sábado, 20 de junho de 2020

Entramos na Idade das Trevas que Chesterton Previu? Dale Alquist Responde


Eu gosto de imaginar o que Chesterton pensaria sobre o nosso tenebroso mundo moderno. No meu outro blog, chamado Bloco 11 Cela 18, que dedico mais para debater o Distributismo, eu já imaginei o que Chesterton (ou Distributismo) falaria do futebol e da maconha  e também sobre o coronavirus.

Assim, fiquei bem curioso de ver a opinião de Dale Alhquist, presidente da Sociedade Chesterton dos Estados Unidos, sobre como ele acha que Chesterton veria o desastre social, político e religioso que vivemos hoje.

O episódio do The Van Maren Show, mostrado acima, pergunta se estamos entrando na idade das trevas que Chesterton previu. Dale Alhquist se propõe a responder a esta pergunta olhando especialmente para o que acontece nos Estados Unidos, país mais rico do mundo que está sofrendo manifestações violentas com apoio de políticos do partido Democrata. 

Alhquist mora no estado de Minnesota, estado que está no foco dos protestos devastadores do Black Lives Matter, que ocorreram em Minneapolis, a cidade mais populosa do estado. Foi lá que George Floyd foi morto. Alhquist está vendo de perto os problemas.

Alhquist concorda comigo na minha análise sobre o que Chesterton diria sobre o coronavirus, no ponto em que Chesterton detestaria ver estados se metendo na nossa fé e proibindo missas enquanto liberam muitas outras atividades que aglomeram. 

Infelizmente, Alhquist não avança muito sobre outros problemas que enfrentamos, especialmente na nossa própria religião. O foco de Alhquist é a necessidade de os pais evitarem as escolas públicas e tomar as rédeas da educação de seus filhos.

Ouvir o vídeo acima é melhor e mais completo, mas o site Life Site News fez um relato da opinião de Dale Alhquist.

Vou traduzir aqui o texto.

Estamos entrando na Idade das Trevas que G.K. Chesterton previu?


 G.K. Chesterton é um famoso autor e filósofo do século XX. Durante seu tempo, Chesterton viu o início da civilização desmoronando e previu que uma idade das trevas estava chegando. Com tudo o que está acontecendo, com os lockdowns e agora os tumultos, é difícil não pensar que esse tempo possa estar chegando mais cedo do que pensávamos.

No episódio de hoje do The Van Maren Show, Dale Ahlquist, famoso estudioso de Chesterton e fundador da sociedade Chesterton e das escolas de Chesterton, se junta a Jonathon Van Maren para discutir o que G.K. Chesterton pensaria do estado do mundo. Ahlquist e Van Maren falam sobre os tumultos, as próximas "idades das trevas" da sociedade e o que precisamos fazer para salvar a cultura para as gerações futuras, incluindo tirar as crianças das escolas públicas.

Ahlquist mora por volta de Minneapolis e começa compartilhando a devastação que varreu a cidade. Partes da cidade foram deixadas em escombros. Os prédios estavam cobertos de madeira compensada com apelos pintados com spray para os manifestantes não destruírem as empresas familiares. Algumas áreas ainda ardem com o fogo.

Felizmente, os subúrbios ficaram praticamente intocados, mas Ahlquist compartilha que algumas pessoas podiam ver o brilho das Cidades Gêmeas (Minneapolis e Saint Paul) pegando fogo a 32 quilômetros de distância.

Chesterton disse que todas as cidades foram "construídas em um vulcão" e estão apenas esperando para entrar em erupção. Ahlquist diz aos ouvintes: “em todos os lugares em que existe esse grupo concentrado de pessoas, elas realmente têm um senso de tensão o tempo todo e as coisas podem explodir por um motivo ou outro. A civilização é um trabalho árduo e você tem que trabalhar para isso. E assim que você para com esse trabalho, isso se desfaz às pressas. ”

Chesterton falou da chegada da "idade das trevas" quando nossas bases morais, religiosas e culturais começaram a se degradar. Ahlquist culpa o sistema público de educação por acelerar esse declínio. Ahlquist aponta para a necessidade de ensinar a verdade, a bondade e a beleza para restaurar a cultura e a civilização.

Ahlquist ressalta que os progressistas geralmente buscam progresso em prol do progresso e desprezam a história.

"Eles olham para frente com entusiasmo porque têm medo de olhar para trás", escreveu Chesterton.

Além do sistema de ensino público, Ahlquist aponta para a influência da mídia na filtragem da verdade e no desencorajamento da discussão. Chesterton preferiu incentivar a discussão verdadeira, em vez de permitir que a mídia filtrasse a verdade e impedisse o diálogo real.

Ahlquist aponta para a censura da mídia à Marcha da Vida, apesar do grande número de pessoas que participam do evento. Margaret Sanger e Planned Parenthood tiveram como alvo os bebês negros há décadas, matando milhões de vidas negras, mas a mídia e os manifestantes ignoraram completamente esse fato.

