terça-feira, 24 de abril de 2012

Maomé existiu? (Parte 2)

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Eu já falei aqui do livro de Robert Spencer (capa acima) no qual ele discutiu se Maomé existiu. Falo novamente do assunto porque Spencer deu uma entrevista interessante sobre o assunto.  Além disso, recentemente, eu discuti com um "ex-seminarista" sobre os fatos que atestam a existência de Cristo. Spencer compara estes fatos com a existência de Maomé.

Vejam abaixo o vídeo da entrevista de Spencer, não vou traduzir toda entrevista, pois são 14 minutos, vou apenas resumir os principais pontos que ele disse:

1) Maomé existiu? Spencer responde que provavelmente sim, mas ele foi um tipo de Robin Hood, um pessoa foi transformada em lenda, inventaram os fatos sobre ele.

2) Por que ele pensa que Maomé pode não ter existido? Spencer argumenta que Maomé não é citado nem pelos conquitadores árabes nem pelos conquistados no século 7. Não há nenhuma menção a Maomé ou ao Corão, até 60 anos após a morte de Maomé. Ontem, Spencer escreveu um texto dizendo que o bispo de Jerusalém (São Sophronius), quando a cidade foi conquistada pelo segundo califa (Umar), mais ou menos 15 anos após a morte de Moemé, não cita nenhuma vez Maomé ou muçulmanos quando escreve sobre a conquista. Muçulmanos só escrevem sobre o assunto depois de quase dois séculos (923 dC).

3) Por que ninguém discute mais a existência de Cristo? Como eu mesmo escrevi quando discuti com o "ex-seminarista" (Deonísio da Silva), Spencer lembra que logo na década de morte de Cristo há várias menções sobre as obras e a morte de Cristo, por isso nenhum ateu que tenha lido minimante discute isto, ao contrário do "ex-seminarista".

4) Qual a diferença entre a violência islâmica e a violência que se vê no Velho Testamento? Spencer diz que Deus, no Velho Testamento, manda avançar militarmente sobre um cidade, mas em em nenhuma parte da Bíblia se diz que cada fiel deve seguir o exemplo daqueles que destruíram as cidades inimigas e atacar todos os que não compartilham da mesma religião. Isto é, o Deus judeu-cristão não manda cada fiel replicar o arto de guerra executado em um período específico da história. No Corão, ao contrário, cada muçulmano deve replicar os atos de Maomé de guerra e conquista e de matar os infiéis.

5) O que ele tem a dizer daquele que sçao muçulmanos moderados que não andam por aí defendendo a guerra contra o ocidente?  Spencer observa que os moderados na verdade não seguem o que está escrito no Corão, eles são seres humanos normais que não se apegam muito aos preceitos da sua religião.



Complemento sugerindo um livro para aqueles que querem ler algo sobre a violência praticada no Velho Testamento. O livro se chama "Is God a Moral Monster?: Making Sense of the Old Testament God" de Paul Copan.

Para uma ótima análiise do livro de Spencer que inclui muitas informações, leiam o texto do escritor Bruce Thornton.

Spencer ainda escreveu um texto no site American Thinker se perguntando: Se Maomé não existiu, por que ele foi inventado? Respondeu dizendo:

Todo império da época tinha uma religião cívica. O Império Romano do Oriente (bizantino) era cristão. Seu rival Pérsia, entretanto, era zoroastra. O Império Árabe rapidamente controlado, precisava unificar enormes extensões de território, onde diferentes religiões predominavam. O império foi crescendo rapidamente, logo rivalizando com os impérios bizantino e persa em tamanho e poder. Mas no início, não tinha uma teologia política convincente para competir com as que suplantou e, para solidificar suas conquistas. Ele precisava de uma religião comum - uma teologia política que fornecem a base para a unidade do império e lealdade seguro para o Estado.


(Agradeço o vídeo da entrevista ao site Notes on the Culture Wars  e o texto de Bruce Thornton ao site Jihad Watch)

2 comentários:

MM disse...

Eu entendi que vc apenas transcreveu a entrevista mas sobre a existência de cristo claro que isso é questionado sim! Há mais de 100 anos, ou desde o inicio do Iluminismo, essa questão está levantada. Historiadores e arqueólogos consideram Jesus uma mitologia. Exemplo: "A partir de 1840, BRUNO Bauer iniciou uma série de trabalhos nos quais defendia a tese de que Jesus foi um mito estabelecido no século II, a partir da fusão de elementos das teologias judaica, grega e romana.[2)" Para quem gosta de mitologia e história vai descobrir que por exemplo o Mitraísmo deu a base para a existência do cristianismo no Império Romano.

Pedro Erik Carneiro disse...

Cara Maria Mirtilene,

A idéia de que Cristo não existiu é uma bobagem. Cristo foi citado não só pelos evangelhistas como por estudiosos da época (Josefus e Tacitus). Nenhum estudioso sério hoje em dia discute mais isso.

Mesmo porque pense: "por que inumeras pessoas se deixariam ser martirizadas (coomo todos os apóstolos, à exceção de São João) se Cristo não existiu? Por que São Paulo que era contemporâneo de Cristo, foi inimigo dos cristãos e ajudou a matar São Estevão se converteria? Ele não ganhou nada com isso, muito pelo contrário, passou a vida fugindo até ser morto decapitado.

Para negar Cristo, você teria que negar todos eles.

Grande abraço,
Pedro Erik