quinta-feira, 27 de abril de 2017

Papa Francisco, São Francisco de Assis e o Egito


Dizem que o Papa escolheu o nome Francisco em homenagem a São Francisco de Assis. Mas será que o Papa Francisco se assemelha em doutrina católica a São Francisco de Assis

Eu diria que os dois são bem diferentes em dois aspectos essenciais para se entender São Francisco de Assis: 1) São Francisco defendia  Igreja acima de tudo e de todos, era avesso ao ecumenismo; 2) São Francisco não respeitava o Islã, para ele, o Islã era como um parte do corpo doente. Uma parte do corpo é algo muito importante para alguém, mas se está doente, precisava ser extirpada.

Logo no início do terceiro capítulo do meu livro sobre Guerra Justa eu trato do encontro de São Francisco com o Sultão do Egito Malik al-Kamil, durante a Quinta Cruzada, em 1219. Na oportunidade, o Sultão diz que os cristãos não podem atacar militarmente os muçulmanos pois Cristo disse que se oferecesse a outra face. São Francisco respondeu com a passagem em Mat 5:29-30: "se teu olho direito te faz pecar, corta-o". 

O propósito explícito de São Francisco no convívio com muçulmanos era convertê-los para Cristo. Ele fez isso de forma forte diante do Sultão. Mesmo que sua ação o levasse a morte. Aliás, para São Francisco ser martirizado por Cristo seria o maior prêmio que ele poderia ter. São Francisco não participava das Cruzadas em nome da paz, mas sim da conversão dos muçulmanos.

O Papa Francisco está indo ao Egito. 

Mas caso encontrasse alguém como o Sultão, o que responderia o Papa?

Ontem, eu li um artigo de Andrew Parrish que compara o Papa Francisco com o São Francisco e lembra como agia o Santo:

Vejamos parte do artigo:

St. Francis made two trips to the Middle East, according to his medieval biographers: the first to Morocco via Spain, and the second to Syria. The reason for his travel was not to “appeal for peace”; somewhat to the contrary, St. Francis so strongly hoped that the Muslims would murder him for proclaiming the Gospel to them that, as St. Bonaventure writes, “…the thought of dying for Christ meant more to him than any merit he might earn by the practice of virtue… he took the road towards Morocco with the intention of preaching the Gospel of Christ to the sultan... his desire bore him along so swiftly that even though he was physically weak he used to leave his companion behind and hurry ahead.” (Major Life of St. Francis, Chapter IX)
Prevented by an illness from realizing this plan, St. Francis’ desire for martyrdom remained so strong that he undertook a second trip to Syria several years later, while a Crusade was ongoing. He successfully navigated a battlefield with a Franciscan brother, as Mr. Lamb correctly states, and made his way into the presence of the Sultan, the Muslim forces’ commander. As St. Bonaventure recounts, “[Francis] proclaimed the triune God and Jesus Christ, the Savior of all, with such steadfastness, with such courage and spirit, that it was clear the promise of the Gospel had been fulfilled in him”; Bonaventure continues: “When the sultan saw his enthusiasm and courage, he listened to him willingly and pressed him to stay with him. Francis, however, was inspired by God to reply, "If you are willing to become converts to Christ, you and your people, I shall be only too glad to stay with you for love of him. But if you are afraid to abandon the law of Mahomet for Christ’s sake, then light a big fire and I will go into it with your priests. That will show you which faith is more sure and more holy." (Major Life, Chapter IX) The sultan refuses this repeated entreaty for a conclusive test, and Francis, stymied, eventually leaves in peace and returns home.
While there is always room for discussion about the most effective way for Catholics to interact with the faithful of other religions, this discussion cannot be carried on effectively if the facts are obscured. The purpose of interacting with those of other faiths is to convince them to convert to Catholicism, a point which Francis did not forget. Contemporary apologists would be well advised, perhaps, to remember the fiery and uncompromisingly dogmatic spirit of the saint of peace, a man willing to undergo diplomatic awkwardness, torture, and even death for the sake of a clear and unapologetic Faith.


3 comentários:

Anônimo disse...

Fraticelli igual ao grande São Francisco de Assis?

É sério isso ou é piada pronta?

flavio disse...

Não ofendam a memória de S.F. De Assis comparando com Bergolio. Um é a ponte Rio Niterói. Outro é uma pinguelinha de eucalipto em cima de uma vala.

Isac disse...

Se ao acaso São Francisco vivesse no contexto atual se colocaria em risco iminente de ser assassinado, devido à intrepidez em defesa da doutrina católica!
No entanto, provido de dons especiais que possuía, nada conseguiria atingi-lo e bem capaz que fosse um S Pio doutra modalidade, que passou incólume nessa vida, embora o diabo se encarregasse de o vergastar pelas conversões que operaria e lhe seria o algoz por excelencia!
Teria pavor do protestantismo, das ideologias, de ouvir falar em ecumenismo de procurar outras religiões para "dialogar", como se o Senhor Deus necessitasse das trevas para se manter ou o que fosse!