domingo, 31 de março de 2013

O Caso de lavar os pés de uma mulher


O papa quebrou mais uma tradição ao lavar os pés de um mulher durante a cerimônia de lava-pés deste ano. É comum bispos lavarem os pés de mulheres durantes estas cerimônias (como o fez o próprio Papa Francisco quando era cardeal), mas não papas, que regularmente lavam os pés de doze homens (leigos, jovens ou padres) seguindo Jesus que lavou os pés dos doze discípulos.

A lei canônica também é bem clara, deve-se lavar os pés apenas de homens.

Então, a controvérsia foi gerada. E uma voz muito forte e que é muito respeitada, a do especialista em direito canônico Edward Peters, reagiu. Peters disse que respeitava a ação do Papa, e que ele próprio defendia que as mulheres também poderiam fazer paret da cerimônia, e que a cerimônia do lava-pés nem é uma cerimônia obrigatória, mas que era melhor o Papa mudar a lei antes de desrespeitá-la, o desrespeito passava uma mensagem muito ruim.

O Padre Z, dono de um dos blogs mais lidos nos Estados Unidos, concordou com Peters e ainda mostrou receio de que a Igreja se torne gnóstica, sem respeito aos rituais e leis que a regem, tudo em favor da sentimentalidade.

O site Creative Minority Report, também um dos blogs católicos mais lidos dos Estados Unidos, também concordou com Peters e mostrou preocupação com a ação do Papa de desrespeitar a lei canônica.

O teólogo Jimmy  Akin também escreveu um artigo se perguntando o que o ato do Papa Francisco representa.

O Vaticano sentiu a pressão (graças a Deus). E emitiu um comunicado. No comunicado, o Vaticano diz que é verdade que em cerimônias de lava-pés solenes devem ser lavados pés apenas de homens, mas que no local que foi feita a cerimônia deste ano (prisão juvenil de Roma) não cabia excluir as mulheres, pois não seria entendido pelos presos.

Bom, eu gostei muito da reação de Peters, sempre lúcido e brilhante, e fez com que o Vaticano reagisse, pois todos os sits jornalísticos que li mencionaram Peters. A reação do Vaticano reafirmou a lei canônica, mas abriu espaço para que seja quebrada fora de cerimônias solenes.  

Não tenho problema com isso, eu acho (e Peters, Padre Z e todos também acham), que a preocupação mais importante da cerimônia do lava-pés é mostrar a misericórida de Cristo, por isso não vejo nenhum problema em avar os pés de uma mulher. Mas também não gosto de ver a tradição e as leis da minha Igreja serem desrespeitadas.

Já há inclusive uma lista na internet de algumas pequenas tradições que o Papa Francisco tem quebrado. Eu já falei aqui do caso dos sapatos vermelhos.

Peters não gostou muito da resposta do Vaticano, criticou a idéia de que a o texto passa de que a lei canônica esteja em contradição com o evangelho, seria culpa do antinomianismo moderono (idéia protestante que assola a Igreja Católica). Eu concordo com ele, mas espero que a reação ao lava-pés de uma mulher sirva de lição para se ter mais cuidado com a tradição, a liturgia e as leis da Igreja.

Rezemos pelo Papa Francisco e pela Igreja neste dia que Cristo ressucitou.

ICXC NIKA (Cristo vence).


sábado, 30 de março de 2013

O dia mais triste.


Bento XVI certa vez comparou o "Sábado de Aleluia" ao nosso mundo. No "Sábado de Aleleuia" estamos sem Deus. Esta frase de Bento XVI faz parte da lista de frases que gosto (vejam a lista no canto inferior direito do blog). Disse o papa emérito (traduzo em azul):

After two world wars, the concentration camps and gulags, Hiroshima and Nagasaki, our age became increasingly a Holy Saturday, the day when Jesus’ body lay lifeless in the tomb (Depois de duas guerras mundiais, campos de concentração e gulags, Hiroshima e Nagasaki, nossa época se torna cada vez mais um "Sábado de Aleluia",  o dia em que o corpo de Jesus deita sem vida na tumba).

O belíssimo quadro abaixo ilustra o "Sábado de Aleluia", Cristo na tomba, o quadro é de Hans Holbien the Younger de 1521.



Ontem, na sexta-feira santa, o Papa Francisco fez um bonito discurso sobre a Cruz. Disse o Papa Francisco:

The Cross is the word through which God has responded to evil in the world. Sometimes it may seem as though God does not react to evil, as if he is silent. And yet, God has spoken, he has replied, and his answer is the Cross of Christ. (A Cruz é a palavra através da qual Deus tem respondido ao mal no mundo. Às vezes pode parecer que Deus não reage ao mal, que ele se cala. E, contudo, Deus falou, ele respondeu, e a resposta é a Cruz de Cristo)

Bento XVI falou do ateísmo e relativismo que assola o nosso mundo, Papa Francisco nos lembra da resposta para isso: a Cruz.

Que a Cruz seja levada a todos no mundo para vencer a tristeza do Sábado de Aleluia!



sexta-feira, 29 de março de 2013

Pesquisa mostra que Santo Sudário é do Tempo de Cristo


Eu já tive a graça de ver o Santo Sudário. A foto acima mostra o Santo Sudário em exposição em Turim em 2010, foi eu que tirei a foto. Como é o dever de qualquer católico, a minha fé em Cristo não depende da veracidade do Santo Sudário. Mas o jornal Vatican Insider anunciou ontem que experimentos científicos feitos por cientistas da Universidade de Pádua confirmaram que o Santo Sudário é do século I, o século de Cristo, então alimentam as chances de que o manto tenha realmente coberto Cristo.

