São Tomás de Aquino, o "Doutor Angélico", certa vez, diante de um crucifixo em Nápoles, ouviu estas palavras de Jesus: “Bem tem você escrito sobre Mim, Tomás, o que devo te dar em recompensa?" São Tomás respondeu: “Nada senão a Ti mesmo, meu Senhor". Em latim, São Tomás disse: Nil, Nisi Te, Domine. Em inglês: Naught save Thyself, O Lord.
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Mesquita no Ground Zero e João Paulo II
O ataque às torres gêmeas do World Trade Center, no dia 11 de setembro de 2001, em Nova York, foi realizado por extremistas islâmicos. Grupos terroristas ao redor do mundo são em boa parte formados por estes extremistas. Há, no entanto, um anseio por parte dos muçulmanos de se afastar destes membros de sua religião, para mostrar que o Islã não é feito de terroristas.
O local do World Trade Center, depois da queda das torres, é conhecido como Ground Zero. E há planos para construir várias homenagens aos mortos daquele ataque no local.
Mas hoje, a grande discussão em Nova York é a construção de uma mesquita islâmica há duas quadras do Ground Zero. Parentes das vítimas não querem nem ouvir falar no assunto e os muçulmanos tentam justificar, dizendo que o local prestará uma homenagem às vítimas. Em alguns dias, a cidade de Nova York vai decidir sobre o caso.
O melhor texto que li sobre o assunto foi o de William McGurn, publicado hoje no Wall Street Journal. Ele lembra um caso mais ou menso semelhante que foi resolvido por João Paulo II.
Na década de 80, as freiras carmelitas adquiriram um prédio abandonado próximo a Auschwitz para rezar para as almas que sofreram naquele campo de extermínio. Os judeus reagiram, dizendo que Auschiwitz era um simbolo da Shoah e que estavam tentando cristianizar o local. Os políticos poloneses também reagiram, pois vários membros da resistência tinham sido mortos lá. As freiras se mostravam irredutíveis, dizendo que queriam apenas orar pelas vítimas. João Paulo II ouviu a todos e simplesmente pediu que as freiras fossem para outro convento.
McGurn, brilhantemente, finaliza dizendo que o papa reconheceu que ter legalmente o direito de fazer alguma coisa não significa que é certo fazer essa coisa. Em inglês, a frase de McGurn fica até mais bonita, porque se usa a palavra right tanto para direito legal como para certo:
"What [Pope John Paul II] did was recognize that having the right to do something doesn't mean it's the right thing to do".
Quem desejar ler o texto de McGurn, acesse:
http://online.wsj.com/article/SB10001424052748704271804575405330350430368.html?mod=WSJ_Opinion_carousel_3
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