segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

O Muro do Vaticano: Importante no Passado, Pode ser Importante no Futuro.


Muita gente nos Estados Unidos falou do muro do Vaticano, depois que o Papa condenou a construção de muros, dizendo que "uma pessoa que pensa em construir muros não é cristã", respondendo a uma pergunta sobre Donald Trump que quer construir um muro na fronteira com o México. Falamos dessa "briga" entre o Papa Francisco e Trump aqui no blog.

Steve Sailer falou sobre a história do muro do Vaticano. O muro tem um história bem antiga e também em muitos sentidos moderna.

Afinal, o muro foi construído depois que muçulmanos invadiram e profanaram a Igreja de São Pedro e a Igreja de São Paulo em Roma no ano de 846.

Foi o Santo Papa Leão IV quem construiu o muro, finalizado em 852.

Daqui a pouco, tropas ou grupos terroristas muçulmanas podem fazer o mesmo e o muro novamente pode ser importante.

Vejamos a história do muro, descrita por Sailer. O muro é visto como o mais relevante feito do início do pontificado de Leão IV. Ele queria fazer não apenas um muro, mas um muro bem bonito.

The Arab raid against Rome was in 846. Saracen raiders plundered the outskirts of the city, sacking Old St. Peter’s and St. Paul’s-Outside-the-Walls Basilicas, but were prevented from entering the city itself by the Aurelian Wall.
In the 820s, the Aghlabids of Ifriqiya (known by medieval Italians as the Saracens) began the conquest of Sicily. … A large force set sail from Campania, landed at Porto and Ostia in 846. The Arabs struck as the Roman militia hastily retreated to the safety of the Roman walls.[1]
The Arab raiders seem to have known about Rome’s extraordinary treasures. Some basilicas, such as St. Peter and Saint Paul Outside the Walls, were outside the Aurelian walls, and thus easy targets. They were “filled to overflowing with rich liturgical vessels and with jeweled reliquaries housing all of the relics recently amassed”. As a result, the raiders pillaged the surroundings of the city and the two holy shrines.
Shortly after the siege Pope Leo IV built a strong wall on the right bank of the Tiber, in order to protect the Church of St. Peter. The encircled territory, defended by Castel Sant’Angelo, was named after the pope Leonine City …
A Roman and the son of Radoald, was unanimously elected to succeed Sergius II, and as the alarming attack of the Saracens on Rome in 846 caused the people to fear for the safety of the city, he was consecrated (10 April, 847) without the consent of the emperor. Leo received his early education at Rome in the monastery of St. Martin, near St. Peter's. His pious behaviour attracted the notice of Gregory IV, who made him a subdeacon; and he was created Cardinal-Priest of the church of the Quatuor Coronati by Sergius II. As soon as Leo, much against his will, became pope, he began to take precautions against a repetition of the Saracen raid of 846. He put the walls of the city into a thorough state of repair, entirely rebuilding fifteen of the great towers. He was the first to enclose the Vatican hill by a wall. To do this, he received money from the emperor, and help from all the cities and agricultural colonies (domus cultae) of the Duchy of Rome. The work took him four years to accomplish, and the newly fortified portion was called the Leonine City, after him. In 852 the fortifications were completed, and were blessed by the pope with great solemnity.

Whilst the work of refortifying the city was in progress, a great fleet of the Saracens sailed for Rome, seemingly from Sardinia, but it was completely destroyed off Ostia by the allied fleets of RomeNaplesAmalfi, and Gaeta, and by a tempest (849). When the rebuilding of the walls of Rome was accomplished, Leo rebuilt Portus, and handed it over to a number of Corsican exiles, whom the ravages of the Saracens had driven from their homes. Other cities too in the Roman duchy were fortified, either by the pope himself or in consequence of his exhortations. Leo also endeavoured to make good the damage which the Saracen raid of 846 had done to the different churches. St. Peter's had suffered very severely, and though as a whole it never again reached its former magnificence, Leo managed to make it in parts at least more beautiful than it had been before.


5 comentários:

Adilson disse...

Boa noite, nobre Pedro!

Essa postagem foi muito educativa. Estou meio ocupado, mas não podia deixar de comentar. Ela me ajudou muito a acalmar uma amiga católica que em grandes dificuldades intelectuais em traçar um alinha entre a Tradição católica e os abusos liturgicos que se seguiram após o Concílio Vaticano II, especialmente com as barreiras que padres e bispos impuseram aos católicos conservadores. Por exemplo, cito o desprezo e humilhação que muitos que esses clérigos aplicam a católicos que solicitam missas no rito tridentino, inclusive o banimento desse rito da memória dos fieis. Mas voltando: a minha amiga, acredita piamente que não há muros no Vaticano. Acredita? Pois é, só porque ela fez um pequeno turismo em Roma, acredita que viu todo o Vaticano.

Pedro Erik Carneiro disse...

Ótimo saber que ajudei a sua amiga, carissimo Adilson, a conhecer a verdade. Creio que esse passeio que ela fez no Vaticano foi muito rápido, pois o muro é imenso.
Abraço,
Pedro

Unknown disse...

Se até o Vaticano tem muro, por que não as fronteiras? Muito bom o seu post

Unknown disse...

Se o Vaticano tem muros, por que não as fronteiras? Muito esclarecedor o seu post

Pedro Erik Carneiro disse...

Obrigado, Sandra.

Grande abraço,
Pedro Erik