa guerra que está ossificada, sem que nenhuma parte avance.

Hanson diz que: "a única coisa pior do que um armistício sem vencedor ou perdedor claro é uma guerra sem fim com mais de um milhão de vítimas.".

Eu entendi o que ele disse. Mas penso que o possível acordo imaginado por Hanson seria um armistício sem um vencedor claro. Então, o acordo apenas nos dará a segunda pior possibilidade. Passaríamos do pior para o segundo pior, depois de milhares de mortos e assim a guerra continuaria rondando a região.

Sem falar que todos os países ocidentais que apoiaram a Ucrânia com milhões e milhões de recursos se sentiriam derrotados. Talvez mais derrotados que a própria Ucrânia.

Eu não tenho a solução nesta guerra entre países irmãos e países muito corruptos. 2014 realmente foi uma desgraça que ocorreu sob o olhar do Prêmio Nobel da Paz Obama (que não fez nada), agora a cura é bem mais difícil e sangrenta. Se Putin morrer pode ocorrer mudanças significativas positivas, mas as consequências podem não significar o fim do conflito. É preciso entender a Rússia que é, como disse Churchill,  um enigma envolto em um mistério.

Em todo caso, o texto de Hanson é um ótimo artigo frente ao que se ler no Brasil por exemplo, que em geral vemos textos que usam adjetivos contra Putin sem qualquer análise séria sobre a guerra.


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