sábado, 7 de agosto de 2010

O Rapazinho de Hiroshima


Hoje faz 65 anos que os Estados Unidos jogaram a primeira bomba nuclear contra um país. A bomba, na foto acima que tirei no Imperial War Museum de Londres, tinha o codinome de Little Boy (rapazinho) e foi jogada por Paul W. Tibbets Jr, piloto do avião Enola Gay. Li em um livro de John Keegan (Great Military Writings) que a escolha de Hiroshima foi por acaso, os pilotos procuravam uma cidade que pudessem visualizar melhor entre as nuvens.

Três dias depois, o Fat Man (homem gordo), bomba nuclear de plutônio, foi jogado sobre Nagasaki.

A Segunda Guerra Mundial já tinha acabado na Europa em maio, e o Japão resistia na Ásia, tendo, inclusive, rejeitado a Declaração de Potsdam de julho de 45, que pedia a sua rendição.  A Segunda Guerra na Europa já tinha provocado quase 500 mil baixas entre os americanos.

Warren Kozak, no Wall Street Journal de hoje, nos diz que 120 mil pessoas morreram instantaneamente com as bombas nucleares. Mas, na época, o presidente Harry Truman teve de decidir entre jogar as bombas ou invadir o país militarmente. Seus conselheiros consideravam que uma invasão resultaria em um milhão de baixas entre os americanos e de, pelo menos, dois milhões de mortes japonesas. Kozak então afirma que em um estranho cálculo de guerra, as bombas nucleares salvaram vidas (!).

Isto pode soar absurdo e diabólico, mas o Japão demonstrou muitas vezes que não iria se render. O país vinha sofrendo muitos ataques com muitas baixas e não se entregava. E não havia muito apreço pelos japoneses em lugar nenhum do mundo, especialmente na Ásia. Durante a Segunda Guerra, estima-se que 17 milhões de asiáticos morreram nas mãos de japoneses.

O Japão só se rendeu depois de 6 dias da segunda bomba, no dia 15 de agosto.

Graças a Deus, depois das mortes de Hiroshima e Nagasaki, o ser humano nunca mais foi tão sórdido a ponto de usar uma bomba nuclear de novo. Mas a vigilância deve ser constante. Alô, Irã!!

Nenhum comentário: