A analista de segurança internacional Claudia Rossett deu um interessante entrevista sobre a capacidade do Irã em construir bomba nuclear, frente às sançoes econômicas que o mundo faz para evitar que o Irã tenha poderio nuclear. A entrevista é interessante neste momento, pois o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, acaba de oferecer mais uma vez a chance de negociar com Irã, mesmo depois do fracasso de diversas negociações desde o governo Bush.
A entrevista de Rossett foi dada ao Wall Street Journal. Geralmente, o jornal não permite acesso a quem não é assinante, vou aqui falar dos pontos pincipais da entrevista.
Na entrevista, Rossett deixa claro que as sançoes têm funcionado para destruir o Irã economicamente, mas não têm sido eficientes em conter o processo de construção de uma bomba nuclear no País. A oferta do vice-presidente apenas dar o que o Irã mais quer: tempo.
Rossett lembra que um grande problema de se aplicar sanções é que a dinâmica delas trabalha contra, isto é, o país que sofre as sanções acaba encontrando meios de burlá-las e viver com elas.
A entrevista remete a um texto de Rosett escrito na semana passada que foi publicado por vários sites. O texto dela se chama A Tale of Iran, Syria, and a Buse Oil Tanker. No texto, Rossett fala do relacionamento Irã e Síria, em que vários cargueiros de petróleo de bandeira iraniana costumam parar na Síria. Ela argumenta que enquanto a Gurada Revolucionária iraniana ajuda o governo sírio na lutra contra os rebeldes, o Irã também ajuda na venda de petróleo da Síria, outro país que vive sob sanções. Os navios iranianos fazem manobras para evitar as sançoes, como mudar de nome e de nacionalidade.
Além disso, as sançoes da ONU só funcionam se todos os países colaborarem. A Síria deveria notificar o navio iraniano, e o Egito não deveria ter permitido a passagem do cargueiro iraniano.
Qualquer um que analise a importância das sanções deveria olhar os argumentos de Rossett.
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