quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Quando São Pedro teve Compaixão de Cristo, Cristo o chamou de Satanás.


A palavra que o Papa Francisco procura identificar seu pontificado é sem dúvida nenhuma misericórdia, que pode ser definida como compaixão com os outros.

O Papa só não é misericordioso com os conservadores católicos. Eu já falei aqui do "Livro dos Insultos" do Papa Francisco, e ontem eu vi que criaram até um "Gerador do sInsultos do Papa Francisco", cada vez que você atualiza a página, aparece outro insulto do Papa Francisco contra conservadores. Hoje, é noticiado mais insultos do Papa contra conservadores.

Eu gosto de lembrar que quando São Pedro teve compaixão (misericórdia) de Cristo, Jesus chamou-o de Satanás. Vejam Evangelho São Marcos 8:30-33 ou Evangelho São Mateus 16:21-27, que diz:

21. Desde então, Jesus começou a manifestar a seus discípulos que precisava ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos príncipes dos sacerdotes e dos escribas; seria morto e ressuscitaria ao terceiro dia.
22. Pedro então começou a interpelá-lo e protestar nestes termos: Que Deus não permita isto, Senhor! Isto não te acontecerá!
23. Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: Afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!
 
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Eu não estou querendo dizer que a misericórdia é errada, pelo amor de Deus,não é isso. Cristo também não mostrou isso, Ele sempre foi misericordioso e ressaltou o valor da misericórdia, em olhai primeiro seus pecados antes de condenar os outros. Sempre lembrando que Ele exigia que todos abandonassem o pecado.
 
Mas Ele também mostrou que a misericórdia tem de vir acompanhada de competência, de saber o que é certo e errado, dentro da Verdade de Cristo.
 
Eu lembrei disso quando li o texto do grande canonista Edward Peters. Ele fala das mudanças que o Papa Francisco implementou para acelerar a anulação de um casamento. O Papa declarou que fez isso "em nome da misericórdia (compaixão)".

Edward Peters discorda completamente, diz que a compaixão não tem nada a ver com a anulação do casamento. Peters questiona a ideia exagerada de misericórdia, diz que a misericórdia pode ser uma "fraude cruel" se usada sem competência. As pessoas querem saber o que é certo e errado em matéria de casamento, e não serem liberadas "com compaixão" para manter suas vidas do jeito que estão.

Vou colocar aqui parte do texto de Peters, leiam tudo no site dele.

Compassion has nothing to do with it

By Dr. Edward Peters - November 10, 2015
 
Back in canon law school, Dr. James Provost († 2000), an amazing lawyer and teacher, once told us soon-to-be-canonists that “Compassion without competence is a cruel hoax.” He was spot on. People do not turn to physicians, to accountants, to pilots, or to lawyers (civil or canonical) for ‘sympathy’; they turn to these professionals for skilled service and accurate information. Specifically, people do not come to tribunals for ‘compassion’, they come—as pope after pope has taught—to know the truth of their (matrimonial) status in the Church.
 
If some faithful do not understand that point (and frankly some don’t) then it is up to Church leaders and opinion-shapers to remind them that Church tribunals are, first and foremost, in the truth (about the specific marriage before them) business, and that only in the truth is one free to live in the Lord. When various prelates and columnists talk, however, as if they never met a lawyer they didn’t dislike, it is left for canonists themselves to try to explain, albeit to an increasingly biased audience, how canon law serves our religious society—and meanwhile, to bear with the incessant Pharisee jibes.
 
So let me say it once again: Christ teaches that marriage by its nature is permanent, that remarriage after divorce is adultery, that most things that look like marriage are marriage, but that some things that look like marriage aren’t. Canon law accepts all of these truths and, under the governing power that Christ left to his Church, it defends them, in season and out. 
 
Now, in an annulment case, the tribunal asks a single fundamental question: are the two people before it, who appear to be married, really married? The answer to that question has, of course, huge pastoral implications (and helping people to process the answer to that question might well require considerable charity, compassion, and sympathy), but, at its core, this sole question before the tribunal admits only of a yes-no answer: the two people before a tribunal are either (as far as human knowledge can determine) married or they aren’t married. That can be known only by examining the relevant facts of a specific case in light of the applicable law in that case. Law is rarely simple, and human lives never are, but Christ knew all of that when He set before his Church what marriage really is, and what it sometimes isn’t, and charged us to live in accord with that Truth. 
 
In regard to marriage, there is no substitute for the truth, and in regard to annulments, there is no other path to the truth except that one paved with law and fact. Compassion, quite simply, has nothing to do with it.
 
 
 

Um comentário:

Vic disse...

"Misericordia" em determinados casos, como no apoio a recasados ainda vinculados ao anterior matrimonio, seria uma fraude, "golpe de misericordia"!
E ainda, deixando os bispos determinando a validade ou não do casamento: ---> A 7 Km Ditadura do Relativismo