Uma pesquisa entre 25 economistas renomados que trabalham na City londrina feita pelo jornal The Telegraph revelou que doze acham que o Euro acabará em 5 anos, oito disseram que o Euro resistiria à crise e cinco estavam indecisos. Dos oito que previram a permanência do Euro, dois disseram que isso aconteceria com o custo de ver pelo menos um dos países membros em default de sua dívida pública. Quatro economistas disseram que, apesar da Grécia estar entre os que poderão deixar a zona do Euro, o país mais provável para abandonar o uso do Euro é a Alemanha. Outros dizem que três ou quatro países podem deixar de usar o Euro.
Um problema que aponta no horizonte é a capacidade dos governos e dos bancos de se refinanciarem. A dívida dos dezesseis países da Zona do Euro deve alcançar 88,5% do PIB em 2011 (aproximadamente 8,3 trilhões de euros).
Os países pegaram empréstimos da ordem de 800 bilhões de euros em 2009. Parte desses recursos foi para socorrer o sistema bancário, em uma roda viva em que os bancos compram dívida soberana para depois receber ajudar dos governos.
Os bancos europeus podem enfrentar uma crise de crédito enquanto competem com os governos por recursos. O Banco Central Europeu (BCE) disse na semana passada que os bancos devem refinanciar aproximadamente 800 bilhões de euros em dívidas até o fim de 2012 e que eles estarão competindo com os governos no mercado de títulos pelos recursos. Atualmente, o BCE refinancia os bancos, comprando os títulos públicos de suas tesourarias, mas deseja parar de refinanciá-los. As crises de dívida na Grécia, Portugal e Espanha, no entanto, adiaram os planos do Banco.
O Euro sob forte pressão tem maior impacto sobre aqueles governos que têm capacidade de defender a moeda. Os contribuintes desses países devem acreditar na importância da moeda. Angela Merkel na Alemanha sabe que não é esse o caso. Na França também há forte desconfiança em relação à moeda. O presidente da República Tcheca, Václav Klaus, é um respeitado economista. Ele escreveu um artigo para o Wall Street Journal na semana passada e disse que o Euro falhou em prover estabilidade e crescimento para os países que adotaram a moeda, e que o país dele fez a coisa certa em não aderir à zona do Euro.
No post que tem título "Europa e David Landes", em maio, falamos da importância da fragmentação entre cidades-estados para a formação da civilização européia. A fragmentação foi importante tanto para o desenvolvimento como para a defesa desta civilização. A zona do Euro vai na direção contrária e os países podem se convencer que estão indo na direção errada.
Um comentário:
iaaaaaaaaaaae paaai ;)) beeeleza? aiehaihaei - Tiago filho (
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