 

Os achados dos experimentos científicos serão publicados em um livro pelo professor Giulio Fanti, professor de mecânica e medicão térmica da Universidade de Pádua  e pelo jornalistas Saverio Gaeta. O livro se chamará "Il Misterio della Sindone" (O mistério do Santo Sudário), foto abaixo do livro:

 

Além do livro, as pesquisas do professor Fanti serão publicadas em uma revista científica. A pesquisa inclui três novos testes, dois testes químicos e um mecânico. Os novos testes realizados nos laboratórios da Universidade de Pádua foram realizados por diversos professores de várias universidades italianas e aponta que o Sudário remonta ao período em que Jesus Cristo foi crucificado em Jerusalém, anulando o resultado de 1988 que o Sudário era da época medieval. A data média encontrada nos testes é de 33 aC ± 250 anos, período compatível com a ocorrência da morte de Cristo em 30 AD.

Os testes foram realizados com minúsculas fibras de materiais extraídos do Sudário pelo micro-analista Giovanni Riggi di Numana que faleceu em 2008, mas havia participado da pesquisa de 1988  e deu o material para Fanti através do Instituto Cultural Fondazione 3M.


Verdade ou não, o Santo Sudário é impressionate pelas semelhanças com a descrição da morte de Cristo (ferimentos, marcas de sangue) e também pela história fantástica que o manto tem até chegar em Turim (passando por diversas cidades e atravessando incêndios que quase o destruiu). 

Minha fé não depende disso, mas eu acredito no Santo Sudário.

Hoje é sexta-feira santa. Podemos adorar Cristo, vendo o amor que Ele nos dedicou, olhando para o Santo Sudário.


quinta-feira, 28 de março de 2013

Filhos de Casais Gays são...


Eu já falei aqui no blog bastante sobre casamento gay. Por exemplo, apresentei um texto de Brandon Vogt que resume o debate sobre casamento gay e mostra as razões por que deve-se ser contra esta união e também apresentei um texto de Dale Ahlquist que explica por o casamento gay não é "gay", nem é casamento.

Mas o assunto está na ordem do dia nos Estados Unidos, porque a suprema corte do país está discutindo o assunto. E também no Brasil por conta do pastor Feliciano no Congresso.  Dado que este é o assunto em pauta no momento tanto nos Estados Unidos como no Brasil, eu li ontem muitos textos interessantes sobre o assunto. Vou destacar aqui dois textos que têm foco não nos gays, mas nos filhos de gays.

O primeiro é um estudo de Water Schumm qque mostra que 58% dos filhos das lésbicas se consideram gays e 33% dos filhos de gays também se consideram gays.Além disso, o número pode ser mais alto pois quem se recusou a revelar sua preferência sexual foi considerado hétero.

Geralmente se diz que a percentagem de gays na sociedade é menos de 5%. Toda gritaria contra a homofobia, especialmente de atores e atrizes, é que faz parecer que este número é maior do que 50%. O estudo mostra que aumento de casais de lésbicas ou gays irá extrapolar esta participação de 5% de gays. Além disso, mostra que o fator familiar é um fortíssimo componente para a formação de uma gay, como a percepção popular já sabia, quando o povo diz que "filhos criados por avós" ou "filhos sem pais" são mais propensos a serem gays.

Importante mencionar que Schumm é um conhecido defensor do casamento gay, a pesquisa não foi feita por um opositor. Também destaco que Schumm encontrou evidências que filhas de casais de lésbicas têm muito mais chance de serem lésbicas, porque "as lésbicas têm um ódio intenso aos homens".

O outro texto que destaco é uma carta recebida pelo Dr.Gregory Popcak. Dr. Gregory é um terapeuta familiar que se dedica a defender os ensinamentos católicos para o casamento.

Ele recebeu um carta de uma menina que perguntava por que Dr. Gregory odiava tanto os gays, pois o pai "saiu do armário", se declarou gay, se divorciou de sua mãe, mas ela ainda ama muito seu pai e considera que ela tem uma família muito feliz. Mandou até uma foto da família para Dr. Greg.

Dr. Gregory responde à carta da menina e a resposta dele é bem interessante, mostra o ponto de vista de um psicólogo sobre o efeito do divórcio sobre os filhos. Meus pais são divorciados, e eu concordo com a análise do Dr. Gregory.

Vale a pena ler todo texto, a carta da menina e a resposta do Dr. Greg, mas vou destacar aqui apenas os parágrafos mais importantes que achei da resposta dele (em azul).

Obrigado por enviar sua imagem da família. Parece que todos se amam. Eu acho que é maravilhoso e exatamente como deveria ser. Eu também acho que é maravilhoso que você ame o seu pai.

Dito isso, eu sou um terapeuta familiar que trabalha com muitas famílias divorciadas. Uma das coisas que tanto a minha experiência e todos os dados sobre crianças de divórcio mostram é que o divórcio tende a causar as crianças a se tornarem "parentificadas." Isso significa que, mais do que os jovens criados em famílias intactas, filhos do divórcio (o filho mais velho especialmente como você) tendem a ser muito bons em tomar conta de outras pessoas e não tão bons em deixar que outras pessoas cuidem deles. A criança de divórcio, ocupando a sua posição (o mais velho) na família, muitas vezes acaba sendo obrigado, pelas circunstâncias, a tentar manter a família unida, cuidar mais de seus irmãos mais novos do que deveriam, e até mesmo cuidar de defender a mãe e o pai, ambos contra raiva um do outro, bem contra quaisquer críticos fora da família.

Normalmente, uma das crianças acaba por assumir o papel de quase-pai para os irmãos e até mesmo para os pais que simplesmente não estão à altura da tarefa emocional de estar lá para seus filhos do jeito que deve ser. O fato de que você tomou a atitude para si para me escrever para defender seu pai diz muito sobre tanto o seu grande coração e seu grau de parentificação. Sua mãe e seu pai é que devem defender você  e não você defendê-los. Você tem a sua própria vida para viver e não deveria tentar construir o seu próprio futuro, olhando constantemente para trás para ver se sua mãe e o seu pai ainda precisam de sua ajuda. Eles são adultos. Deixe-os lutar suas próprias batalhas. 

As crianças têm o direito a serem criadas em um ambiente onde eles se sentem cuidadas, não onde eles se sentem obrigados pela imaturidade emocional de seus pais de terem de cuidar de si mesmos, de seus irmãos, e até de seus pais. Você é forte, mas para ser honesto, as circunstâncias o obrigaram a ser mais forte do que deveria ser. Eu sinto muito por isso. 

Veja, o que estou dizendo é que eu não tenho qualquer problema com o seu pai ser gay. Mas eu acho que o casamento deve ser uma instituição que garante às crianças o direito de serem capazes de contar com seus pais e mães. Eu tenho grandes problemas com seu pai ou algum homem que faz promessas para alguém, tem filhos com que alguém, e depois não segue essas promessas, para que eles mesmos possam perseguir  "o que os tornam felizes". Crianças não pedem para nascer. Os pais é que as fazem. Isso implica a promessa, "Eu vou estar sempre aqui.Você pode contar comigo.  E não " eu vou estar aqui até eu descobrir o que realmente me faz feliz "
 

Você sabe, é possível ter opiniões diferentes de alguém sem odiá-los. Isso é algo que pode ser difícil de entender, mas é verdade. Talvez você e eu temos opiniões diferentes sobre as coisas. Esse fato não me faz menos do que você, mais ignorantes do que você, ou um "inimigo".
 

Da mesma forma, se por um lado todo mundo tem direito a ter opinião, por outro lado lado nem toda opinião é bem-informada pela razão e pelo pensamento saudável. É muito importante aprender a avaliar a força de um argumento ou uma opinião que se basea na lógica e na razão,  e não em mero sentimentalismo e emoção, que muitas vezes podem levar as pessoas a justificar toda uma série de coisas injustificáveis.




quarta-feira, 27 de março de 2013

A Proibição da Páscoa no Mundo Muçulmano e no Mundo Cristão


Todos os dias há notícias de ataques a cristãos no mundo muçulmano. Por exemplo, só ontem li que: 1) Uma mesquita no Cairo está sendo usada para torturar cristãos; 2) O padre Michael Kayyal (foto dele abaixo) foi sequestrado pelos rebeldes sírios, que estão pedindo resgate de 250 mil dólares. 3) Um americano foi preso na Líbia por divulgar o cristianismo.



Há sites que fazem compilação do horror, dos ataques aos cristãos pelo mundo. É o caso do site Gatestone Institute, vejam quanta coisa aconeteceu só em janeiro passado nos diversos países islâmicos.

O mundo cristão precisa fazer alguma coisa, mas antes precisa defender o cristianismo dentro de casa.

Vejam, ontem também eu também vi que radicais islâmicos da Indonésia estão ameaçando padres e fiéis para que eles não celebrem a Páscoa.

Acontece que eu li uma notícia no mesmo sentido, proibição da Páscoa, nos Estados Unidos. Uma escola do Alabama baniu o uso da palavra Páscoa, na troca de ovos, pois a palavra invocaria a religião cristã. Páscoa agora é só os coelhinhos e não Cristo cruficicado pelos pecados da humanidade.


Nao é o caso apenas da Páscoa, todos os anos o Natal sofre ataques no mundo muçulmano e no mundo cristão. Há muitos ateus no mundo cristão que querem banir completamente a celebração do Natal de Cristo.

Outro dia, um professor de uma escola da Flórida, membro do Partido Democrata (do presidente Obama) queria que os alunos pisassem no nome de Cristo. Até que uma criança se recusou.

Como o mundo cristão pode defender o cristianismo contra os ataques de muçulmanos se os cristãos abandonam Cristo dentro de suas casas e escolas?

Estamos no caminho de entregar nossa fé aos muçulmanos, eles defendem a fé perversa deles. E nós não defendemos Cristo.

Rezemos pelo padre Kayyal e todos os cristão dentro e fora do mundo cristão.


terça-feira, 26 de março de 2013

Dois ex-muçulmanos defendem a Supremacia do Cristianismo


Magdi Cristiano Allam (foto acima) foi batizado pelo próprio Papa Bento XVI na Basílica de São Pedro durante a Páscoa de 2008, ele era muçulmano. Na época, foi um acontecimento, pois Allam era bem conhecido e o batizado mostrava o desejo do Papa de levar o cristianismo aos países muçulmanos. Mas ontem muitos sites do mundo anunciaram que Allam estava abandonando a fé católica, apesar de se manter cristão.

Um dos maiores especialista em direito canônico no mundo, Edward Peters, falou sobre a saída de Allam da Igreja Católica e lembrou uma frase de Chesterton: "Existem milhares de motivos para sair da Igreja Católica e apenas um para se manter na Igreja: ela é a verdade".

Mas qual foi  um dos 1000 motivos escolhido por Allam para a saída da Igreja? A Igreja está muito fraca na defesa do cristãos que vivem no mundo muçulmano. Allam chega a declarar que a eleição do Papa Francisco é "a pá de cal" (the last straw) na sua decisão de abandonar a Igreja.

Diz Allam (traduzo em azul):

"Minha conversão ao catolicismo ocorreu pelas mãos de Bento XVI durante a Vigília Pascal em 22 de março de 2008, agora passei a considerar concluída em combinação com o fim de seu pontificado. A 'papolatria" que tem inflamado a euforia de Francisco I e rapidamente arquivado Bento XVI foi a pá de cal  num quadro geral de incerteza e dúvidas sobre a Igreja. A única coisa que me afastou da Igreja mais do que qualquer outro fator foi o relativismo religioso, em particular a legitimação do Islã como uma religião verdadeira. O Islã é uma ideologia intrinsecamente violenta e incompatível com a nossa civilização e os direitos humanos fundamentais. Estou mais convencido do que nunca que a Europa acabará por ser subjugada ao Islã como aconteceu a partir do século sétimo, do outro lado do Mediterrâneo".

