Os líderes políticos e religiosos (como o Papa Francisco) do mundo cristão chamam o Estado Islâmico de extremistas, fundamentalistas e no máximo de terroristas. Evita chamar o Estado Islâmico de Islâmico. Por que?
A Universidade Al-Azhar é a mais antiga e
mais importante universidade islâmica do mundo. Suas
opiniões têm força política internacional sobre os muçulmanos. Por exemplo,
quando o Papa Bento XVI discutiu fé e religião no Discurso de Regensburgo,
argumentando sobre as fragilidades dos preceitos do Islã, a Universidade cortou
relações com o Vaticano, que depois foram reatadas, depois que o Papa Bento XVI
disse que foi um mal-entendido, pedindo desculpas. A Universidade age como um
líder islâmico sunita mundial, em uma religião cheia de diversos líderes
religiosos.
Recentemente, a universidade discutiu se o
Estado Islâmico era ou não representante do Islã, se os membros do Estado
Islâmico eram ou não infiéis. Muitos políticos ocidentais e até a Igreja Católica
deseja que o Estado Islâmicos seja declarado anti-islâmico, um não
representante da religião muçulmana. Apesar do Estado Islâmico sempre mencionar
o Alcorão e os feitos de Maomé nas suas decisões.
E o que disse a Al-Azhar? Ora, que o Estado
Islâmico não é infiel, faz parte sim da religião muçulmana.
Será que isto irá silenciar os políticos e líderes religiosos cristãos que insistem na estupidez de dizer que o Estado Islâmico não é Islâmico?
Ayman Ibrahim falou muito bem sobre esta
decisão da Al-Azhar e gostaria de perguntar a Al-Azhar se os cristãos seriam
infiéis, em relação ao Islã.
Os cristãos, assim como os judeus, são o
“Povo do Livro”, Noé, Abraão, Moisés e Jesus também são profetas do Islã
(apesar de serem descritos de forma bem diferente no Alcorão). Mas o Alcorão
também os define como infiéis e manda persegui-los.
Se a Universidade AL-Azhar declarar que os
cristãos são infiéis irá acelerar o genocídio dos cristãos no mundo muçulmano. Se declarar que não são fiéis talvez ajude aos cristãos, mas irá de encontro a passagens do Alcorão.
O que fazer? Ora, silenciar.
Leiam o excelente de Ibrahim no site da First Things.
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