Parece resposta bonita, mas é péssima.
Eu costumo brincar toda vez que alguém diz algo
como: "todo mundo faz", "todo mundo pensa assim",
"todos estão felizes", "todos estão tristes", "tudo
mundo é gente boa". Eu respondo assim: todo mundo é muita gente.
Fico ainda mais incomodado quando se coloca
palavras na boca de Deus dizendo que Deus "ama a todos", "ajuda
a todos", etc.
Não, não, novamente, todos é muita gente.
Na Bíblia, Cristo não usou "todos", usou
"muitos". Mateus 22:14: "muitos serão chamados e poucos serão
escolhidos" (em latim: "Multi enim sunt vocati, pauci vero
electi", em grego temos a palavra "πολλοὶ", que quer
dizer muitos). Cristo não disse "todos serão chamados".
Deus em toda a Bíblia é muito criterioso, ele
escolheu um único povo, um profeta deste povo por vez, um rei deste
povo por vez, apenas uma família para cuidar de seu filho, este escolheu apenas
12 apóstolos e escolheu apenas um deles para ser papa.
Mas lá vai Francisco a colocar palavras na
boca de Deus para justificar a sua declaração Fiducia Supplicans. Disse que
"Deus abençoa a todos". O que além de usar o nome de
Deus, despreza o valor da benção, pois se todo tem alguma coisa sem fazer nada,
essa coisa não vale nada, não tem valor.
Francisco ainda disse que os bispos da África não
aceitam o Fiducia Supplicans "por que a cultura não aceita",
desprezando a resposta dos próprios bispos e que não foram apenas os bispos
africanos que disseram NÃO a ele.
Um comentário:
Lá na matéria do National Catholic Registre lemos:
"Sometimes decisions are not accepted,” Pope Francis replied. “But in most cases, when you don’t accept a decision, it’s because you don’t understand.”
"“Às vezes as decisões não são aceitas”, respondeu o Papa Francisco. “Mas na maioria dos casos, quando você não aceita uma decisão, é porque não entende.”
Afirmar, dessa forma acusatória, dizendo "é porque não entende", só enfatiza que Francisco é autoritário e não quer reconhecer que o clero que o resiste só está seguindo aquilo que Cristo nos Textos Sagrados, a Doutrina e a Tradição determina.
Francisco não desiste; não reconhece; não aceita que ele, principalmente ele, não tem poder sobre a Igreja de Nosso Senhor.
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