quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Educação Superior no Reino Unido


Lord Browne (foto acima), ex-presidente da empresa de petróleo BP, apresentou um relatório ontem sugerindo alterações na legislação e nos subsídios da educação superior no Reino Unido. O relatório levou um ano para ser feito, contou com acadêmicos e empresários, e é bem interessante.

Cabe a nós, brasileiros, vermos se podemos aproveitar algo dele, pois já sabemos que a educação é o nosso maior gargalo para o nosso desenvolvimento econômico e social.

O problema que eles querem resolver nós também temos e com universidades piores: formar mais engenheiros e cientistas para o mercado em um universidade mais bem equipada. Só 6% dos formandos no Reino Unido são em ciências da engenharia, enquanto em Cingapura são 40%.

Em resumo, o relatório dá mais liberdade para que as universidades cobrem mais alto dos estudantes (tentanto reduzir os elevados déficits que elas apresentam) e protege e valoriza os cursos voltados para o mercado (engenharia, ciência em geral, medicina, enfermagem e curso de línguas), que são os cursos mais caros para as universidades.

As sugestões levantam muitas discussões entre os ingleses e os separa ideologicamente, entre aqueles que percebem a importância de formar pessoas que alavanquem a economia britância (estudantes voltados para o mercado de emprego e para a pesquisa e desenvolvimento) e  aqueles que focam suas críticas no encarecimento dos custos dos estudantes, especialmente daqueles da classe média (os mais pobres serão de certa forma protegidos pelas propostas de Browne)

Aqui vão algumas sugestões do relatório.

- Eliminação do teto de 3.290 libras para as taxas pagas pelos estudantes universitários (tuition);
- Criação de um tarifa que incide sobre a universidade se o tuition exceder 6.000 libras, que ajudará a financiar os estudantes de cursos mais caros;
- Aumento do tamanho de empréstimos que os estudantes podem fazer para pagar os cursos e suas custas;
- Criação de taxa de juros de 2,2% sobre os empréstimos se a renda familiar do estudante for acima de um patamar, caso contrário a taxa de juros será zero, como é hoje para todos os estudantes;
- Aumento das doações a estudantes mais pobres;
- Aumento de vagas nas universidades em 10%, dependendo da demanda do curso;
- Financiamento do governo deve ser direcionado a cursos prioritários nas áreas de ciências, tecnologia, medicina e línguas;

Para maiores informações, acesse:

http://www.telegraph.co.uk/education/educationnews/8057347/Lord-Browne-review-the-key-points-explained.html



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