quarta-feira, 17 de junho de 2020

Perguntaram a Viganò o que Fazer. Ele respondeu.


Em tempos em que heresias são exaltadas nos mais altos escalões da Igreja, em que a Doutrina, a Tradição e virtualmente todos os dogmas que têm fontes biblicas estão sob ameaça, enquanto clérigos dizem que está tudo bem e até maravilhoso, perguntaram ao arcebispo Viganò o que o católico deve fazer.


Aqui vai uma tradução rápida da resposta dele para o português. 

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Querido  Tosatti,

 Li com interesse o apelo que o “Pezzo Grosso" me dirigiu nas páginas da Stilum Curiae.  Como se trata de uma pergunta muito séria que está no coração de muitos de seus leitores e de grande preocupação para eles, eu me apresso em responder.

 A resposta que imediatamente vem à minha alma é a que encontramos no evangelho: “Estote parati, quia nescitis diem, neque horam” [vigie, porque você não conhece o dia ou a hora] (Mt 24:44).  Devemos estar preparados, não apenas para a vinda do Filho do Homem, mas também para as provações que a precederão e que nos obrigarão a escolher de que lado estamos: com Cristo ou contra Ele.

 Se é verdade que “quem observa o vento nunca semeia, e quem olha para as nuvens não colhe” (Ec 11: 4), é igualmente verdade que o tempo disponível para nós não nos permite esperar o vento  acalmar ou para que as nuvens que escurecem a Igreja sejam dissipadas.  Se quisermos semear um pouco de bom e colher seus frutos, com a graça de Deus, devemos agir como as virgens prudentes: aguardando com lâmpadas acesas a vinda do Noivo - segurando as lâmpadas da Fé e da Santa Missa, os Sacramentos  e oração.  As virgens tolas, que não tomaram o cuidado de manter suas lâmpadas cheias do óleo da vida de graça e virtude, tarde demais descobrirão que são incapazes de ir e encontrar o Senhor que vem.

Outra coisa importante é saber decifrar o que está acontecendo neste momento histórico.  Devemos aprender a conhecer e avaliar os fatos, não apenas tomados em si mesmos individualmente, mas também em sua colocação no mosaico geral, o que nos permite descobrir todo o design à luz da fé.

 Por décadas, ouvimos palavras infladas que enfatizaram apenas uma dimensão escatológica genérica da existência, negligenciando a pregação sobre as Últimas Coisas.  Isso certamente não nos preparou para enfrentar o julgamento final e nos deixou despreparados para nos defender do inimigo, somos mesmo completamente incapazes de reconhecê-lo e seus enganos secretos.  Com firme determinação, devemos nos opor às frases vazias daqueles que procuram nos cercar com as eternas palavras da Palavra de Deus, contra as quais os discursos politicamente corretos das virgens tolas se chocam.  Segundo alguns, a visão do Evangelho é uma visão simplista que horroriza aqueles que, amando o mundo e sua mentalidade falsa e hipócrita, não podem amar o Senhor, a Verdade ardente que não admite exceções: divisora ​​como a luz em comparação com as trevas e como  bom comparado ao mal.

Vamos aprender a chamar as coisas pelo nome, com simplicidade e calma;  paremos de seguir, por uma questão de viver em silêncio, as ilusões daqueles que nos falam de tolerância e aceitação somente quando se trata de abrir espaço para erros e vícios;  paremos de usar suas palavras mágicas como "diálogo", "solidariedade" e "liberdade" que ocultam o engano do adversário e escamoteiam a exploração, a tirania e a perseguição dos dissidentes.

 Nós somos cristãos, então vamos falar a língua de Cristo!  “Deixe seu 'Sim' significar 'Sim' e seu 'Não' signifique 'Não' '. Tudo mais é do Maligno” (Mt 5:37).  Estamos em guerra com um inimigo que quer mesmo decidir as armas com as quais somos capazes de resistir a ele.  Deixamos que ele penetrasse a ponto de profanar nossos altares, sacramentos e Santíssima Eucaristia!  As regras nos foram impostas para favorecer descaradamente o lado oposto.  Chegou a hora de nos recusarmos a aceitar essa invasão obscena e a maneira pela qual o inimigo impossibilita qualquer ação eficaz de nossa parte para expulsá-lo!

