quinta-feira, 29 de maio de 2014

"Papa Francisco é Inimigo dos Judeus".


Hoje em dia o mundo analisa as coisas apenas vendo fotos. A viagem do Papa Francisco a Israel foi considerada um sucesso, por este método de análise, as fotos do Papa por lá só mostram ele abraçando todo mundo.

Para quem presta atenção aos discursos, a história é bem diferente.

O jornal israelense Jerusalem Post observou os discursos e comportamento do Papa durante a viagem, e concluiu que o Papa Francisco é inimigo de Israel. Você pode até discordar do jornal, mas deve levá-lo em consideração, a argumentação do jornal é convincente.

Vou colocar os principais pontos, leiam o texto do jornal clicando aqui.

O título do artigo é "Papa Francisco: Visita Hostil".

1) O texto começa dizendo que o Papa Bento XVI é visto em Israel como amigo do povo judeu, pois entendia que o Islã rejeita a razão humana e o direito individual. O Papa João Paulo II também era visto com bons olhos em Israel pela sua luta contra o comunismo.

2) Para o jornal, no entanto, a idade de ouro das relações judaico-católicas parece ter acabado com a ascensão do Papa Francisco;

3) Um exemplo disso interessante e revelador que menciona o jornal é quando o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que Jesus falava hebraico. O Papa Francisco reagiu imediatamente dizendo que Jesus falava aramaico. Daí, Netanyahu retrucou: "Ele falava aramaico, mas sabia hebraico". O jornal explica que na época de Cristo as pessoas educadas falavam aramaico, mas o povo falava hebraico, como Jesus falou ao povo, falava também hebraico. Na verdade, é uma discussão boba, pois Jesus era judeu e defendia a Torá. Em todo caso, Netanyahu está certo.

4) O jornal lembra que muitos muçulmanos dizem que Jesus era palestino. O que é uma bobagem e mentira.

5) O jornal continua dizendo que este pequeno incidente sobre hebraico teria passado em branco se não fossem outras ações mais sérias do Papa Francisco em favor dos palestinos:

               a) Papa Francisco resolveu descer do carro e rezar em frente ao muro que Israel costruiu para proteger a população de ataques suicidas. O jornal lembra quantos morreram nestes ataques, inclusive judeus, que vieram da Argentina, terra do Papa. E lembrou que quando mataram estes judeus argentinos, o presidente palestino Mahmoud Abbas elogiou os terroristas e disse que as ações terroristas iriam continuar matando inclusive crianças judias. O jornal considera esta atitude do Papa como hostilidade extrema contra Israel. No muro que o Papa Francisco parou, estava escrito uma comparação dos palestinos em Belém com o gueto judeu de Varsóvia durante a Segunda Guerra. Será que o Papa não viu a provocação escrita no muro? Ou será que foi a provocação no muro que o fez parar para rezar em apoio ao que dizia aquelas palavras?

           b) O jornal lembra que o Papa Francisco se encontrou com Mahmoud Abbas no palácio presidencial de Belém. Este palácio, antes da transferência de controle da cidade para os palestinos, era um mosteiro cristão grego ortodoxo. Arafat transformou o mosteiro em seu palácio. O Papa Francisco chamou Mahmoud Abbas (aquele que diz que continuaria matando crianças judias) de "homem de paz". E disse que Abbas lidera o "Estado da Palestina", quando muitos países não reconhecem a existência de um Estado Palestino. Abbas, em seu discurso, pediu a libertação de todos os terroristas palestinos. O Papa Francisco nada disse, não reagiu, como reagiu a Netanyahu.

         c) Na missa na Igreja da Natividade, no domingo , o Papa rezou com o Patriarca Latino Fuoad Twal. Em seu sermão Twal acusou os israelenses de ser a versão atual de assassinos de Cristo, referindo-se aos palestinos como caminhar "crianças divinas". Ao contrário do que fez com Netanyahu, o Papa Francisco não retrucou o Patriarca.

        d) Durante a sua visita a Jerusalém, Francisco abraçou o mufti palestino de Jerusalém, Sheikh Muhammed Hussein. Falamos aqui no blog deste líder religioso muçulmano. O jornal lembra que Hussein defende o direito dos muçulmanos em matar judeus, que seriam sub-humanos para ele. Hussein é condenado tanto nos Estados Unidos como na Europa pelo seus apelos para aniquilação de judeus. O Papa Francisco silenciou.

       e) O jornal reconhece que o Papa Francisco falou contra os ataques recentes a judeus em Bruxelas e Paris e disse coisas apropriadas quando visitou o Muro das Lamentações e o memorial das vítimas do Holocausto. Mas, para o jornal, estas declarações ficam vazias quando se observam as ações dele.

      f) O jornal conclui que israelenses e judeus de todo mundo devem estar cientes que o Papa Francisco está levando a Igreja Católica para o caminho anti-judeu.

Vale muito a pena ler o texto, para ter uma visão mais clara do que foi a visita do Papa Francisco a Terra Santa. Que o mundo pare de analisar coisas por fotos.


(Agradeço o texto do Jerusalem Post ao site PewSitter)

2 comentários:

Unknown disse...

Interessante, o que a ser verdade apenas me dá mais um grande motivo para não gostar deste Papa.

Umas considerações:

1. Jesus falava aramaico ou hebraico? Falava tudo, inclusivamente grego e latim. Afinal de contas Ele é Deus encarnado, logo não há nenhuma língua que Ele não soubesse falar.

2. Jesus era palestiniano? Ele nasceu na Palestina, mas na altura Palestina era, e devia continuar sempre a ser, parte de Israel. Com efeito, um palestiniano era como um nazareno ou uma pessoa de Jerusalém: é uma pessoa de Israel.

Abraço.

Anônimo disse...

Tão deixando a gente sonhar