À medida que a sociedade continua seu deslize para a "idade das trevas" prevista por Chesterton, Ahlquist incentiva as pessoas a formar comunidades sólidas. As pessoas devem "estabelecer comunidades de fiéis que educam seus filhos e ensinam a verdade, ensinam como é a justiça e também como são a verdade, a beleza e a bondade".

Ahlquist, que fundou as Academias Chesterton, vê que o sistema escolar público está alimentando nosso declínio moral.

“Acho que, ao vermos uma crescente adoção da ilegalidade, isso terá um efeito cascata. As pessoas perderam o respeito pela autoridade. E, portanto, as leis normais serão difíceis de aplicar, porque as pessoas não reconhecem a autoridade de nossos políticos e policiais ”, afirma Ahlquist.

Com os lockdowns da COVID-19 e a discriminação contra as igrejas, mas não as lojas de bebidas ou os campos de golfe "essenciais", o respeito das pessoas pelo governo está em queda.

À medida que esse sentimento continua, seremos forçados a ter que remodelar nossa civilização, para que saiamos de um governo de cima para baixo, administrado por algumas grandes corporações, para um governo de baixo para cima, dirigido por e para o povo, como ele pretendia originalmente.

Novamente, Ahlquist aponta para a importância de educar nossos filhos adequadamente, a fim de salvar a civilização. Ele incentiva os ouvintes a construir suas pequenas comunidades em torno de escolas que ensinam sobre verdade, bondade e beleza, como as escolas de Chesterton.

"Acho que pessoas de todas as religiões precisam tirar seus filhos das escolas públicas porque estão destruindo as almas de seus filhos", diz Ahlquist aos ouvintes. "E essas escolas estão criando uma barreira entre alunos e pais, ensinando-lhes algo completamente alternativo ao que os pais estão tentando ensinar".

Ninguém sabe exatamente quando a sociedade entrará na "idade das trevas" prevista por Chesterton, mas a conversa de hoje com Dale Ahlquist fornece às famílias bons conselhos sobre como podemos começar a nos preparar agora.



3 comentários:

Isac disse...

TAIS PREVISÕES VÊM DESDE N SENHORA DO BOM SUCESSO!
Idem, nas profecias de la Salette existem varios trechos correlacionados, citados, inclusive de soltura de demonios em graus ascendentes, a partir de 1864!
Os comunistas, por ex., sequiosos por praticarem o mal, eis aí o melhor exemplo, por imensa culpa de muitos clérigos, quer traidores da fé ou omissos em os denunciarem -acuados, temerosos de retaliações, além doutros de engajamento co'os desafetos da Igreja, seriam os maiores culpados!
Já N Senhora do Bom Sucesso, como em:
“Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade, aqueles que queriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem". 11 98.
Essa grave omissão é repetida por Nossa Senhora na aparição seguinte, em 2 de fevereiro de 1610:
“Campearão vícios de impureza, a blasfêmia e o sacrilégio naquele tempo de depravada desolação, calando-se quem deveria falar” II, 17., etc., e mais denuncias.
Retrato de hoje em dia!

Adilson disse...

dei uma paradinha no acompanhamento do vídeo. Essa última semana tá muito maluca: o q tá acontecendo no Brasil e nos EUA tomou meu tempo e já nem sei pra onde olhar. Acho q vou me recolher em oração, pois minha vida não anda muito boa. A coisa tá ruim pra mim. Tô com um livro pra publica, mas ainda preciso conseguir um segundo emprego pra custear a publicação. A editora já me enviou a carta aceite, mas toda essa crise do Covid-19 tá me prejudicando e me deixando receoso. Tenho uma viagem urgente pra fazer pra Recife até o fim de julho, pois preciso ficar um bom tempo com a minha mãe. Enfim: o mundo tá pirado.
Pra não deixar um comentário chorão, deixo apenas a seguinte questão: é possível que em meio a tudo isso, caso as coisas se agrave e as paróquias continuem fechadas, surja um movimento católico onde o retorno aos cultos em pequenos grupos seja possível? E se for possível, como se dará, já que praticamente o número de sacerdote é muito pequeno? (obs.: o termo "sacerdote" cada dia se torna pesado e com significado muito distante, uma vez que há de fato um profundo vazio de conhecimento litúrgico e doutrinário por parte dos padres.)

Pedro Erik Carneiro disse...

Eita, meu amigo. Parabéns pelo livro. Saúde para você e sua família.

Sobre sua pergunta, meu caro, São João Paulo II disse que devemos lutar por Cristo nem que sobre somente 12 do nosso lado.

Vamos lutar por Cristo confiando na vitória dele que ocorrerá no tempo dele.

Confiança nele faz parte da guerra em favor dele.

Abraço,
Pedro Erik