A primeira coisa a fazer é estar ciente de que estamos em guerra com o mundo, a carne e o diabo.  Nesta guerra, não podemos permanecer neutros, não podemos ignorá-la e muito menos podemos tomar partido do inimigo.  Nós nos encontramos na situação absurda em que nosso próprio comandante parece se recusar a nos guiar.  Parece até que ele flerta com nosso adversário, apontando um dedo para nós como inimigos da concórdia e fomentadores do cisma, enquanto nossos generais se aliam ao oponente e ordenam que suas tropas largem suas armas.  É evidente que, sem a ajuda de Deus, toda a esperança falha.  E, no entanto, devemos lutar, devemos estar prontos, devemos manter nossas lâmpadas acesas e nossos lombos cingidos, certos de que, juntamente com Cristo, já conquistamos.  Tudo o que podemos fazer - oração, especialmente o Santo Rosário, fidelidade aos deveres de nosso estado na vida, responsabilidade para com as pessoas confiadas a nossos cuidados, testemunho de fé e caridade, compromisso social - tudo isso deve ser realizado como  é possível para cada um de nós, de acordo com o que a Providência dispõe para cada um de nós.  Vamos nos deixar guiar pelo Senhor com total confiança e entenderemos o que é exigido de nós, dia após dia, momento a momento.

Juntamente com o “Pezzo Grosso”, retomo a bela Oratio Universalis [Oração Universal] de Clemente IX: Redde me prudentem in consiliis, constantem in periculis, Patientem in adversis, humilem in prosperis.  Torne-me prudente no planejamento, corajoso em perigo, paciente em adversidade, humilde em prosperidade. 

Discam a Te quam tenue quod terrenum, quam grande quod divinum, quam breve quod temporaneum, quam durabile quod aeternum.  Que eu possa aprender com você o quão frágeis são as coisas da terra, quão grandes são as coisas do céu, quão breve é ​​o que acontece aqui na terra e quão duradouro é o que está na eternidade.

 + Carlo Maria Viganò



7 comentários:

Anônimo disse...

Olá amigo,
Embora os momentos sejam difíceis, as palavras de Dom Vigano são um alento para a alma, e a certeza que as portas do inferno não prevalecerão.
Não vi nenhuma repercussão nos meios católicos brasileiros. Tem alguma notícia a respeito?
Abraço,
Gustavo.

Pedro Erik Carneiro disse...

Por vezes, eu acho que estou só, meu amigo Gustavo, na internet católica. Mas de vez em quando eu vejo o site Fratres in Unum reproduzir as palavras de Viganò, mesmo que com certo atraso.

No entanto, não conheço nenhum padre brasileiro se levantando publicamente junto de Viganò, NENHUM.

Rezemos. "É com nós", o clero silencia.

Abraço,
Pedro Erik

Rafael P. disse...

Gosto muito de acompanhar o Padre Neves, suas exortações e catequeses são muito boas. Em vários vídeos ele mostra a verdade, pautado nos Pilares (Sagrada Escritura / Magistério / Tradição) e tem um conhecimento muito profundo sobre vários santos:

https://www.youtube.com/channel/UCaEjewcqEZF0X7GkTa1xmEw/videos?view=0&sort=p&flow=grid

Anônimo disse...

Tem razão. O Fratres publica também, mas em primeira mão é o Thyself!
Agora quanto ao clero... não sei se é estratégia ou meio de vida.
Estratégia no sentido de evitarem serem silenciados, caso apoiem Vigano ou Athanasius, como é o caso de influentes sacerdotes católicos fiéis à Tradição. Que falta faz uma Santa Catarina de Sena!
Nosso Senhor já avisou que um reino dividido contra sim mesmo não poderá subsistir. Enquanto tudo o que Dom Vigano denunciou não for expurgado da Igreja, continuaremos à deriva. Mas no andar da carruagem, só por intervenção Divina (e das caprichadas!).
Se São Malaquias não acertou na profecia, ele passou raspando! rsrs
E por fim, concretizando-se a profecia de La Salette, quem nos confirmará na Fé?
Grande abraço amigo. Boa noite e que seu Anjo da Guarda te proteja!
Gustavo.

Pedro Erik Carneiro disse...

Amém, meu amigo. Que seu Anjo da Guarda lhe proteja também.

O meu anda ocupadissimo este ano.

Abraço

Isac disse...

OBEDEÇAMOS DEUS E NÃO AOS HOMENS, COMO FOLHAS AO VENTO!
Essa é tônica do séc XXI adiante, cada vez mais confuso e materializado - kd os padres, D Viganò o Revmo é uma andorinha, ele não faz verão, assim como nós, as pedras - que ventura - fazendo pelos galinha-mortas quase todos os sacerdotes e muitos poucos bispos que renegam falsas doutrinas, aquela de um cristianismo fácil, para todos, no estado em que se encontrarem, desnecessitando conversão!
Só mesmo co'o papa Francisco e adjuntos isso cola!

Isac disse...

Esqueci-me: uma sra disse-me que conversando com certo (ou certos) sacerdote, ele temia retaliações se falasse a verdades da fé destemidamente...