Outro ex-muçulmano, filho de ex-membro da Irmandade Muçulmana, faz a mesma crítica, agora em relação a todos os cristãos e não apenas à Igreja Católica.

Theodore Shoebat, autor de livros sobre o Islã, escreveu em defesa da supremacia do cristianismo contra o Islã.

Traduzo algumas parte do texto de Shoebat em azul:

Todos os homens realmente querem que uma cruzada seja feita em defesa de suas crenças de modo que domine o credo. O vencedor desta guerra cultural serão os mais fortes, os mais zelosos e eficazes. Portanto, para o cristianismo prevalecer, fanáticos cristãos devem dominar. O cristianismo dominou o Ocidente, era a força motriz de suas universidades, seus artistas, seus filósofos, seus arqueólogos e seus historiadores. 

Mas agora ouvimos constantemente na igreja de hoje dizer que "não é nós contra eles", e qual é o resultado? O "eles" conquistou-nos, com o Cristianismo sendo considerado apenas como uma mera preferência religiosa.
 

Bem, na verdade, trata-se sim de nós contra eles, é assim nas Escrituras. Davi ao matar Golias era "nós contra eles"; Elias ao matar os sacerdotes de Baal era "nós contra eles", o dilúvio de Noé foi "nós contra eles"; Moisés ao matar os adoradores de bezerros foi "nós contra eles", Cristo esmagando a cabeça da serpente e expulsando os demônios era "nós contra eles", e da batalha que vem entre Cristo e seus santos contra o Anticristo e seus escravos será "nós contra eles". 

Nenhum crente sério jamais pode negar que o cristianismo exige de nós a nossa força de vontade completa na luta contra o mal. Nenhum expositor sério da Escritura poderá fugir do fato de que a Escritura tem mais condenações contra as religiões e práticas perversas do que faz orientações sobre coisas como o casamento e finanças, dois assuntos que a igreja de hoje não pára de falar.
 

É nos dito repetidas vezes: "Não imponha a sua religião em mim!" Mas todo lugar que olhamos, estamos sendo chamados para o altar de conformidade, e para nunca falar do cristianismo. Como isso aconteceu? Não foi esquerdismo, nem foi mesmo o socialismo. Estes são apenas sintomas do problema real. A causa é uma igreja fraca. 

Um jargão popular hoje é de que o Islã foi sequestrado por "extremistas", mas a verdade é que o cristianismo foi seqüestrado pelos moderados. Hereges modernistas conseguiram retratar a Bíblia como um livro de auto-ajuda. A realidade é que a Bíblia não é sobre como aumentar a auto-estima, ou como ganhar dinheiro, é um manual de combater o mal. Ela está cheia de exemplos de como Deus e os homens santos e mulheres desafiaram a tirania: Deus expulsa os construtores da torre de Babel, Moisés enfrenta o Faraó, Josué vence os selvagens cananeus, Cristo teimosamente se opõe ao Sinédrio e depois morre pelos pecados da humanidade, todos são ações feitas por fanáticos. 

A ascensão do Islã é determinada pela convicção da Igreja. Se a Igreja é fraca, o Islã é forte, e se a Igreja é suprema, o Islã e os muçulmanos esquecem os ensinamentos de Maomé. Quando Cristo é exaltado então Alá é desdenhado, e quando o Deus cristão é elevado acima de todas as coisas, a Cruz deve dominar o Crescente, e os ímpios impedidos de estabelecer a tirania.

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Allam e Shoebat podem ter um leitura "islâmica" de domínio, mas eles têm razão: a Igreja é fraca, muito fraca hoje em dia. Além disso, Shoebat disse muito bem: "a Bíblia não é livro de auto-ajuda, é  um manual de como combater o mal"


segunda-feira, 25 de março de 2013

Papa Francisco quer diálogo com Islâ. É Possível? E o Carlos Heitor Cony.


Não há nada de errado em buscar diálogo com o Islã. O errado é não reconhecer os problemas antigos e atuais neste diálogo. Por exemplo, um dos últimos atos do Papa Bento XVI foi estabelecer a canonização de 800 mártires que foram mortos por muçulmanos, os Mártires de Otranto. Esta  canonização será a primera feita pelo Papa Francisco, ocorrerá no dia 12 de maio. E hoje, quantos cristãos morrem e são expulsos de suas casas em terras islâmcias, como Nigéria, Sudão, Irã, Paquistão e Síria?

Na semana passada, o Papa Francisco disse (traduzo em azul):

"It is not possible to build bridges between people while forgetting God. But the converse is also true: it is not possible to establish true links with God, while ignoring other people. Hence it is important to intensify dialogue among the various religions, and I am thinking particularly of dialogue with Islam." (Não é possível construi pontes entre pessoas se esquecendo de Deus. Mas o inverso também é verdadeiro: não é possível intensificar o diálogo entre as religiões ignorando as pessoas. Por isso, é importante intensificar o diálogo entre as várias religiões, e eu estou pensando particularmente no diálogo com o Islã).

