O colunista Nile Gardiner do The Telgraph, jornal inglês, aponta hoje 10 razões para explicar a extrema queda de popularidade do governo Obama.
Alguém poderia argumentar logo de cara perguntando quem é esse Nile Gardiner para escrever sobre Obama e dizendo que não se deve confiar em jornal inglês. Eu diria que ontem mesmo vi na TV americana que os próprios americanos estão cada vez mais lendo jornais estrangeiros, porque não confiam na imprensa nativa. Ela estaria muito tendenciosa. Além disso, Nile Gardiner é um importange colunista de um prestigiado jornal britânico.
Por sinal, a maioria das notícias na imprensa americana continua favorável ao Obama, mas a popularidade continua caindo. Os americanos não estão confiando em seus jornais e se informam de outro jeito (livros, jornais estrangeiros, programs de rádio e TV);
Bom, vamos às 10 razões de Gardiner. Eu as comento usando parênteses e depois faço um comentário geral, quando acrescento três:
1) A administração Obama se mantém distante do eleitorado (eu já comentei isso, aqui. Obama parece não ser político, segue sua ideologia sem observar o fracassso de público. Parece um rei francês pré revolução francesa);
2) A maioria dos americanos não confia na liderança de Obama (acho que esta razão é decorrente de outras citadas mais adiante);
3) Obama falha em inspirar o eleitorado (um desastre para quem se elegeu fortemente baseado no marketing político);
4) Os Estados Unidos está se afundando em dívida (isso é decorrente das razões 5 e 6);
5) A política de Obama de aumentar a participação do estado na economia é um fracasso (para mim, este é o grande erro administrativo de Obama. Ele confia em pacotes de estímulos governamentais para criar empregos e despreza o mercado privado);
6) O apoio de Obama a um sistema de saúde público socializado foi um grande erro (atualmente é o fator que mais prejudica a avaliação do governo, pois as companhias de seguro já estão elevando os prêmios cobrados, antecipando o custo das medidas do governo);
7) O Obama falhou em mostrar liderança durante o vazamento de óleo no Golfo do México (Obama só se ateve ao problema duas semanas depois);
8) A política externa de Obama é uma bagunça (para mim, os conceitos que o própro Obama usa são a explicação da bagunça);
9) Obama é desorganizado e confuso em segurança nacional.
10 ) Obama não acredita na grandeza dos Estados Unidos (para mim, essa é fonte de todos os males)
Gardiner conclui dizendo que o presidente mais esquerdista da história dos Estados Unidos tem praticado uma política intervencionista na economia que atinge os príncípios da livre iniciativa e da liberdade individual, na nação mais livre do mundo. Isso enfraquece os Estados Unidos domesticamente e externamente e traz imenso perigo para o mundo.
Quem me conhece sabe que desde a campanha eu digo que Obama é o maior risco e, quando eleito, o maior desastre político dos Estados Unidos. Eu o considero o maior erro dos eleitores americanos em todos os tempos e isso é uma grande ameaça à segurança mundial. Os eleitores elegeram um líder que não gosta dos Estados Unidos.
Por isso, das 10 razões, eu colocaria a última em primeiro lugar. Mas eu adicionaria três outras:
*) O povo americano estuda e analisa cada iniciativa do seus políticos e reage prontamente;
**) O povo americano valoriza princípios cristãos, por isso reage se o presidente atinge valores que atentam contra o cristianismo, como ser a favor do aborto ou de casamento entre homossexuais;
***) Nos Estados Unidos, a oposição é forte contra qualquer governo. Isto é, lá eles valorizam a opinião contrária. Vejam o que comentei nos post chamado Espírito Cívico.
A guerra está perdida para Obama? Não, mas ele vai ter de rever muito a sua administração para conseguir se reeleger em 2012.
2 comentários:
Disseram coisas muito pior sobre Bush com o mesmo tempo no comando do País e ele foi reeleito. Portanto o que se diz na mídia nunca se reflete nas eleições. Boa parte dos eleitores lá é parecida com com os de cá, não ligam muito para o que jornalistas dizem. Portanto é esperar pra ver .
Caro Cristiano,
Não concordo com você não. Pois:
1) Os eleitores americanos lêem (a maioria dos brasileiros não passa da página de esportes ou policial dos jornais).
2) O Bush não foi reeleito com baixa popularidade. Ele só teve baixa (muito baixa) popularidade no fim do mandato.
Mas concordo que disseram coisas muito pior sobre o Bush. No entanto, esse argumento reforça meu texto.
O Obama ainda é protegido pela imprensa americana, mas não tem adiantado.
Abraço,
Pedro Erik
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