quinta-feira, 29 de setembro de 2022

Bispo, Vencedor Nobel da Paz, Acusado de Abusar Sexualmente de Garotos

 


Vivemos tempos terríveis em que a verdade e a Verdade (Cristo) parece nos ter abandonado. Tempos em que líderes da própria Igreja Católica parecem estimular a sodomia. 

O bispo Carlos Filipe Ximenes Belo, do Timor Leste, que venceu o prêmio Nobel da paz em 1996 está sendo acusado de abusa sexualmente de "muitos garotos" (several teenage boys). A reportagem aponta que os casos já eram há muito conhecidos e que o Vaticano estava sabendo há muito tempo.

Vou traduzir aqui o que diz o site católico The Pillar.

Bispo Belo, vencedor do Prêmio Nobel, acusado de abuso sexual


O bispo Carlos Filipe Ximenes Belo, de Timor Leste, foi acusado de abusar sexualmente de vários adolescentes, de acordo com uma reportagem publicada quarta-feira em uma revista holandesa.

Belo, de 74 anos, chamou a atenção internacional na década de 1990 por seu papel franco na oposição à ocupação indonésia de Timor Leste, que durou de 1975 a 1999.

O bispo foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 1996 por seu trabalho “para uma solução justa e pacífica para o conflito em Timor Leste”. Partilha o prémio com José Ramos-Horta, que se tornou presidente de Timor-Leste.

Mas em um relatório de 28 de setembro, vários homens alegaram que foram abusados ​​sexualmente pelo bispo quando eram adolescentes. As alegações foram relatadas pela De Groene Amsterdammer, uma revista holandesa.

Uma suposta vítima disse que foi abusado sexualmente por Belo quando tinha 15 ou 16 anos, e que o bispo lhe deu dinheiro depois de abusar sexualmente dele. Outro homem alegou ter sido estuprado por Belo quando tinha cerca de 14 anos.
As alegações datam, em alguns casos, da década de 1980.

A revista relata que as alegações de abuso sexual de menores contra o bispo eram amplamente conhecidas entre a comunidade católica em Timor Leste. De Groene Amsterdammer informou que conversou com “dezenas” de indivíduos que alegaram ter sido vitimados pelo bispo, ou alegaram que conheciam as vítimas pessoalmente.

Belo não respondeu aos pedidos de comentário.

Sacerdote da ordem salesiana, Belo foi ordenado em 1980. Depois de estudar em Roma e Portugal, voltou a Timor Leste em 1981, trabalhando como professor. Em 1983, o Papa João Paulo II nomeou-o administrador apostólico da Diocese de Díli, que era então a única diocese de Timor-Leste.

Belo foi consagrado bispo em 1989 e permaneceu como administrador apostólico de Díli. Enquanto liderava a Igreja local, foi um crítico feroz da opressão indonésia em Timor Leste e denunciou publicamente o massacre de 1991 de mais de 200 manifestantes pró-independência num cemitério de Díli.

Em uma carta de 1989 contrabandeada para fora do país, Belo implorou a intervenção do papa, do secretário-geral da ONU e do presidente de Portugal, que governou Timor Leste como colônia até a independência em 1974.

Na carta, Belo escreveu que “estamos morrendo como povo e nação” em Timor Leste, e disse temer ser morto por suas denúncias públicas sobre a ocupação militar indonésia, que, segundo grupos de direitos humanos, matou 200.000 pessoas. pessoas.

"De um dia para o outro pude seguir o caminho do bispo [Oscar] Romero”, disse Belo.

Belo era conhecido no país por abrigar manifestantes, em sua maioria jovens, em sua própria casa.

De acordo com De Groene Amsterdammer, a bispo também era conhecido por abusar sexualmente de jovens e seminaristas. Em alguns casos, relata a revista, Belo dava dinheiro a menores de famílias pobres depois de forçá-los a atos sexuais, com a intenção de comprar seu silêncio.

Belo se aposentou inesperadamente da diocese de Díli em 2002. O bispo tinha apenas 54 anos e o país acabava de conquistar a independência, mas o bispo disse que estava renunciando por motivos de saúde.

Mudou-se brevemente para Portugal, assumiu um posto missionário em Moçambique durante vários anos e depois regressou novamente a Portugal, onde vive agora.

De acordo com a reportagem da revista, as acusações contra Belo eram conhecidas do Vaticano no momento de sua renúncia, mas o bispo não foi punido publicamente.

A revista também informou que desde 2002, Belo está sob uma restrição de viagem ordenada pelo Vaticano e não pode retornar ao seu país de origem. Embora uma pena de exílio efetivo raramente seja imposta pelo Vaticano, ela tem sido usada em casos de abuso sexual por um bispo.

Belo não compareceu a um consistório de agosto em Roma, no qual seu sucessor como arcebispo de Díli, o arcebispo Virgílio do Carmo da Silva, foi feito cardeal.

O Vaticano não comentou a reportagem.

As acusações contra Belo foram comparadas ao escândalo em torno do ex-cardeal Theodore McCarrick, que como arcebispo de Newark e Washington, DC, foi uma figura proeminente no cenário internacional, muitas vezes elogiado por seu trabalho em questões humanitárias globais.

Em 2018, após uma acusação de abuso sexual de um menor, McCarrick renunciou ao cargo de cardeal. Seguiram-se meses de revelações de acusações de que McCarrick assediou ou abusou sexualmente de jovens vulneráveis, incluindo seminaristas, por décadas e que as autoridades da Igreja nos Estados Unidos e no Vaticano não agiram apesar de estarem cientes das acusações.

Em 2019, o Papa Francisco convocou uma reunião dos chefes das conferências episcopais do mundo para discutir a responsabilidade episcopal após a crise dos abusos sexuais e emitiu Vos estis lux mundi, fornecendo novos mecanismos para investigar alegações contra bispos.

No ano seguinte, o Vaticano divulgou um extenso relatório sobre “o conhecimento institucional da Santa Sé e a tomada de decisões relacionadas ao ex-cardeal Theodore McCarrick”.

Esse relatório confirmou o conhecimento de acusações de abuso e má conduta contra o ex-cardeal pelas autoridades do Vaticano e da Igreja por anos, mas não atribuiu culpa por falhas em investigá-las adequadamente ou impedir a ascensão de McCarrick na Igreja.


Um comentário:

Anônimo disse...

Saudações!!

É melhor ter cautela nestas acusações, para também não fazermos o que aconteceu com o coitado do Cardeal Pell, da Austrália. Além disso quase sempre não é de pedofilia que se trata e sim de homossexualismo, mas como criticar atitudes de gays não é politicamente correto hoje em dia, escorrega-se para a pedofilia...
Enfim tudo isso é muito triste...