Tenho duas considerações sobre este argumento do Papa Francisco:

1) Devemos saber que Deus é este. O Deus cristão é bem diferente de Alá. Alá é submissão, é domínio temporal. O Deus cristão nos fala que os cristãos não pertecem a este mundo. Como disse o escritor Bernard Lewis: "Maomé foi um líder pólítico, que fez guerra, dominou países, aniquilou seus adversários, cobrou impostos, e estabeleceu leis". Cristo falou que o seu Reino não é deste mundo. Então o diálogo deve entender que se trata de diferentes abordagens de Deus;

2) Quando o Papa Francisco fala que não se deve ignorar as pessoas, será que ele tem em mente os cristãos que estão sendo mortos e expulsos de suas casas nos países muçulmanos ou apenas se refere às pessoas que lideram o mundo muçulmano?

Robert Spencer lembrou outro ponto: o diálogo não deve ter falsas premissas, pois o diálogo que Islã fala é sempre de domínio e não de compromisso.

Quando Bento XVI falou que os cristãos nos países muçulmanos devem ser protegidos, os líderes religiosos islâmicos falaram agressivamente contra o Papa e não contra quem matava os cristãos.

Hoje, um amigo me contou que Carlos Heitor Cony falou que o Papa Bento XVI não entendia nada de Islã, pois o Islã seria uma religião da paz. A história e a atualiadade não confirmam esta pensamento de Cony.

Na verdade, quem não entende nada de Islã é Cony. Que tal Cony ler os Hadith que contam a dominação que Maomé  fez depois que assumiu o poder em Medina, devastando judeus e cristãos em sua volta? E que tal ele ler o Alcorão e seus versos de guerra? Basta ler o capítulo 9 (especilamente os versos 9:5 e o 9:29, que são os mais citados por terroristas), mas também tem versos famosos de destruição em outros capítulos como o 8:39 e 2:191-193, também muito citados por Bin Laden, por exemplo.

Além disso, pode ler como o Islã dominou o norte da África, a Síria, o Iraque, o Irã, a Índia, e o sul da Espanha. É uma história de matança e de humilhação contra os cristãos, judeus e hindus. Sobre a história dessas conquistas, sugiro o livro The Legacy of Jihad, editado por Andrew Bosom, e que tem uma compilação de várias testemunhas destas conquistas. É assustador.

Cony, você acha mesmo que um teólogo da profundidade de Bento XVI não conhece o Islã? Veja, São Tomás de Aquino, que é lido por todos seminaristas, já falou no século XIII sobre Maomé e suas guerras.

Rezemos pela sabedoria do Papa Francisco.


sábado, 23 de março de 2013

Vídeo Histórico: Bento XVI e Francisco se Encontram e Rezam Juntos!


Eu não preciso dizer nada, diante da beleza deste vídeo histórico.





Por que Economistas deveriam ensinar sobre casamento?


Eu acho muito interessante este tipo de análise, gostaria que todos os meus colegas economistas lessem sobre o assunto. Se as pessoas casadas são mais ricas materialmente e vivem mais, por que os economistas apenas defendem que as pessoas tenham faculadade para que fiquem ricas e não que se casem?

É um texto de Megan Mcardle.

Diz ela (traduzo em azul):

Ter curso superior melhora suas perspectivas de ganhos. Ser casado também. Maior nível educacional aumenta a probabilidade de viver mais tempo. O casamento também. No entanto, enquanto economista vocalmente apoiam iniciativas de que as pessoas consigam nível superior, muito poucos deles vocalmente favorecem iniciativas para conseguir mais pessoas casadas. Por que isto acontece? Pascal-Emmanuel Gobry tem uma resposta: 

"...economistas com a "perspectiva cosmopolita" não se sentem bem com a idéia de políticas públicas que possam interferir com as escolhas pessoais (imaginando que se casar é uma "escolha pessoal" de uma forma que ir para a faculdade não é). A maioria dos economistas acha que o governo não deve interferir ou ter uma postura de uma maneira ou de outra com as decisões intimas das pessoas. Isso é um completo juízo de valor. E é defensável. 

Mas, no nível da profissão de economista, isso leva a um viés:. Muita mais análise é feita sobre o prémio salarial da faculdade do que sobre o prémio salarial do casamento Um é mais elogiado e interpretado de uma certa maneira, enquanto o outro é ignorado. E, claro, a coisa que a economia acadêmica foca tem um efeito sobre o debate de elite e de políticas públicas, especialmente quando os socialmente liberais se alinham com o resto da elite."
 

Tenho lá minhas explicações de por que isto acontece. Podemos pensar que é mais fácil conseguir professores universitários para ensinar classes técnicas do que ensinar que os cônjuges se tratem bem.
 

Podemos não querer fazer as pessoas se sentirem mal por não serem casadas, já que muitos delas provavelmente já se sente muito mal com isso. 
Por outro lado, existem grandes buracos nessas histórias. Economistas que passam muito tempo falando sobre como trazer as pessoas para a faculdade não passam muito tempo falando sobre como melhorar os ensinos nas faculdades. E enquanto é verdade que algumas pessoas não gostam do casamento, ou tem má sorte em encontrar bons parceiros, elas vão se sentir pior ainda pior se falarmos que elas se tornarão menos felizes, ricas, e viverão menos, em média, do que as pessoas casadas, também é verdade que algumas pessoas não gostam de faculdade, ou optam por cursos ruins, e sofrerão as consequências disso. Elas também não se sentiriam mal se dissermos a elas que ter nível superior é fantástico? 

O que me faz gravitar em torno de uma explicação mais parcimoniosa: ... Todos os economistas são, por definição, muito bom na faculdade. Mas nem todos os economistas são bons em casamento dizendo que mais pessoas deveriam ir para a faculdade vai fazer  0% de seus colegas se sentirem  mal dizendo que mais as pessoas devem se casar e permanecer casados fará uma fração significativa dos seus colegas se sentirem mal. E, em geral, a maioria das pessoas têm uma aversão a temas que são susceptíveis de desencadear um rancor pessoal em um colega de trabalho.

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Concordo plenamente com as explicações do texto, mas acho que falta a crítica da idéia de que o secularismo é bom, que discutir aspectos religiosos não é permitido. É o preconceito contra a religião. É o preconceito também contra a família domina o mundo hoje, tornando as pessoas mais tristes e também mais pobres.


(Agradeço o texto de Megan Mcardle ao site Culture War Notes. Vou publicar este post no meu outro blog Bloco 11, Cela 18)

sexta-feira, 22 de março de 2013

Obama, os muçulmanos e os judeus.

 

Obama viajou para Israel e fez discurso para judeus e muçulmanos. Quem ama Obama, judeus ou muçulmanos?

O cara ganhou o Prêmio Nobel da Paz logo que assumiu o governo. Não tinha feito nada, só prometido. Ele prometeu fechar a Prisão de Guantanamo no primeiro ano de governo (até agora, depois de cinco anos, não fechou), discursou no Cairo (Egito) elogiando a "herança muçulmana", não defendeu os que foram às ruas contra o governo Irã, demorou a entrar na guerra na Líbia, tem discursado inúmeras vezes contra Israel e silencia quando se vê que a "Primavera Árabe" tem resultado em milhares de cristãos sendo mortos e expulsos de suas casa em muitos países muçulmanos (Nigéria, Síria, Egito, Sudão, Paquistão, Iraque,...).

Ontem, ele discursou embaixo de um cartaz com foto de Yasser Arafat (foto acima). O colunista do jornal The Telegraph, Nile Gardiner, disse que é uma desgraça ver um presidente americano honrando Arafat, um homem que teve muito sangue de americanos e judeus em suas mãos. Um homem que é conhecido como "pai do terrorismo moderno", que fundou e financiou muitos grupos terroristas.

Obama fez tudo isso pelo Islã, mas os muçulmanos continuam odiando Obama.

No ano passado, a agência de pesquisa Pew Research mostrou que a popularidade de Obama entre os muçulmanos é tão ruim quanto a de Bush no final de governo. Apenas 15% aprovam Obama em países muçulmanos em 2012. Ver abaixo:



Será que os judeus de Israel gostam de Obama, mesmo com sua posição pró-muçulmana?

Não, também não.

Ontem pesquisa mostrou que apenas 10% dos israelenses aprovam Obama.

Quando Obama assumiu, eu o detestei logo de cara e vi uma estupidez imensa no mundo ao dar o Prêmio Nobel da Paz para uma pessoa que não tinha feito nada até aquele momento (nem fez até agora) para merecer tal prêmio, quando tem tanta gente e instituições do mundo se esforçando pela paz mundial.

Ele sempre habitou as comunidade de comunistas nos Estados Unidos e ensinou sobre Saul Alisnky (um revolucionário comunista que escreveu um livro que homenageava o demônio, como primeiro revolucionário). Para mim, Obama procura ser um líder messiânico, mas só tem palavras vazias quando não equivocadas sobre a história da humanidade. Na eleição dele em 2008, eu disse para os meus amigos que Obama era o presidente mais radical de esquerda que os Estados Unidos já viram e seria um desastre como presidente. Hoje, eu me divirto pedindo para quem ainda elogia Obama que me diga uma variável econômica ou política real que mostre o sucesso de Obama.

Obama continua sendo um risco para os Estados Unidos e para o mundo.


quinta-feira, 21 de março de 2013

Quem é Esperança, Fé e Caridade? E Quem é Verdade, Beleza e Bondade?


O site Catholic Vote preparou uma imagem no seu facebook que definia os três últimos papas pelas virtudes teologais: Esperança, Fé e Caridade (em latim: spe, caritas e fides). João Pualo II seria a Esperança, Bento XVI seria a Fé, e o Papa Francisco seria Caridade (vejam abaixo).


Será que seria teologicamente e historicamente honesto definí-los assim?

E o professor de teologia Donald Prudlo discutiu na revista Crisis Magazine os três últimos papas pela tríade filosófica: Verdade, Beleza e Bondade. João Paulo II seria a Verdade, Bento XVI seria a Beleza, e Francisco seria a Bondade.  

Seria teologicamente honesto definí-los assim?

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Com relação  a imagem do Catholic Vote, Michael Barber, do site Sacred Page, discorda desta definição. E eu concordo com ele. Acho que é importante conhecer bem os papas para poder definí-los em apenas uma palavra.

João Paulo II escreveu a grande encíclica Fides et Ratio (Fé e Razão), foi ele quem publicou o Catecismo da Igreja e que na sua Constituição Apostólica,  Fidei Depositum (Depósiti da Fé), ressaltou o valor da fé.

Bento XVI escreveu duas encíclicas sobre caridade Deus Caritas Est (Deus é Caridade, pode ser traduzido também comoDeus é Amor), e Caritas in Veritate (Caridade na Verdade), além de ter uma abodagem do sacramento como caridade na carta Sacramentum Caritatis (O Sacramento da Caridade).

Então, para Barber, e eu acho que ele tem toda razão, melhor, mais correto historicamente e teologicamente, seria definir João Paulo II como Fé, Bento XVI como Caridade, sobraria Esperança para o Papa Francisco, teríamos que ver qual é sua abordagem, é muito cedo ainda:


Com respeito ao texto do professor Prudlo, é um belíssimo texto, e eu comemtei no site dele que me parece que ele critica nas entrelinhas a abordagem do Papa Francisco de querer abandonar certas tradições da Igreja, como as vestimentas papais.

Prudlo analisou os papas usando a tríade filosófica: Verdade, Beleza e Bondade. João Paulo II representaria a Verdade, Bento XVI a Beleza e o Papa Francisco a Bondade. Diante da tríade, eu concordo com a definição de Bento XVI como sendo a Beleza, porque ninguém mais do que ele teve preocupação com a liturgia da Igreja (missa, música sacras, sacramentos, comportamento dos cristãos, etc). Mas acho complicado retirar a Verdade e a Bondade de todos eles. Prudlo lembra isto ao dizer que as partes da tríade não podem vir separadas.

