segunda-feira, 29 de outubro de 2018

A Morte Lenta da Teologia da Libertação no Brasil. Será?


Eu estudei bastante a tal teologia de libertação para preparar meu livro sobre ética católica para economia, desde o aspecto filosófico/teológico até o aspecto histórico, desde Bartolomeu de las Casas até o Leonardo Boff. Meu livro deve estar pronto no próximo ano.

Com a vitória de Jair Bolsonaro, essa questão ressurge entre os católicos no mundo e não apenas no Brasil. Leio hoje um artigo intitulado "The Slow Death of Liberation Theology in Brazil" para o Acton Institute.

O autor do texto é Silvio Simonetti, um advogado brasileiro. É um artigo interessante que toma a seguinte a posição: Teologia da Libertação não tem valor intelectual,  e os teólogos da libertação sabem disso, o que eles pregam é uma revolução marxista. E essa fraqueza está revelada na falta de livros e artigos novos em defesa dessa teologia. A Teologia da Libertação continua presente apenas nas universidades brasileiras.

O que acho do artigo?

Bom, a Teologia da Libertação realmente já foi denunciada nos seus mínimos detalhes pela Igreja há décadas,  especialmente por meio da Instrução Libertatis Nuntius, de 1986. A intelectualidade da Teologia da Libertação é muito frágil, não considero nem que seja teologia. 

Mas não creio que os teólogos tenham perdido muita força no Brasil, apesar da ausência de livros relevantes. Eles ainda gritam mais alto nos púlpitos, dominam a mídia e a CNBB. E além disso, podem contar com a defesa do Papa Francisco em muitas frentes, inclusive contra Bolsonaro e os bispos e cardeais mais conservadores.

Neste sentido, o fato que o líder da Igreja  é apoiado abertamente por Leonardo Boff e costuma retribuir esse apoio recebendo Boff e asseclas do PT dentro do Vaticano mostra que a a Teologia da Libertação ao invés de ir para a morte continua viva, merecendo mais força contra ela.

Aliás, eu não sei por que o PT não usou mais o Papa em seu apoio durante o processo eleitoral. Eles são tão afastados da Igreja que não conseguem nem ler os textos do Papa que claramente apoiam posições mais socialistas. Aliás, o Papa Francisco é conhecido por defender "terra, trabalho e moradia" para todos em vários discursos e por falar contra o que chama de populistas (líderes como Trump, Matteo Salvini e Bolsonaro).

Em suma, o artigo de Simonetti é muito bom, mas esqueceu um fator essencial: o papa argentino.

Leiam o artigo dele, clicando aqui.

Um comentário:

Isac disse...

A mãe da TL está vivinha, enxuta: a CNBB; é coroa mas não uma velha decrépita, inclusive fez o quanto pôde para tumultuar o processo em favor do ParTido dos Tumultos!
Porém, não suportou a pressão das redes e sites independentes, hoje em dia e doravante desanuviando as mentes do véu de fumaça que encobria as esquerdas para montarem seu circo-teatro!
Todos os esquerdistas que visitam o ator e deus delas Lula que está muito tranquilo, sereno, conformado e, já que os vermelhos se expressam sempre em contrario, imagine o grau de conformismo que o acerca!