sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Victor Davis Hanson: O Fim da Europa


Tenho um amigo que me parece apresentar um ojeriza aos Estados Unidos, costuma me repetir que os Estados Unidos estão decadente. Eu respondo: well, yes, but what country isn't? (sim, mas qual país não está decadente atualmente?). Todos, incluindo, a China (que foi o motor do PIB global no início que começou por volta de 2002 e se estendeu até por volta de 2010), parecem muito decadente. Mesmo aqueles satélites chineses, que têm alto crescimento do PIB, são decadentes, pois são apenas satélites chineses. 

De forma, que talvez nunca se viu na história, hoje todos os países se mostram decadentes. Isso é bem perigoso, estimula guerras e conflitos.

Em todo caso, esse amigo me parece ser fã da cultura europeia, especialmente da França. Mas ele deveria ver que a Europa está decadente desde o início do século 20, e mesmo se recusa a ser diferente, pois estimula políticas que aprofundam cada vez essa decadência. Enquanto os Estados Unidos estão apresentando decadência acelerada bem mais recente, talvez se possa iniciar este processo no mínimo em 1971, quando Nixon abandonou a conversão do dólar em ouro. 

Lembrei deste meu amigo no vídeo acima do grande historiador militar Victor Davis Hanson sobre o fim da Europa (the demise of Europe) . Hanson se pergunta por que a Europa, que em conjunto tem um PIB maior do que o da China e é muito mais avançada tecnologicamente se autodestrói.

Eu costumo dizer que a Europa é "café com leite" na política internacional.  Não apita mais nada, os países realmente poderosos (Estados Unidos, China e Rússia) e também os não poderosos fazem de conta que ouvem a Europa. Os países, poderosos ou não, frequentam as reuniões e comissões europeias, comem nos coffee breaks desssas reuniões, assinam protocolos europeus, mas logo desprezam esses protocolos quando eles minimamente incomodam o que eles querem fazer. 

Hanson ressalta que a economia europeia está estagnante e a política de energia é suicida, pois tem  foco em geração de energia cara e ineficiente.

Militarmente, sem o apoio dos Estados Unidos, a Rússia poderia invadir militarmente os países europeus.

As principais políticas estimuladas pelos países europeus (aceitação da imigração em massa, desarmamento, distribuição da riqueza) falharam e continuarão falhando.

Com Obama, os Estados Unidos procurou com exaltação aplicar essas políticas europeias, que foram interrompidas com Trump, mas voltaram com força com Biden (que na verdade é Obama, pois Biden está senil). 

A Europa não quer defender a civilização ocidental e tudo que esta civilização representa, e os Estados Unidos, com um presidente senil, não consegue sustentar essa civilização sozinho.

A Europa é uma grande Califórnia, com população imigrante acima de 25% da população  e com enormes déficits fiscais e sociais e crises existenciais morais.

Hanson exalta a necessidade do soerguimento europeu. Disse que os conservadores europeus que ele conhece são muito articulados, muito bem formados (até melhor que os conservadores americanos) e corajosos. Certamente, ele está falando das pessoas conservadoras ou de partidos políticos muito recentes, pois os partidos políticos tradicionais europeus que se dizem conservadores  se parecem muito mais com a esquerda dos Estados Unidos do que com o Partido Republicano, de direita nos Estados Unidos.

Partidos de esquerda europeus, então, demonizam seu próprio povo, odeiam a cultura europeia.

Europa comete suicídio coletivo. Os Estados Unidos, com o Partido Democrata, procuram fazer o mesmo. 

Estamos em um mundo caótico e frágil, onde os velhos inimigos do Ocidente observam o suicídio do Ocidente. 


2 comentários:

Anônimo disse...

Pedro, desde a ascensão das repúblicas liberais a moral católica (que é mais elevada que qualquer outra) praticamente foi extirpada das nações católicas, e isso certamente até hoje tem consequências.

Todavia, nos EUA, apesar de ter trazido para dentro de suas terras as pessoas mais diabólicas (ex. Adorno, Hockheimer, e um exército desses intelectuais.) ainda têm muitos estados que conseguem resistir a aplicação prática de muitas ideologias nefastas.

Será que é porque nesses estados o povo ainda tem mais autonomia e assim consegue reduzir o poder do Estado? Ou será porque o conservadorismo foi ensinado nesses lugares de forma que as pessoas se tornavam conscientes do conceito? [parece que no caso do Brasil, os termos "direita" e "esquerda" e "conservador" caíram na boca do povo, ainda que de forma maluca e confusa, como fazem os bolsonaristas]

(Bom, as políticas destruidora dos loucos liberais só se realizam porque elas usam o Estado pra serem aplicadas.)

Pedro Erik Carneiro disse...

Acho que os EUA têm no seu nascedouro a exaltação a Deus, logo na Declaração da Independência. A revolução americana é pro Deus. Além disso os protestantes para se converter ao catolicismo procuram conhecer a doutrina católica e assim a respeitam.

Abraço