A Igreja Católica vê esta tríade especialmente em Cristo. São Tomás de Aquino argumentou que Deus não representa a verdade, a beleza e a bondade. Ele é a Verdade, a Beleza e a Bondade. Chesterton disse que "Deus não é um símbolo da Bondade: a Bondade é a símbolo de Deus".

Vou traduzir aqui parte do texto de Prudlo (em azul). No texto, achei bastante elucidativo quando Prudlo lembra que São Francisco ressaltou a beleza da liturgia da Igreja e condenou quem abandonava esta beleza.

Eu estava familiarizado com o Papa Bergoglio antes do Conclave, e como a maioria dos outros tinha escrito que ele era demasiado idoso para ser elegível. É sempre uma surpresa agradável descobrir concretamente que a mídia muitas vezes está completamente no escuro sobre o que transparece por trás das portas fechadas do Conclave. Eu passei vários dias para conhecer Francisco, e tive o privilégio de estar em uma de suas primeiras audiências, o da recepção para jornalistas, bem como em sua Missa de inauguração.Francis é claramente um homem muito bom e santo, alguém dedicado a uma vida radical  a mensagem cristã, cuja expressão irradia alegria. Em seu primeiro discurso ele falou da clivagem da cruz, e dos perigos do diabo. Ele é um homem que tem estado intimamente envolvido com a guerra espiritual. Embora seu estilo de falar seja simples, é eficaz. Ele parece ser mais um contador de histórias do que um pregador, formal programático.

Francisco disse: "Deve ficar claro que todos nós somos chamados não comunicar a nós mesmos, mas esta tríade existencial feito de verdade, beleza e bondade." Esta frase no público particularmente me impressionou e me deu esperança. Papa Francis transmitida a nós, a característica essencial de auto-anulação, à luz do próprio ser. A verdade, a beleza e a bondade são aspectos metafísicos do ser. Para os cristãos, a tríade está encarnada em uma Pessoa, Jesus Cristo. Portanto tudo o que é verdadeiro, e bom e belo deve ser para a edificação da Igreja e da família humana. Como corolário contudo, os três devem estar sempre em conjunto e nunca separados. 


Se eu puder fazer uma simplificação, João Paulo II foi o papa da "Verdade", que (com Ratzinger) recordou que a Igreja na sua profissão de ortodoxia, através da catequese e Catecismo, através do desenvolvimento cuidadoso e forte afirmação da doutrina. Bento seguiu sua ênfase na beleza. Não foi um esforço estéril no esplendor da alfaiataria, como muitos parecem rejeitá-lo. Pelo contrário, foi um chamado para a Igreja reconhecer a beleza da verdade, incorporado na cultura humana formada pela Palavra de Deus. Isto foi realizado concretamente na promoção de Bento de elevar a música, ao mesmo tempo sagrada e secular, de sua abertura para a forma extraordinária da missa, de sua retenção dos elementos graciosos e maravilhosos de culto anglicano clássico no Ordinariato. Ainda mais belo era a submissão de Bento XVI ao seu papel como o sucessor de Pedro, Bento exalava uma humildade com consciência de sua posição como cabeça da Igreja de Cristo na Terra, que ele realizou com o decoro e dignidade. 

Agora esperamos que Francis complete a tríade. Por enquanto, é claro que João Paulo II e Bento tinham diferentes missões históricas. Francis pode chamar-nos de volta para o Bem, e à imitação d'Aquele que é o fim e propósito de todos os desejos. Deve-se a ter a visão e a coragem para realizar a bondade em todo o mundo. Francis parece extremamente bem equipado para essa tarefa, e estou certo de que os cardeais identificaram esta característica desejável. 

O que não deve ser perdido, porém, é que a unidade dos transcendentais é necessária para um testemunho eficaz de Cristo que é a Verdade, e a Beleza e a Bondade juntos. O que é a Verdade, sem beleza ou bondade? Um silogismo banal e nu. O que é Beleza sem Verdade e Bondade? Um esteticismo estéril sem fundamento racional e sem propósito. O que é a Bondade sem a Verdade ea Beleza? Um Estado burocrático distribuindo rações, sem que a virtude e dignidade apareça no receptor ou no doador. É um desejo de melhorar as condições sem melhorar as pessoas.
 

Aqui está precisamente onde Francisco tem gerado algumas dúvidas. Ele tem uma abordagem muito casual e informal tanto para o ofício dele como para adoração. A informalidade pode ser um dom, um sinal de cortesia alta, fazendo com que aqueles ao seu redor se sintam em casa, e preparando-os para receber a sua mensagem. Interações de Francisco com os fiéis fizeram isso evidente, e seu magnetismo provou deslumbrante. No domingo passado eu não podia nem entrar na praça para o Angelus; registros oficiais colocar as multidões em mais de 300.000. Há um problema, porém, quando essa informalidade e personalidade é injetado em um ofício e, particularmente, na liturgia. A liturgia deve ser um apagamento de si mesmo, especialmente para o homem que está no altar, na pessoa de Cristo. A personalidade do sacerdote deve ser subordinada à comunicação da verdade, bondade e beleza, que pode e deve caracterizar cada celebração litúrgica para que dê frutos reais na Igreja. 

São Francisco também estava ciente disso, e não retirou nada do esplendor da Divina Liturgia. De fato São Francisco reserva suas palavras mais duras não para aqueles que oprimem os pobres ou corrompem o meio ambiente, mas para aqueles que se recusam a tomar cuidado adequado com a Eucaristia e os paramentos que cercam sua adoração.
 

O mundo vai reconhecer uma Igreja que se preocupa com os marginalizados, e promove a sua dignidade. Ele vai reconhecer uma Igreja que preserva a beleza e a cultura de séculos, porque representa o melhor do que significa ser humano. Ele também reconhece que incessantemente proclama a verdade sobre Deus, o mundo, e da pessoa humana. Nunca devemos quebrar essa tríade sagrada. Nós nunca devemos definir os pobres contra a liturgia, ou doutrina contra a justiça social. A Igreja Católica é a guardiã das riquezas da civilização humana para o mundo, em sua arte, literatura, teologia, filosofia, liturgia, arquitetura, seu trabalho intelectual. Estes são a herança dos pobres, a única herança que eles já tiveram. A ironia é essa: é a mais rica herança de todos. Nós não devemos desperdiçá-la em seu nome.

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O texto de Prudlo é maravilhoso, merece ser lido na íntegra.

Rezemos pelo Papa Francisco.


quarta-feira, 20 de março de 2013

Estados Unidos quer saber: Por que as Lésbicas são gordas e bêbadas?

 

Não, eu não estou inventando. O governo dos Estados Unidos está investindo milhões de dólares para descobrir por que as lésbicas são gordas e os gays magros, e por que as lésbicas têm alta probabilidade de ficarem bêbadas.

É o que diz o site CBS News, em duas reportagens.

National Institute of Health (Instituto de Saúde Nacional) está investindo US$ 1,5 milhão de investimento para saber por que 3/4 das lésbicas são gordas e os gays magros.

E o mesmo Instituto está investindo US$ 2,7 milhões para saber por que as lésbicas têm alta probabilidade de ficarem bêbadas. A reportagem diz que o problema é mais sério em "lésbicas de cor".

Parece-me de cara que os problemas são resultado de forte desordem psicológica tanto nas lésbicas gordas e bêbadas quanto nos gays magros. Eles precisam de apoio psicológico. Os resultados das pesquisas no máximo vão mostrar o óbvio, senão vão ser inúteis, com risco de trazerem respostas completamente erradas.

Gastar dinheiro público com isso também não me parece uma boa idéia. Que tal investir na família, para que ela permaneça firme na criação dos filhos, no incentivo da existência de pai e mãe dentro de casa?



(Agradeço as informações sobre os investimentos ao site Weasel Zippers)

terça-feira, 19 de março de 2013

O Caso dos Sapatos Vermelhos


É tradição que o papa deve usar sapatos vermelhos, como símbolo de sua autoridade na Igreja. Mas o Papa Francisco se apresenta diferente, com sapatos pretos de cardeal. Isto tem incomodado muita gente, e a mim também.



Não que eu ache que a cor dos sapatos é tão importante quanto a Doutrina da Igreja ou tão importante quanto a defesa dos mais pobres. Longe disso, muito longe disso, prefiro um Papa descalço defendendo a Doutrina. É que eu amo a tradição da minha Igreja.

Dois blogs muito conhecidos nos Estados Unidos estão discutindo este assunto: The Crescat and o blog do Padre Z. A mensagem do The Crescat é que ela sente muita falta de Bento XVI, do orgulho com que o Bento XVI usava a tradição da Igreja, mas que ela deve rezar pelo Papa Francisco e entendê-lo. A mensagem do Padre Z é que retirar vestimentas não significa simplicidade.

O Papa Francisco também decidiu não usar um crucifixo de ouro, nem um anel de pescador de ouro, como usava os predecessores.

Bom, estas coisas não me impressionam, não é esta simplicidade que desejo para a Igreja. Mas a vontade que a Doutrina  e a beleza da liturgia chegue aos mais simples. Peço perdão a Deus se estou sendo muito crítico ao novo Papa por amar tanto Bento XVI.

Quem sou eu para criticar o Papa? Ninguém. Rezarei pelo Papa, por mim e pela Igreja.

Viva Francisco! Que ele consiga na sua simplicidade ser firme nas tradições doutrinárias e litúrgicas da Igreja.

Meu Deus, tenha perdão de mim. É o Espírito Santo que sabe o que é melhor para a Igreja.


segunda-feira, 18 de março de 2013

10 Santos Sul-Americanos para o Mundo - por Jason Liske


O blog Ascending Mount Carmel do grande Jason Liske fez uma homenagem diferente ao primeiro papa da América do Sul (de fato, é o primeiro papa das Américas). Liske listou 10 santos sul-americanos. O critério que ele usou é que o santo tenha nascido na América do Sul, neste sentido ele errou um pouco na lista pois a primeira santa brasileira, Santa Paulina, na verdade nasceu na Itália (na época eram terras do império austro-húngaro). Mas tudo bem, gostei bastante da homenagem, pois ajuda a nós sul-americanos a olhar para os nossos santos, agradecer, admirar e discutir a vida deles, exaltar a ajuda que eles fizeram aos pobres da região e a fé que trouxeram para a América do Sul.

O Equador se destaca na lista com três santos. Chile e Brasil têm dois.Interessante também é que uma da lista vai ser canonizada pelo próprio Papa Francisco em maio deste ano (Beata Laura da Colômbia)

Aqui vão os 10 santos sul-americanos, com links para pequena biografia

  1. Santa Narcisa de Jesus (Equador);
  2. São Alberto Hurtado (Chile);
  3. Santa Mariana de Jesus Paredes (Equador);
  4. Beata Mercedes de Jesus (Equador);
  5. Santa Rosa de Lima (Peru);
  6. São Frei Galvão (Brasil);
  7. Beata Laura Montoya (Colômbia);
  8. Santa Teresa dos Andes (Chile);
  9. Beato Zeferino Namuncurá (Argentina);
  10. Santa Paulina (Brasil).

Viva os santos da América do Sul, que eles nos inspirem santidade também.