A Academia Real de Ciências inglesa, fundada em 1660, que já teve entre seus membros Isaac Newton, Roberto Boyle e Ernest Rutherford, resolveu alterar sua posição sobre mudança climática.
Antes, o ex-presidente da instituição, Lord May, tinha feito uma declaração pouca científica quando disse que o debate sobre mudança climática tinha acabado (“the debate on climate change is over.”), tomando uma posição que defende que o homem tem forte efeito sobre o clima (efeito antropogênico sobre o clima - AGW).
Apesar de negar que tenha fechado a questão para o AGW, a verdade é que a Royal Society sempre foi um forte bastião de apoio para as teses do AGW e sempre serviu de ataque aos céticos. Enquanto os céticos respondiam que desde a década de 90 a Academia havia se politizado. Argumenta-se que essa revisão é fruto da pressão de 43 membros que pediram em janeiro passado que um panfleto escrito em 2007, publicado no website da Academia, fosse reescrito.
Agora, a Royal Society decidiu rever suas posições, e afirma que seus comunicados anteriores não deixam muito claro entre o que é geralmente aceito e o que é entendido. A Academia estabeleceu um painel, que incluirá um grupo de membros que discordam dos riscos do aumento do nível do CO2.
Não se espera um resultado totalmente cético, mas o movimento da Royal Society é um grande indicativo das alterações no mundo científico. As teorias da mudança climática não terão mais o endosso cego da Academia.
Dois meses atrás o Museu de Ciência de Londres também teve uma pequena reação na mesma direção: alterou o nome de uma galeria de Climate Change Gallery para Climate Science Gallery. Além disso, o ceticismo já tomou conta da maioria do público tanto nos Estados Unidos, como na Inglaterra, especialmente. Na atual conjuntura de crise econômica, a população não quer ver recursos públicos alocados em investimentos de alto risco.
Para mais informação:
http://royalsociety.org/Royal-Society-to-publish-new-guide-to-the-science-of-climate-change/
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