Um avião da Aeromexico que ia de Paris para a Cidade do México foi desviado na segunda-feira (31) para o Canadá. O motivo foi a presença do somali Abdirahman Ali Gaall entre os passageiros. Ele faz parte de uma lista norte-americana de passageiros que não podem voar por relações com o terrorismo. Gaall tem relações com o grupo terrorista jihadista al Shabaab da Somália. Gaall foi retirado do avião e, ao que tudo indica, levado aos Estados Unidos. Mais uma vez um passageiro deste tipo de lista conseguiu embarcar. No natal passado, Umar Farouk Abdulmutallab (nigeriano) que fazia parte de uma lista britânica (UK watch list) quase explode uma bomba a bordo de uma avião da Northwest Arlines indo de Amsterdã para Detroit. O explosivo falhou.
A Somalia merece acompanhamento de perto. Tem um histórico bastante agitado em termos políticos e guerras com vizinhos, o que infelizmente é comum no continente africano, e não tem governo de fato, apenas de nome (Governo Federal de Transição, em inglês Transitional Federal Government (TFG)). A região norte e a região sul do país continuam em guerra civil e há forte presença de radicais islâmicos, especialmente no sul do país. Além disso, o que facilita o agenciamento de jihadistas, há elevado nível de desemprego e muita miséria. O país tem sido conhecio também por atos de pirataria em navio que passam próximo a sua fronteira.
Os somalis têm procurado refúgio em outros países para fugir da fome, mas tem trazido preocupações para esses países. Os países da América Latina, inclusive, também devem ficar atentos, apesar da distância territorial. O México em especial, por causa da fronteira com os Estados Unidos. O site stratford.com relatou que na semana passada outro somali com ligações com o al Shabaab tentou cruzar a fronteira entre México e Estados Unidos. Mas não só o México que tem de se preocupar. O mesmo site diz que uma corte distrital do Texas no dia 3 de março passado processou um somali chamado Ahmed Muhammed Dhakane, acusado de operar uma rede de tráficos de somalis para os Estados Unidos que tinha base no Brasil. Dhakane seria ligado a outro grupo com ligações terroristas: al-Itihaad al-Islamiya (AIAI). O AIAI é acusado de ter relações com a al-Qaeda.
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