No dia 30 de janeiro de 1972, um pelotão de pára-quedistas inglês matou 13 pessoas, sendo 7 jovens, que estavam em uma passeata da Northern Ireland Civil Rights Association (movimento pelos direitos dos católicos na Irlanda do Norte), na cidade de Londonderry, na Irlanda. Vinte e sete pessoas ficaram feridas. Uma décima-quarta pessoa morreu devido aos ferimentos quatro meses depois.
O massacre ficou conhecido como Domingo Sangrento (Bloody Sunday) e estimulou muito o recrutamento de voluntários para do Exército Republicano Irlandês (IRA). Mas até hoje o caso não foi resolvido na justiça.
Essa semana, no entanto, será apresentado o Inquérito Saville sobre o que ocorreu naquele dia. Esse inquérito substituirá um relatório que foi feito logo em seguida ao massacre, Relatório Widgery. Este relatório livrou o exército inglês das acusações, alegando que os manifestantes estavam armados. O que não foi comprovado pelos fatos. O Saville deve recomendar que os que atiraram nos manifestantes sejam processados, mas não é esperado que eles sejam presos. A Inglaterra libertou muitos dos membros do IRA, por isso a prisão de oficiais do exército inglês, que têm hoje por volta de 60 anos, não é defendida nem pelos parentes das vítimas. Os membros do exército acham que seria uma injustiça.
O Inquérito Saville foi formado em 1998. A expectativa era que ele terminasse em dois anos, mas levou 12 e custou 191 milhões de libras. Tem cinco mil páginas e vai custar 550 libras. O Inquérito contou com quase 1000 testemunhas, entre soldados, civis, políticos, especialistas forenses, jornalistas, padres e membros do IRA. Mas a decisão sobre o Domingo Sangrento ainda deve durar meses ou mesmo anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário