Esta semana houve a cerimônia de entrega do Prêmio Nobel da Paz para Liu Xiaobo, dissidente chinês que está preso por desejar que o seu país tenha mais democracia.
Praveen Swami diz que a história do Prêmio da Paz mostra que é um prêmio político, não premia santidade. Isso é verdade, mas há defesa de certos princípios, como a paz, é claro, e a democracia. O prêmio para Obama em 2009, foi apenas político, mas a grande maioria dos vencedores tiveram boa relação com esses princípios, como foi o caso de Xiaobo, este ano.
E se é para ser político e observar esse princípios, então que tal agora premiar Ayatollah Boroujerdi (foto cima) em 2011?
Quem é ele? A resposta está hoje no site da revista Weekly Standard.
Boroujerdi está preso desde 2006. Ele tem 50 anos e é herdeiro de uma família de clérigos xiitas. Ele nasceu em Teerã e foi educado em Qom. Como seu pai, Grand Ayatollah Seyyed Mohammad Ali Kazemeyni Boroujerdi (1924-2002), Boroujerdi prega uma interpretação do xiismo antes de Khomeini, que procura manter a religião longe do estado. Mesmo preso, ele continua denunciando o regime iraniano e seu presidente Ahmadinejad, defendendo o secularismo. Ele tem declarado que “the regime is adamant that either people adhere to political Islam or be jailed, exiled or killed. Its behavior is no different from that of Osama bin Laden or Mullah Omar.” (o regime insiste que ou as pessoas aderem ao Islã ou são presas, exiladas ou mortas. Esse comportamento não é diferente de Osama bin Laden ou Mulá Omar).
Em novembro, de acordo com o blog Voice of Freedom, cinco mulheres e um homem que apóiam Boroujerdi foram presos pela quarta vez. Em dezembro, outro seguidor de Boroujerdi foi preso e desapareceu no sistema penintenciário iraniano.
Boroujerdi e seus seguidores chegam ao nível de parabenizar os judeus em suas festividades, dando sinais que respeitam as outras religiões.
Bom, um clérigo muçulmano, que defende o estado laico e o respeito às outras religiões, está preso por uma tirania que ameaça o mundo.
Eu nunca ouvi falar de nenhum outro deste tipo, nem fora do Irã. Então, para mim, seria uma ótima escolha para Prêmio Nobel da Paz.
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