domingo, 30 de março de 2014

Monsenhor Tomas Halik. Convertido por Chesterton. Vencedor do Prêmio Templeton.


O monsenhor Tomas Halik teve o privilégio de estar junto de João Paulo II na noite que caiu o muro de Berlim. O Papa assistia pela televisão e disse: "isto é o fim do comunismo". Halik teve a petulância de retrucar dizendo que não era, que a infalibidade do papa não incluía questões políticas, e que a perestroika ainda iria ter cinco anos. João Paulo II respondeu: "não, o comunismo cairá em 10 dias".

O papa estava certo! Em 10 dias, o comunismo caiu na terra de Halik: a República Theca.

Monsenhor Halik é professor da Charles University em Praga onde ensina psicologia da religião. E apesar de ser fruto de uma família sem religião, virou católico a partir de leituras de livros de G.K. Chesterton. Vivendo em país de ateus comunistas, teve que estudar e se ordenar padre em segredo, escondido das autoridades comunistas.

Tomas Halik é o vencedor do Prêmio Templeton deste ano. O Prêmio Templeton premia quem "contribuiu de forma excepcional para a afirmação da vida espiritual". O primeiro premiado pelo Templeton foi Madre Teresa, e também foram premiados os católicos Chiara Lubich e Michael Novak. Por outro lado, Templeton também premiou figuras religiosas que prezam pelo gosto do esquerdismo, da ONU, como Desmond Tutu e Dalai Lama, que são figuras religiosas que "não fazem mal a ninguém", como disse Francis Phillips.

Halik irá dedicar ao prêmio a todos seus companheiros religiosos que morreram vítimas do comunismo.

Ele tem realmente uma vida fascinante. O PrêmioTempleton justifica assim o prêmio:

Tomas Halik, um padre tcheco e filósofo que arriscou ser preso para avançar ilegalmente liberdades religiosas e culturais após a invasão soviética de seu país, e desde então se tornou um líder internacional para o diálogo entre as diferentes religiões e não crentes ganhou o Prêmio Templeton 2014 .

Condenado pelo governo comunista de seu país como um "inimigo do regime" em 1972, Halik, de 65 anos, passou quase duas décadas organizando e construindo uma extensa rede secreta de acadêmicos, teólogos, filósofos e estudantes dedicados a cultivar os fundamentos intelectuais e espirituais para o estado democrático que ele e outros imaginavam.

Esses anos de trabalho de base e orientação para os líderes de libertação, como Vaclav Havel e o Cardeal Frantisek Tomasek ajudou  a Tchecoslováquia na transição para a democracia após a "Revolução de Veludo " de 1989.

Desde aquela época, Mons. Prof Tomas Halik defendeu a tolerância religiosa e a compreensão através de seus escritos e palestras, compartilhando idéias e crenças entre os seguidores de grande variação nas tradições culturais e espirituais e entre, principalmente, os não- crentes. Suas abordagens do diálogo inter-religioso, designadamente, inclui o pensamento que a longa tradição intelectual do catolicismo se posiciona bem como uma ponte entre os diversos secularismos ocidentais, as religiões tradicionais e a cultura islâmica. Na conferência de imprensa, Halik anunciou que vai continuar esses esforços com os proventos do Prêmio.

Leiam mais sobre Halik no jornal The Catholic Herald, clicando aqui e aqui. Os dois artigos lembram a importância de Chesterton para Halik.

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A conversão de Halik é mais uma na extensa lista de milhões de católicos trazidos por Chesterton. Continuo rezando pela santificação de GK Chesterton.


(Agradeço a informação ao site Big Pulpit)

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