Reconheço o relevante trabalho humanitário executado pela Organização das Nações Unidas (ONU). Sua ajuda humanitária foi e é relevante para o mundo. Mas estou longe de ser um profundo fã da ONU. Acho que seu processo de decisão, que dá voz a vários ditadores, assassinos e corruptos, destrói a defesa dos princípios tão exemplarmente descritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. Regularmente, países que agem contra a humanidade fazem parte de comissões de defesa desses princípios. Além disso, a burocracia da ONU tomou proporções gigantescas e, como não podia deixar de ser, permitiu o nascimento e a proliferação do bichinho da corrupção.
Esta semana, a ex-subsecretária da ONU para combate à corrupção dentro da entidade, a sueca Inga-Britt Ahlenius, saiu atirando contra o Secretário-Geral Ban Ki-Moon. Disse que ele trabalha contra a transparência do órgão, que agiu contra o trabalho dela (montando trabalhos paralelos aos dela) e interferiu nas nomeações que ela desejava fazer. Para ela, as ações dele são “deploráveis”. Ela ainda disse que Ban está destruindo a ONU, levando-a para a irrelevância. Ahlenius passou cinco anos à frente do Office of Internal Oversight Services (OIOS), serviço interno de supervisão, deixando a sua posição na semana passada.
Um dos problemas foi a proibição para que Ahlenius contratasse o americano Robert Appleton que foi efetivo no combate à corrupção dentro da ONU anteriormente quando liderou uma força tarefa. A alegação para a proibição foi que, pela legislação da ONU, a organização teria que contratar mais mulheres.
Além de todos os problemas no processo decisório, a legislação da ONU possui muito do politicamente correto, o que não costuma andar junto com o mérito.
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