segunda-feira, 23 de março de 2015

Papa Condena os de "Mentalidade de Doutor da Lei". Quem são estes "Doutores da Lei"?


Disse no Papa Francisco no última dia 17:

"A man - a woman – who feels sick in the soul, sad, who made many mistakes in life, at a certain time feels that the waters are moving -  the Holy Spirit is moving something - or they hear a word or ... 'Ah, I want to go!' ... And they gather up their courage and go.  And how many times in Christian communities today will they find closed doors!  'But you cannot, no, you cannot. You have sinned and you cannot. If you want to come, come to Mass on Sunday, but that’s it – that’s all you can do.’ So, what the Holy Spirit creates in the hearts of people, those Christians with their ‘doctors of the law’ mentality, destroy."

Traduzo:

"Um homem, uma mulher que se sente doente da alma, que fez erros na vida, e em certo momento sente que as águas estão se mexendo, o Espíriro Santo está agindo em algo, e eles ouvem um palavra "Ah, eu tenho que ir!...E eles conseguem coragem e vão. E quantas vezes nas comunidades cristãs de hoje em dia nós encontramos as portas fechadas! "Mas você não pode, não, você não pode. Voce pecou e você não pode. Se você  quer vir, venha para Missa, mas é isso - é o máximo que você pode fazer". Então, o que o Espírito Santo cria no coração das pessoas, aqueles cristãos com mentalidade de "doutores da lei" destroem."

Sem fazer qualquer análise de valor teológico da homilia do Papa, a fala dele é cheia de anacolutos, mas dá para entender. Eu, analisando apenas a lógica da argumentação, diria que ele quer dar mais do que a permissão à Missa a todos que "ouvem a voz do Espírito Santo."

A lógica exigira a definição de "voz do Espírito Santo", mas isto não caberia em um livro, quanto mais em um post de blog. Então ficamos com o debate sobre o que seria dado além da Sagrada Missa. O mais sagrado da Missa, é a comunhão, é a Eucaristia, que é o próprio sentido da Missa. A Igreja, em seus dois mil anos de história, possui prerrogativas Para que se possa receber o Corpo de Cristo, pela simples razão, que é o que há mais de Sagrado. Uma delas é que você é não esteja ainda sob algum pecado grave.

Analisando em termos do momento da Igreja, ao que parece o Papa gostaria que os divorciados que casaram novamente, e os que estão em relacionamento homossexuais pudesse receber a Eucaristia.

O problema,  segundo o Papa Francisco, seriam os "cristãos com mentalidade de doutores da lei", que não permitem que isso aconteça.

Será que ele está criticando os doutores da lei, como Cristo criticou os fariseus? 

Não me parece, pois Cristo criticou o comportamento dos fariseus e não a lei que eles defendiam!

Mas quem são estes cristãos "doutores da lei"?

Christopher Ferrara lembra de dois "cristãos com mentalidade de doutores da lei" que condenam a comunhão para divorciados que se casaram e casais homossexuais: 

- Papa João Paulo II e 

- Papa Bento XVI.

Bom, João Paulo II e Bento XVI contam com apoio da Bíblia e da Tradição e do Magistério da Igreja, além dos outros papas, com mentalidade de doutores da lei, que vieram antes deles.

Christopher Ferrara disse isso em um vídeo muito bom da Remnant TV.

Uma parte interessante do vídeo também, é quando Michael Matt lembra da presença das freiras em todos os momentos da vida no passado recente e fala com saudade desse tempo. Outra parte é quando Matt se pergunta por que o Papa Francisco ri tanto em tempos tão difíceis para Igreja, com tantas perseguições a cristãos no mundo. 

Vejam vídeo abaixo:





(Agradeço a indicação do vídeo ao site Vox Cantoris)

Um comentário:

Anônimo disse...

Se alguém objeta uma pessoa na Igreja para desempenhar determinadas funções por ter pecado é uma coisa; de fato, seria juiz, já que também é pecador e tem erros.
Distinga-se no entanto, alguém que continue a pecar e em matéria grave, como acesso à S Comunhão aos divorciados com vínculos anteriores e homossexuais em prática sodomita.
Suponho que as intenções do papa Francisco sejam na direção de não os rejeitar, mas aconselhá-los, porém, não os colocar como ministros de algo.
Aliás, seria estranho, pois imagine nos dois casos serem catequistas e participarem da comunidade passando-se como assumidos da fé; seria incoerencia, maus exemplos e até induzindo incautos a segui-los.
Henoc