Não se deve pensar que só existem anti-americanos fora dos Estados Unidos. O país está cheio deles. Possui comunistas e toda espécie de ativista que acham que os Estados Unidos são um mal para a humanidade, que o país é imperialista e sufoca os povos do mundo.
O Obama, logo que assumiu, mostrou, pela primeira vez, que um presidente dos Estados Unidos pode ser anti-americano. Ele fez um discurso no Egito, em junho de 2009, no qual pediu perdão pelo colonialismo (os Estados Unidos, no entanto, não fizeram parte da história do colonialismo), pelos erros norte-americanos, quando o país lidou com o mundo árabe, e procurou igualar o cristianismo e o islamismo. Pode-se dizer que é um discurso que busca a paz, mas a destruição ou amostra de desconhecimento dos valores nacionais não é um bom caminho para se encontrar a paz.
A luta entre os que defendem os princípios norte-americanos e os anti-americanos chega até aos quadrinhos e filmes de super-heróis.
O Super-Homem, criado por Joe Shuster e Jerry Siegel em 1932, sempre lutou contra os inimigos dos norte-americanos, que em última análise coincidiam com os inimigos da humanidade: nazistas na década de 40 ou comunistas durante a guerra fria, e sempre segurando com orgulho a bandeira dos Estados Unidos. Em um dos filmes, ele diz que luta pela verdade, pela justiça e pelo estilo norte-americano (no original, ele disse que luta por truth, justice and the American way). Os comunistas e afins sempre idenficaram esse "American Way" como consumismo e imperialismo, e os conservadores denominam que American Way é capitalismo e democracia. Mas, em 2006, os diretores de Superman Returns resolveram mudar a expressão e empobreceram o herói. No filme, Super-Homen diz que luta "pela verdade, pela justiça e todas essas coisas" (truth, justice and all that stuff). "Todas essas coisas" no lugar de American Way? Não parece coisa de herói e sim de quem não sabe nem mesmo o que é. Mas foi a forma que os diretores e roteiristas Michael Dougherty e Dan Harris acharam para apresentar um herói não americano. Para quê?
Outro caso é o do Capitão América, criado por Joe Simon e Jack Kirby em 1941. Capitão América é um herói criado intencionalmente como patriótico. Mas, para o filme que será lançado no próximo ano, o diretor Joe Johnston já avisou que o herói quer servir seu país, mas não é do tipo que fica carregando a bandeira ("wants to serve his country, but he's not this sort of jingoistic American flag-waver") . Em outro caso, a revista em quadrinhos do Capitão América tomou posição em favor do partido do Obama (Democratas) ao atacar um movimento norte-americano chamado Tea Party que defende redução dos gastos públics e menores impostos e está mais relacionado à oposição republicana. Na edição da revista de fevereiro deste ano, essa organização é dita ser formada por "brancos raivosos". O que é uma frase racista. Já pensou chamar uma organização de ser formada por "negros raivosos"? Mas ocorreu reação e os produtores da revista tiveram que rever seu posicionamento político quando escrevem os quadrinhos.
Em suma, estão mudando o carácter dos super-heróis em razão de posições políticas anti-americanas.
Os Estados Unidos devem ter orgulho da sua história. É certo, como é o caso de qualquer país, que há erros cometidos pelos norte-americanos, mas o país tem uma história muita rica e repleta de momentos em que defendeu grandes princípios da humanidade e também cheia de ajuda humanitária a diversos povos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário