quinta-feira, 6 de junho de 2013

"Jus cogens" está acima de Deus?


Ontem o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Ayres Britto (foto acima), me lembrou Mark Ellis, presidente da associação internacional de advogados (International Bar Association). Ellis escreveu certa vez sobre a lei Sharia islâmica. Ele estava bem chateado porque os muçulmanos sempre apelavam para o Alcorão e Alá para não seguir leis internacionais, então ele disse que as leis internacionais são leis compulsórias (jus cogens), leis que obrigam a todos. Estas leis estariam acima da cultura e da religião?

Eu pensei: Como é que é? Leis que estão acima da cultura e de Deus? Como é que pode isso dada a definição de Deus e o fato de que as leis surgem e são baseadas na cultura?

Ontem, no Jornal Nacional, Ayres Britto falou a mesma bobagem.

O repórter perguntou pelo casamento gay, e ele respondeu: "Isto já está decidido, o Supremo já decidiu (em favor do casamento gay)".

Já está decidido????

Ele falou como se o fato de 10 ateus reunidos (uma vez que nenhum levantou qualquer argumento religioso) pudesse decidir sobre o que milhões de pessoas pensam e sobre a fé das pessoas.

Nos Estados Unidos, por exemplo o caso Roe vs. Wade fez a Suprema Corte de lá decidir em favor do aborto em 1973. Pergunte a qualquer americano se a questão do aborto "está decidida"? As ruas de Washington todo mês de março param para passar milhões de pessoas que defendem a revogação da liberalização do aborto. Muitos governadores reduzem o impacto da lei Roe vs Wade nos seus estados e muitos candidatos a presidente dos Estados Unidos prometem revogar esta lei.

As leis não estão acima de Deus, senhor ex-ministro!!

As pessoas não vão mudar sua fé, nem a Bíblia será rasgada por causa de uma lei internacional, nem muito menos nacional!!!

No fim, ICXC NIKA.


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