O mundo simplesmente parece não saber o que vai acontecer no Egito, mesmo nas próximas horas. Na minha opinião, o principal culpado pela atual situação está deixando de ser Mubarak e passa a ser o exército do país. Um exército deve saber quando o próprio povo ultrapassa a linha que separa as chances de ter um governo de paz e de estado de direito em um país. A foto acima mostra a explosão do navio Altalena, que mostra que o exército israelense soube de que lado estava o estado de direito em 1948. Isso foi essencial para a formação democrática de Israel.
O site Stratford fala que o exército do Egito tem três opções: 1) Abrir as portas do regime para o povo revoltado; 2) Atacar o próprio povo para conter a revolta; 3) Fazer um golpe contra Mubarak.
Se o exército abrir as portas do governo para o povo perderá o controle da situação e ninguém sabe quem ou o que controlorá o país. Se atacar o povo, corre o risco de matar civis e estará descumprindo uma promessa que fez de não atirar nos manifestantes. Isso foi um erro, o exército se amarrou, baixou as armas. Sobra apenas a terceira opção, mas o povo aceitará outro comando militar depois de quase 20 dias de revolta?
Ontem, Mubarak parecia que ia renunciar. Todos esperavam por isso. Obama imprudentemente discursou como se o Mubarak já estivesse fora. Mas Mubarak ou voltou atrás ou viu que estava, ao contrário do que se pensa, em uma situação privilegiada. Pois, o exército baixou as armas, mas o povo está cada vez mais explosivo. Quem poderá conter o povo se o exército acha que pode ser bonzinho e manter o controle?
Assim além das três opções que o Stratfor disse, há uma quarta. Parece que o exército está vendo que entrou numa enrascada e começa a dar suporte a Mubarak.
Mesmo o El Baredei, um idiota que nunca viu nada de errado no armamento nuclear do Irã e que agora pensa que pode dominar a Irmandade Muçulmana no Egito, pediu a intervenção do exército, pois não sabe como se sairá da situação que ele próprio ajudou a incendiar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário