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O site Al-Arabiya News noticia hoje que o parlamento egípcio, agora dominado por islamistas (como são chamados aqueles que procuram seguir o Islã de forma estrita), discute duas leis: a primeira permite que homens façam sexo com suas esposas mesmo após seis horas da morte delas e a segunda aprova o casamento com crianças, o que já é legal em muitos países islâmicos (como mostra a foto acima).
Associações de mulheres temem a aprovação das leis, argumentando que prejudicaria o desenvolvimento do país, pois as mulheres não teriam acesso ao emprego e à educação.
O projeto de lei que permite sexo com mortos se chama "Sexo de Despedida" (!).
A maioria das constituições dos países islâmicos são sujeitas à lei islâmica Sharia. A Sharia é baseada no Alcorão e no Hadith (tradição dos feitos e palavras de Maomé). Mas como nem o Hadith nem muito menos o Alcorão conseguem responder a todos os assunto legais, a Sharia é matéria de interpretação e jurisprudência (chamada de fiqh). Vários líderes religiosos tentam interpretar a Sharia e assim estabelecer leis.
A idéia de que o Islã permite o casamento com mortos veio de um líder religioso, interpretando os textos sagrados do Islã.
No caso do casamento com crianças, o Alcorão e o Hadith são bem claros no momento em que o próprio Maomé casou-se com uma criança de seis anos, consumando o casamento quando ela tinha nove anos.Na semana passada, o Irã alegou que o fato de um diplomata no Brasil estar acariciando crianças na piscina de um clube de Brasília era apenas um problema cultural. Não é bem cultural, é religioso mesmo.
Então, entendo a argumentação das associações de mulheres baseada no desenvolvimento do país, e não atacando a Sharia (há medo de retaliação), mas a Sharia vai continuar por aí justificando o casamento com crianças. Não há nada no texto do Al-Arabiya dizendo que as mulheres condenam o sexo entre um vivo e um morto.
(Agradeço a indicação do artigo do Al-Arabiya ao site Jihad Watch. O jornal inglês Daily Mail também fala das leis egípcias hoje)
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