domingo, 15 de abril de 2018

Explosão em Base Iraniana na Síria


Foi divulgado hoje que houve uma explosão em uma base militar iraniana dentro da Síria. Isso mesmo, o Irã está presente militarmente na Síria. E também é sabido que a Rússia regularmente lançou ataques na Síria partindo do Irã, o que mostra a relação próxima entre Irã e Rússia.

Não se sabe o que causou a explosão na base militar iraniana. Mas o Hezbollah, grupo terrorista que também está na Síria, e é aliado de décadas do Irã, diz que foi um simples acidente. Outros dizem que foi uma ataque das forças de Israel.

O Estado Islâmico realmente está desmantelado, virtualmente derrotado, e moveu seus terroristas para diversos países, muitas vezes países europeus.

Para se analisar a guerra da Síria a  primeira coisa que deve-se fazer é identificar os atores envolvidos.

Temos:

- uma guerra que surgiu movida pela chamada Primavera Árabe, movimento revolucionário muçulmano, que foi estupidamente saudado como libertador por gente como Obama e Medvedev (que foi presidente da Rússia com apoio de Putin).

- Obama como um dos maiores culpados pela atual crise. Quando era presidente, ele  ameaçou a atacar a Síria caso usasse armas químicas, a Síria usou, e Obama recuou da ameaça, com receio de melindrar o Irã e a Rússia.

- um país em caos, a Síria, com um ditador (Bashar al-Assad), que é totalmente dependente do Irã e da Rússia.

- dois inimigos do  Ocidente: Ira e Rússia.

- um inimigo de todos, o Estado Islâmico.

- dois países que não querem ver os pés do Irã na Síria: Israel e Arábia Saudita.

- Estados Unidos e países europeus que reagem esporadicamente movidos por ações que enxergam como crime contra a humanidade.

O quadro é complexo.

Para se trazer uma paz duradoura, os países ocidentais deveriam ser capaz de afastar o Irã, a Rússia e o Estado Islâmico (além de outros grupos radicais muçulmanos) da Síria.

Praticamente impossível, uma vez que os países ocidentais são muito vacilantes em matéria de guerra.

Os ataques que Trump realizou recentemente são corretos dentro de uma perspectiva de alguém que tem um poder bélico muito superior, mas que quer evitar que o Estado Islâmico retome sua força na região ou que a Rússia ataque forças americanas fazendo com que os Estados Unidos entrem em  guerra aberta contra a Rússia, inclusive com uso de armas nucleares.

Em geral, se mostra que os líderes cristãos defendem o ditador Assad.

No mundo muçulmano, a norma é termos ditadores, alguns mais ou menos protegem a minoria cristã. É o caso de Assad.

Mas não se pode confiar em alguém cuja sobrevivência (não apenas política mas até física) depende do Irã e da Rússia.

Vejam texto do Jerusalem Post sobre a explosão na base iraniana, clicando aqui.




Um comentário:

Isac disse...

A Russia é um gigante com os pés de barro - só tem força física e a mente ideológica - portanto, dela pouco ou nada aproveitável, comunista fingindo-se cristã, embora cismática, via ator e papa Putin, um Lula mais ativo, perigoso por ser traiçoeiro e dissimulado.