quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Cartilha da Igreja para Eleição nos Estados Unidos


Há 35 anos, a Igreja Católica renova seu guia para cada eleição presidencial nos Estados Unidos. A Cartilha se chama Forming Consciences for Fatihful Citizenship (Formando Consciência para uma Cidadania com Fé). Desta vez, no entanto, a Igreja decidiu mudar apenas a Nota Introdutória da Cartilha, mantendo o mesmo texto da eleição do Obama. Isto está gerando bastante controvérsia.

Os conservadores (aqueles que vão realmente a Igreja e estudam teologia) gostaram da nova Nota Introdutória, mas acharam que a Igreja deveria ser ainda mais forte na luta contra o aborto. Os esquerdistas relativizaram as considerações contra o aborto da Cartilha tentando colocar no mesmo pé de igualdade com outros problemas sociais, como imigração.

Vejam exemplos dessas duas posições aqui: conservadora e esquerdista.

Eu acho que a Cartilha é clara em relação a posição da Igreja na luta contra o aborto e isto é muito óbvio quando se fala em quem deve-se votar. Diz a Cartilha (traduzo em azul):

“The direct and intentional destruction of innocent human life is always wrong and is not just one issue among many,...
 

“As Catholics we are not single-issue voters...A candidate’s position on a single issue is not sufficient to guarantee a voter’s support. Yet a candidate’s position on a single issue that involves an intrinsic evil, such as support for legal abortion or the promotion of racism, may legitimately lead a voter to disqualify a candidate from receiving support.”

("A destruição direta e intencional da vida humana inocente é sempre errada e não um problema entre muitos...Como Católicos nós não somos eleitores que observam apenas um quesito...A posição de um candidato sobre uma questão não é suficiente para receber apoio de um eleitor. Mas a posição dele em um problema que é intrinsicamente maligno, como apoio ao aborto ou a promoção do racismo, pode legitimamente levar o eleitor a retirar apoio a  um candidato." ).


Do que está escrito, eu não gostei do "may" (pode) da argumentação, deveria ser "must" (deve), mas acho que a Cartilha faz realmente um realce ao aborto. No entanto, para mim, deveria posicioná-lo acima dos outros problemas para deixar ainda mais claro. Eu sei, entre os seis problemas fundamentais que a Cartilha destaca, o aborto é colocado logo no início, mas poderia reforçar no texto, estabelecendo um posicionamento hierárquico.

A Cartilha da USCCB (a CNBB dos Estados Unidos) ajuda, mas não é suficiente para que católicos votem na pessoa que defende os valores da Igreja. Mesmo sabendo que, como diz o decalque abaixo: você não pode ser ao mesmo tempo católico e pró-aborto.



A grande parte dos católicos não conhece a teologia da sua própria religião, nem mesmo vão às missas. Nos Estados Unidos foi dito que apenas 16% dos Católicos já ouviram falar da Cartilha.

Há ainda aqueles Católicos que conhecem a posição da Igreja em relação ao aborto ou ao casamento gay, mas mesmo assim agem contra ela. Isto é, se dizem Católicos mas são pró-aborto ou pró-casamento gay.

O vídeo abaixo de Michael Voris fala dos Católicos traidores nos Estados Unidos. O clássico lá de traidor é Nancy Pelosi (ex-presidente do Congresso) que luta fervorsamente pelo aborto e pelo casamento gay. Sabendo disso, Michael realça muitos outros, mas lembra a Pelosi como bruxa junto do vice-presidente Joe Biden. Além disso, o vídeo reforça a necessidade de que instituições católicas (universidades, hospitais) revisem para quem estão repassando seus recursos, pois muitas instituições e pessoas que defendem o aborto e o casamento gay recebem dinheiro de instituições católicas. É a Igreja alimentando o inimigo. (agora estou sem tempo para traduzir o vídeo, infelizmente).


Quem são os políticos e líderes católicos traidores no Brasil? Acho que nem chegamos a pensar nisso, para nós, fez o sinal da cruz é Católico.


(Agradeço o vídeo de Michael Voris e os textos aos sites Notes on the Culture Wars e Pew Sitter )

Nenhum comentário: