Leiter e Janet Napolitano, Secretária para Segurança Interna, se apresentaram ontem frente ao Comitê de Segurança Interna da Câmara dos Estados Unidos. Leiter disse que as ameaças terroristas vem de três fontes: 1) Al-Qaeda no Paquistão; 2) Grupos ligados a al-Qaeda no Iêmen, Somália e no norte da África; e 3) Ataques feitos pelos próprios americanos.
Com relação a Napolitano o novo chefe do Comitê, Peter King, do partido Republicano, lembrou um fato interessante, que marca uma mudança de discurso da Administração Obama com relação ao terrorismo. King notou que há dois anos Napolitano não disse nenhuma vez a palavra terrorismo e ontem falou mais de 60 vezes. A administração Obama estaria deixando ao poucos, relutantemente, o politicamente correto para chamar as coisas pelo nome.
Este estilo politicamente correto de Obama não tem ajudado, muito pelo contrário. Terroristas o vêm como fraco e os países que dependem da ajuda militar americana, começam a se preocupar com sua defesa.
Por exemplo, li nesta semana no site Startfor que os países nórdicos, Suécia e Estônia, concluíram um acordo de cooperação militar, que mostra preocupações com o ressurgimento militar da Rússia. O texto é bem interessante e resume dizendo que enquanto os Estados Unidos estão preocupados com o mundo islâmico e os membros da OTAN (especialmente França e Alemanha) se aproximam da Rússia, a única alternativa que sobrou para os países do Báltico foi uma aliança entre eles.
Eu complementaria dizendo que o próprio Estados Unidos estão se aproximando da Rússia. Recentemente os países fizeram o acordo Start de desarmamento. Este acordo, inclusive, envolve uma traição americana ao seu mais antigo aliado (Reino Unido). Os Estados Unidos teriam entregado segredos nucleares ingleses aos russos para que a Rússia assinasse o acordo. Thomas Sowell conta o caso. Então, Suécia, Estônia, Lituânia e Letônia e todo o ocidente têm de se preocupar mesmo.
Acho que o terrorista mais perigoso não é al-Alwaki, mas os próprios países que deveriam combater o terrorismo e as ameaças militares. Eles dormem com o inimigo, vendem armas para eles e entregam segredos militares de amigos.
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